Começarei, como sempre, daquele modo vendo o significado de cada palavra da expressão até todo mundo entender a importância do signo, significado (com seus vários sentidos) e referente.
Pegarei de um dicionário cada signo com seu significado.
Lembrando que dentro do significado temos vários sentidos os quais podemos
empregar um signo. No caso, pegarei o significado genérico, aquele primeiro
significado logo após o signo (palavra) no dicionário. Lembrando também que a
Linguagem e a Língua são convenções que vem da observação da realidade, os nomes das coisas.
Estrutura: “organização, disposição e ordem dos elementos
essenciais que compõem um corpo (concreto ou abstrato)”.
Processo: “ação continuada, realização contínua e prolongada
de alguma atividade; seguimento, curso, decurso”.
Conhecimento: “ato ou efeito de conhecer”.
Acredito que o artigo e as preposições da expressão no
título não preciso explicar.
Então vemos que pelos significados de cada termo da frase,
da expressão, podemos iniciar nossa investigação.
A Estrutura do Processo de Conhecimento seria então,
gramaticalmente falando, a organização, disposição e ordem dos elementos
essenciais da ação continuada do ato ou efeito de conhecer.
Posso agora destrinchar as partes que compõem este todo
utilizando-me de uma análise livre escolhendo uma das partes aleatoriamente.
Começo pela parte, pelo signo “conhecer”. O que é conhecer?
Conhecer: “perceber e incorporar à memória (algo); ficar
sabendo”.
Eu poderia fazer isso ao infinito com cada signo que
surgisse, mas temos que ter limites, senão não chegaremos a uma conclusão.
Ficar desdobrando as coisas ao infinito, além de causar emburrecimento, pode
levar à insanidade.
Lembrando que “signo” engloba as palavras. Uma palavra é um
signo, mas “signo” é um sinal indicativo de algo, um símbolo. Por exemplo, a
letra “a” do alfabeto é um signo, mas não é uma palavra. Significamos os signos,
basicamente, com palavras e/ou com outros signos. Todo signo tem seu significado
em palavras e tem referente. O referente é o que a coisa é. Exemplo, a letra “a”
é um signo, seu significado é “a primeira
letra do nosso alfabeto” e tem seu(s) referente(s): o som, o fonema aaaaaaaaaaaa é o referente na palavra
falada e o sinal gráfico “a” ou “A” é o referente na palavra escrita. Temos
também o(s) conceito(s) por trás das palavras o(s) qual(quais) não entrarei
agora.
Voltando à vaca fria. Posso encontrar outras partes na
estrutura do processo de conhecimento: básico, intermediário e avançado. É um
processo analítico-lógico, aquele processo de análise que nos leva a uma
conclusão e esta conclusão pode ser ou ter lógica ou não. Caso a conclusão
tenha lógica podemos encerrar o processo de análise ou podemos nos aprofundar
na análise do assunto. Caso a conclusão não tenha lógica, faz-se necessário,
obviamente, continuar o processo de análise.
Entre o básico, o intermediário e o avançado existem níveis,
camadas, âmbitos, que vamos percorrendo no processo de conhecimento. O
separador dessas três partes é um gradiente. Saímos do básico e vamos para o
intermediário e vamos para o avançado e depois do avançado... só avançamos.
Como o conhecimento não ocupa espaço - é uma coisa incorpórea -, torna-se um
pouco trabalhoso estabelecer quando estamos no conhecimento básico, no
intermediário ou no avançado.
Observando a realidade posso especificar que é um processo
de comparação. Sabemos quando estamos em um ou outro (básico, intermediário ou
avançado) comparando o nosso conhecimento com o de outras pessoas e/ou
comparando com o nosso próprio conhecimento, com o que já sabemos. É óbvio que essa
comparação depende do assunto e do objeto do assunto. Por exemplo, o assunto é
futebol e dentro do assunto futebol
podemos ter vários objetos de assunto como o campeonato brasileiro, a copa do
mundo, etc. As partes que compõem o todo. O todo, neste caso, é o assunto, e as
partes são os objetos do assunto. Podemos chamar os objetos do assunto de temas. Em uma conversa, diálogo, debate,
etc, vai-se tema a tema sem fugir do assunto e ao passar de um tema para outro
é necessário deixar bem claro que mudamos de tema senão nos perderemos, senão a
coisa fica ilógica e não chegaremos a uma conclusão.
Este processo de comparação de conhecimento é natural.
Quando estamos numa simples conversa diária com alguém percebemos se temos mais
conhecimento do assunto e/ou do objeto do assunto em questão. Quando estamos
lendo um livro percebemos se já conhecemos o assunto ou não, e percebemos se
estamos, de alguma forma, no básico, no intermediário ou no avançado, por isso
se diz: processo de conhecimento; e sua estrutura é o básico, o intermediário e
o avançado. Lembrando que isto é apenas um esquema mental para nos situarmos.
Geralmente parte-se do básico, dos conceitos básicos do assunto
e/ou do objeto do assunto. Isto é necessário porque sem o básico não temos como
ir avançando no conhecimento. Caso cairmos diretamente num assunto avançado não entenderemos nada pois nos faltam os conceitos e conhecimentos básicos.
Podemos começar do assunto avançado e ir estudando os conceitos básicos que faltam,
mas ficarão lacunas na mente.
Um exemplo simples. Temos o “seu Zé” do armazém com seus 50
anos de idade. Seu Zé sabe fazer contas simples de matemática com 2 ou 3
algarismos, seu Zé sabe dar troco, etc. Seu Zé aprendeu na prática, mas não
teve, ou teve poucas aulas de matemática. Seu Zé não sabe a tabuada e outras
equações simples, ou seja, falta o básico. Isso fará com que seu Zé não avance
no conhecimento matemático.
Talvez saber dar troco e fazer operações simples seja o suficiente
para seu Zé do armazém, mas não estamos falando disso. O assunto é o processo
de conhecimento e não sociologia. Não podemos mudar o assunto e/ou o objeto do
assunto abruptamente.
A estrutura do processo de conhecimento é natural. Não
podemos inverter ou trocar a ordem. Neste caso, a ordem dos fatores altera sim
o produto final.
Quando estamos na aula, no ensino fundamental, no ensino
médio, no ensino superior, estamos seguindo essa ordem natural... ou deveríamos
estar, mas não entrarei nesta questão de modelos de ensino, pois todo modelo de
ensino perde-se quando não se respeita a estrutura do processo de conhecimento.
No meio disso tudo temos também o básico, o intermediário e
o avançado físicos. Há um tempo nesta vida para aprendermos determinado
conhecimento, isso é óbvio. Não podemos ensinar certas coisas para crianças e
adolescentes porque eles não têm maturidade, ainda não atingiram tempo de vida
necessário para apreender e aprender certos conhecimentos.
O ser humano não nasce pronto. Biologicamente o ser humano
fica pronto a partir dos 16 anos de vida, uns um pouco mais e outros um pouco
menos, mas a média é essa. Isso implica que os órgãos internos não nascem
formados e o cérebro é um órgão interno. Então, fisicamente até, uma criança ou
um adolescente ainda não está preparado para certos conhecimentos. Dos 16 aos
18 anos os órgãos internos já se formaram, mas até os 18 anos terminam de “se
ajeitar, se encaixar”, vamos dizer assim. Dos 18 aos 21 anos o ser humano
cresce em tamanho. A altura que você tem aos 21 anos, em média, é a altura que
você terá para o resto da vida... a não ser na velhice quando “encolhemos”.
Posso dizer, jocosamente, que dos 0 aos 18 anos somos
básicos; dos 18 aos 40 somos intermediários e depois ficamos avançados. É claro
que isso é somente um esquema mental, pois vai da vida de cada um e vai do
estudo, vai do conhecimento adquirido em cada pessoa. Porém, a tal maturidade, querendo você ou não, ela
vem somente com a idade.
Promover certas coisas como promiscuidade e somente
diversão para crianças e adolescentes na sociedade causa emburrecimento,
forma-se gerações de burros, fisicamente até. Uma criança ou adolescente que
bebe ou fuma ou usa qualquer tipo de drogas antes dos 18 ou 21 anos ficará
burra para o resto da vida, dependendo da quantidade utilizada. Porém, mesmo em
pouca quantidade, uma vez ou outra, ainda assim pode causar má formação dos
órgãos internos, lembrando que o cérebro é um órgão interno, pode atrapalhar a formação natural das sinapses. Você vê seus
filhos, sobrinhos, crianças, etc, crescendo fisicamente e isto significa que
internamente estão crescendo também, óbvio, estão se formando fisicamente. E daí
introduz-se substâncias externas as quais o corpo ainda não formado não
consegue processá-las corretamente. Caso você deixa seu filho menor de 18 anos
beber, fumar, usar drogas, você está brincando com a saúde do seu filho, tanto
a saúde física como a saúde mental.