sábado, 22 de junho de 2019

Por que Acreditar em Deus?


     Por que acreditar em Deus?
     Começando do princípio quando tudo era verbo... depois vieram substantivos, predicados, etc.
     Saber se Deus existe, vamos tomar como certa a premissa de que ninguém sabe com certeza se Deus existe. Podemos dizer que é uma questão de fé e de lógica. Ou acredita que Deus existe ou não acredita. Os pormenores em que uns acreditam em Deus, mas seu Deus é diferente de algum Deus de alguma religião, esses pormenores não interessam, pois, a questão básica é acreditar ou não em Deus!
     Assim temos uma dúvida: Deus existe ou não? Isto é fato. Perscrute aí no interior do seu pensamento se Deus existe ou não, pergunte a si mesmo e saberá que existe essa dúvida. E não estou falando dos santos ou de alguém que teve uma experiência nesse sentido pois isso é uma certeza da qual somente ele sabe, estou falando do ser humano que tem essa dúvida.
     Partindo desta dúvida, deste fato, não sabemos em que acreditar.
     Agora faço uma distinção entre “acreditar” e “confiar”. “Acreditar” refere-se a não questionar. Por exemplo, você me fala uma coisa (qualquer coisa) e eu acredito, nem me passa pela minha cabeça que você está mentindo. Somente depois quando eu descobrir a sua mentira é que me darei conta que acreditei em você.
     “Confiar” refere-se ao popular “vou dar um voto de confiança”, ou seja, no momento em que você me fala uma coisa, eu sinto que você pode estar mentindo ou não, mas resolvo confiar em você.
     Partindo da mesma dúvida acima (Deus existe ou não?), chegamos à outra questão: existe vida após a morte? Sabemos que Deus e a eternidade estão intimamente relacionados. São indissociáveis. Caso você confie que Deus existe, automaticamente você confia na vida eterna. Caso você não confie que Deus existe, automaticamente você não confia na vida eterna.
     Com efeito, da primeira dúvida decorre esta segunda dúvida: existe vida eterna ou não?
     Depois que morrermos vamos para um outro plano (seja qual for o nome que você der: céu, outra dimensão, plano espiritual, etc); ou depois que morrermos acabou-se, o corpo vira pó e a vida de um ser humano deixa de existir? Não vou entrar aqui na discussão se os animais têm alma, não é o caso. Estou falando do ser humano, que pensa com inteligência.
     Existindo essa dúvida, acredito ser mais lógico confiar que Deus existe e confiar na vida eterna, pois é mais reconfortante pensar que a vida não se acaba nesta vida física. É mais reconfortante confiar que existe vida eterna. Isso dá mais coragem para vivermos esta vida.
     Alguém poderá dizer: mas acreditar em Deus e na vida eterna não depende de mim. O que eu posso fazer se não acredito em Deus e na vida eterna?
     Independentemente se você teve uma formação religiosa ou não, a questão não se baseia mais somente na fé. Baseia-se também na lógica. A fé e a lógica também são indissociáveis. Por que confiar que tudo se acaba com a morte se não sabemos com certeza se tudo se acaba com a morte?
     Essa dúvida nos dá a opção de escolha. Ainda que internamente eu tenha dúvida se Deus existe e se existe vida eterna, eu posso optar em confiar ou não confiar. E, como já falei, acredito ser mais lógico confiar que Deus existe e confiar na vida eterna mesmo não tendo provas de uma coisa ou de outra.
     O (verdadeiro) ateu é aquele que opta por não confiar que Deus existe e não confiar na vida eterna, mas carrega dentro si essa dúvida, pois se não soubesse que existe um ente chamado Deus sequer pensaria Nele. Não teria nenhum conceito metafísico na sua mente. Viveria uma vida sem perspectivas metafísicas (além da física). Viveria uma vida dentro de uma concepção zoológica.
     Por exemplo, confiar no big-bang (criador do universo) é um conceito metafísico que leva a pensar no princípio de tudo.
     Coloco aqui duas questões:
     1 - Sendo Deus o criador do universo, quem ou o que criou Deus?
     2 - Sendo o big-bang o criador do universo, quem ou o que criou o big-bang?
     Essas duas, no que concerne à infinitude de pensamento, são, basicamente, a mesma questão. E nenhuma delas tem, no momento, uma resposta.
     Então, resta a nós a vida eterna ou o fim da vida com a morte. E chegamos novamente em uma dúvida que nos permite uma escolha. E seja qual for a sua escolha, viva esta vida da melhor maneira possível para você e para os outros (isto também é indissociável), pois se tudo se acaba com a morte você deixará apenas seu legado (seja ele bom ou ruim); e se existe vida eterna você deixará seu legado (e ele será bom) e viverá a vida eterna onde reencontrará seus entes queridos. Este último é um pensamento muito mais reconfortante para este mundo repleto de dúvidas.

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