sexta-feira, 25 de julho de 2025

O(A) Brasileira(o) é Estúpido(a) Demais!


   

Estupidez:

substantivo feminino

1 qualidade, característica do que é estúpido
2 palavra, ação, procedimento de pessoa estúpida, sem discernimento ou senso; asneira
3 Regionalismo: Brasil.
        grande indelicadeza e incivilidade; grosseria, descortesia
4 Rubrica: medicina.
        ausência de sensibilidade

Estúpido:
adjetivo
1 que provoca emburrecimento e/ou tédio; que não é inteligente
        Exs.: missão e.
         trabalho e. 
2 que se apresenta de modo excessivo; demasiado, excessivo
        Ex.: frio e. 

adjetivo e substantivo masculino
3 que ou o que denota estupidez, que ou o que revela ausência de inteligência, de bom             senso, de discernimento
        Exs.: declaração e.
        é um e. 
4 Regionalismo: Brasil.
        que ou quem se porta com descortesia; indelicado, grosseiro


   Estupidez também é burrice enorme. Ser burro já é ruim, mas ser estúpido é pior e ser estúpido ao extremo é ser burro ao quadrado, é ser burro enorme enorme.

Enorme:
adjetivo de dois gêneros
1 que foge à norma, à medida; de grande tamanho; desmedido, desproporcional
        Ex.: palácio e. 
2 Derivação: por extensão de sentido, sentido figurado.
        excessivo em vulto, de suma importância
        Ex.: e. responsabilidade 
3 Derivação: sentido figurado.
        de muita gravidade (falta, crime etc.); atroz
        Ex.: cometeu um e. pecado e não se penitenciou 
4 Derivação: sentido figurado.
        fora do comum; extraordinário
        Ex.: sabedoria e. 

   O problema do Brasil é a estupidez enorme. Apesar de que a estupidez é o mal da modernidade, no Brasil a coisa é mais acentuada. A(o) Brasileiro(a) sequer faz idéia da própria estupidez, aliás, isso é característica de quem é estúpido: não saber que é estúpido. O que é óbvio, pois se soubesse que é estúpido deixaria de ser estúpido.
   Estúpidos não tem noção da própria estupidez e acreditam serem inteligentes, mas jamais se perguntam sinceramente se são burros ou inteligentes. A única maneira de saber se se está ficando burro é perguntando-se e comparando-se com você mesmo há alguns anos atrás: eu sei mais hoje do que eu sabia outrora?
   E "eu sei mais hoje" não se refere somente ao conhecimento adquirido, mas à inteligência como um todo, posto que o conhecimento é somente uma das partes que compõem o todo que se chama "inteligência".
   O(A) brasileira(o) confunde até o significado das palavras (por isso iniciei o texto com a convenção da língua: um dicionário), e mais: a(o) brasileirinho(a) não tem noção da importância da linguagem. Desprezar a Linguagem é desprezar a Inteligência.
   Lembrando que a Inteligência é ligada ao Bem, ao Belo e ao Verdadeiro. O que o(a) brasileira(o) tem é Astúcia Maligna (a caricatura satânica da inteligência), o famoso "jeitinho brasileiro": roubar, mentir, fingir, trair, furtar, enganar, matar, etc, para se dar bem... "'hi hi hi levei vantaje"!
   No Brasil se é ensinado a ser mentiroso e fingido desde que se nasce. Essa é a cultura da mentira e do fingimento. Todo(a) brasileira(o) é falso ao extremo.
   Tem uns anos eu estava na casa de um casal de conhecidos, estávamos na sala eu, o casal e uma vizinha de porta, que mora ao lado. Estávamos vendo TV e batendo papo. Era uma casa pobre de madeira, de material (alvenaria) somente o banheiro.
   A filha de 6 anos do casal sai do quarto, dá de cara com a vizinha e interroga exclamando: "O que que tu qué aqui, a mãe não gosta de ti!?"
   Houve uma certa comoção, a mãe levantou do sofá, pegou a menina pelo braço enquanto se enchia de desculpas para a vizinha e foi levando a menina para o quarto. Esta disse: "Mas eu quero ir no banheiro." Enquanto estavam no banheiro, o pai continuou a sessão de desculpas para a vizinha: "A senhora sabe como é criança, né".
   Ao saírem do banheiro, a menina foi colocada de castigo no quarto por ter falado a verdade.
   A vizinha, apesar das desculpas, percebeu a situação e uns minutos depois deu aquela desculpa esfarrapada: "Está na minha hora, tenho que ir embora".
   Eu estava quieto, meio constrangido com a vergonha alheia, mas começaram uma conversa incluindo-me. Perguntei se eles haviam comentado alguma coisa perto da filha sobre a vizinha. Responderam, meio sem jeito, que sim e perceberam onde eu quis chegar e não gostaram nada. Interpretaram como se eu estivesse querendo ensinar eles a criar a filha. Disfarçaram, mudaram de assunto, o pai levantou o volume da TV e daí foi a minha vez: "Está na minha hora, tenho de ir embora".
   Como se diz, "quando os adultos conversam, tirem as crianças da sala", ou os adultos devem conversar em privado no quarto. Crianças e adolescentes não tem maturidade para certas conversas. Os pais no Brasil não sabem mais há décadas como criar os filhos.
   A menina foi punida por falar a verdade, e pior, por um erro dos pais.
   E, uma semana depois, voltei à vila, mas fui de meio dia na casa de outros conhecidos para um churrasco. Nesse churrasco indagaram-me o que tinha acontecido comigo e com o casal, pois o casal comentou que ficou "de mal" comigo. Eu contei a história e, as mais ou menos 10 pessoas que ali estavam, posicionaram-se contra mim. A única que concordou comigo foi uma senhora, uma preta velha de uns 70 anos na época, agora já falecida, que levantou a voz fraca o quanto pode num esforço e disse:" Mas ele tá certo, a gente sempre ensina os filhos que é feio mentir e depois castiga quando fala a verdade?"
   As pessoas ali presentes calaram-se e, de novo, acovardei-me e dei a boa e velha desculpa esfarrapada: "Está na minha hora..." Ao ir em direção ao portão, a senhora, sentada em sua poltrona no pátio, disse: "Não vou abrir o portão pra ti porque tu sabe que tenho dificuldade de caminhar, mas volte quando quiser". Eu agradeci e saí.
   Histórias como essa presenciei e vi inúmeras ao longo da minha vida no Brasil.
   No Brasil a gente é ensinado a ser falso desde pequeno e recebe castigo quando fala a verdade. Essa é a cultura da mentira e do fingimento.
   "Temos que saber nos comportar", quantas vezes escutei esse chavão idiota ao longo da minha vida. "Saber se comportar", no Brasil, é sinônimo de ser mentiroso e fingido. Na maioria das vezes, o brasileiro, quando contrariado, entorta a cara e fica quieto, mas absorve uma ojeriza, uma antipatia por quem lhe falou a verdade, a não ser que esse alguém seja rico e famoso, daí o(a) brasileira(o) aceita toda e qualquer humilhação, pois só tem dois valores: superficialidade e dinheirismo. Ter talento é uma coisa, ter caráter é outra bem diferente.
   O(A) brasileira(o) é subserviente a quem é mais rico e/ou famoso do que ele e soberbo e arrogante com quem não é.
   É o complexo de vira-latas onde o brasileiro finge que não tem dizendo que "está sendo pragmático".
   Tem muita gente que nem lerá tudo porque "o texto é muito longo".
   Enquanto não acabar essa cultura da mentira e do fingimento que vem da estupidez, o Brasil não tem jeito!
   No Brasil tem o pensamento coletivo de que todo adulto burro é um coitadinho, que não é culpa dele ser burro. Ora, todo burro e, por conseguinte, todo estúpido é uma pessoa maligna. Burro não pensa, burro age. E age fazendo maldades! Não se pode colocar burros e estúpidos em posições de poder, pois eles farão merda com certeza. A estupidez é mais perigosa do que a maldade em si, pois todo estúpido nunca assume responsabilidade de nada e sequer sabe o que é Ética e Moral. Decai a Inteligência decai a Moral e vice-versa não importando qual decai primeiro. A estupidez é tanto intelectual quanto moral.
   A impunidade no Brasil vem, de uma certa maneira, desse pensamento coletivo de que se o cara é burro/estúpido a culpa não é dele, logo, ele é uma vítima da sociedade, portanto, a culpa deve ser socializada e dividida para toda a sociedade, menos o dinheiro e o poder, estes devem ser concentrados nas mãos dos astuciosos malignos. Todo burro/estúpido é astucioso maligno e só quer levar vantagem.
   Saber mentir e fingir até uma criança sabe, contudo, uma criança e um adolescente são estúpidos por natureza e por isso mesmo não podem ser chamados de estúpidos porque estão em fase de aprendizado; mas um adulto mentiroso e fingido é um adulto infantilizado astucioso maligno e um astucioso maligno é estúpido em si. Todo astucioso maligno é um escravo mental perfeito porque não se acredita escravo e se acha o dono da fazenda. O escravo perfeito não é aquele que não sabe que é escravo, o escravo perfeito é aquele que se acha o dono da fazenda.
   Aquele que não sabe que é escravo, basta mostrar e provar que é um escravo e ele sairá da escravidão. O escravo perfeito se considera o dono da fazenda, então mesmo mostrando e provando a ele que, na realidade, ele é um escravo, isso será inútil, pois ele sabe disso e inventa subterfúgios linguísticos vaidosos para ludibriar a própria estupidez, porém, o verdadeiro dono da fazenda o mantém na escravidão corrompendo-o através da concessão de cargos, benesses, ações afirmativas, elogios, benefícios, direitos e outras superficialidades que o fazem pensar que está levando vantagem. O escravo perfeito que, na realidade do chão de fábrica traduz-se no escravo pagador de impostos, é o(a) brasileira(o)!
   O Brasil nunca foi dos brasileiros porque o brasileiro não tem identidade, os donos da fazenda são estrangeiros que sabem que não adianta ensinar alguma coisa de bom aos brasileiros porque estes só pensam em "hi hi hi levar vantagem" e isso é a própria definição da corrupção em si. Basta oferecer alguma vantagem pessoal que o brasileiro esquece toda a conversa de "para o bem da Nação", "sou brasileiro e não desisto nunca", o Brasil é soberano", "Deus, Pátria e Família", etc.
   No Brasil, se a pessoa tem dinheiro e/ou poder, a conclusão geral é de que essa pessoa é inteligente, não importando se ela chegou lá mentindo, roubando, fingindo, enganando os outros sendo mau caráter, humilhando os outros, etc. A fama e/ou o dinheiro são muito mais importantes do que o bom caráter no Brasil. Aliás, até a expressão "bom caráter" no Brasil dá a idéia de ser um frouxo otário. A fama e/ou o dinheiro são muito mais importantes do que o bom caráter firme no Brasil.
   Desde a(o) brasileiro(a) mais pobre até o mais rico impera o "hi hi hi levei vantagem", impera a cultura da mentira e do fingimento, impera a Estupidez!

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Deus é Bom e Justo?

 

  Para quem acredita na Bíblia como sendo a Palavra Sagrada de Deus este texto soará como heresia.

   Não é minha intenção descrever aqui a revolta do ser humano contra seu criador. Analisando a sua própria consciência, qualquer ser humano que já traiu ou foi traído por alguém que ama, bem pode fazer uma idéia daquilo que aconteceu.

   Analisarei a Palavra Sagrada de Deus, Antigo e Novo Testamento, em edição revista e atualizada pelo homem com várias traduções e cada um puxando a brasa para seu assado religioso.

   Esse "deus" injusto, cruel e vingativo do Antigo Testamento parece-me mais um "diabo". O Deus de Cristo tem mais coerência, apesar de que deixou o próprio filho ser barbarizado e pregado numa cruz.

   Parto do pressuposto Bíblico de que Deus é onipotente (Apocalipse 19:6, Mateus 19:26), onipresente (Salmo 139:7-10) e onisciente (Salmo 139:1-4, Hebreus 4:13), além de outros textos bíblicos; e também do pressuposto de que Deus não teve início, não tem meio e não terá fim porque é eterno, aliás, Deus é a eternidade em si.

   Então, mesmo este texto, provavelmente tem uma inspiração Divina.

   "No princípio criou Deus os céus e a terra." Essa passagem a maioria sabe, então vamos pular a criação da Terra, a formação do homem e da mulher e vamos para a queda do homem.

   Porém, antes quero deixar aqui Gênesis 1:26: "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,..."

   Percebam: "Façamos" no plural. Alguns interpretam singularmente esse plural alegando que se refere à Divina Trindade. Não discutirei esse ponto, pois não é o objetivo, além do que, entraremos (eu e o leitor), na discussão das diferentes traduções, diferentes Bíblias, etc, etc e etc e o assunto estender-se-ia à eternidade.

   Lembro ao leitor que a Bíblia não foi escrita em capítulos e versículos, foi escrita em prosa sem que os autores originais estivessem preocupados com divisões administrativas, cujas vieram depois.

   A divisão em capítulos foi realizada por Stephen Langton, arcebispo de Cantuária, por volta do século XIII, enquanto a divisão em versículos foi introduzida no século XVI por Robert Estienne, um impressor francês. Tais divisões são por meras questões administrativas para o leitor encontrar-se melhor porque, muitas vezes, uma passagem do Antigo Testamento é citada no Novo Testamento, então para o leitor não ter de ficar indo e voltando na leitura criou-se a divisão em capítulos por volta de 1200 d.C. (em pleno apogeu da Idade Média) e 300 anos depois veio vindo com vagarosidade a divisão em versículos por volta de 1500.

   O correto é ler-se no mínimo um capítulo inteiro e não ficar decorando versículos pela boniteza das palavras para exibir-se para os amigos no culto, na missa, no trabalho, em festas, etc.

   Vamos para a queda do ser humano, o início da nossa desgraça.

   Gênesis 2:15-17: "Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no Jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás."

   Tinha no Éden a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e mal (além de outras árvores).

   O problema começa por aí.

   Que paraíso é esse onde deus coloca uma tentação para suas duas criaturas puras e inocentes?

   E pior, coloca um tentador, a serpente: Gênesis 3:1 "Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito,..."

   Até agora temos duas criaturas puras e inocentes, a tentação e o tentador... e todos criados pelo "Senhor Deus".

   O  simples fato de existir uma tentação já destrói completamente o conceito de Éden ou Paraíso.

   Deus, sendo onipotente, onisciente, onipresente e eterno, o criador de tudo, poderia (e deveria) em sua sabedoria infinita não ter colocado uma tentação para o homem e a mulher, mas colocou, e pior, para fechar o pacote completo colocou também um tentador.

   O restante todos sabemos do acontecido: a serpente cochichando no ouvidinho da Eva que cochichou no ouvidinho do Adão e estamos pagando por isso até hoje.

   Quem acredita naquela alegoria da serpente enrolada na macieira oferecendo a maçã do pecado para Eva peço que deixe de ler este texto e leve seu feliz retardo mental para outro lugar, vá ser feliz em outro lugar.

   Alguns argumentam que a "maçã do pecado" era o sexo; que a "serpente" conheceu a mulher no sentido bíblico e a mulher, por sua vez, gostando do "conhecimento" conheceu o homem no sentido bíblico.

   Lembrando que "conhecer" no sentido bíblico é fazer sexo.

   Não podemos afirmar que isso seja verdade, pois como já dito, a linguagem Bíblica é bastante subjetiva.

   Gênesis 3:8-9: "Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus ao homem, e lhe perguntou: Onde estás?"

   O homem, que ainda não tinha o nome de Adão, respondeu que teve vergonha de aparecer para Deus porque estava peladão. E Deus perguntou: "Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?"

   Lembrando que Deus disse em Gênesis 2:15-17 que se o homem comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal certamente morreria, o que não aconteceu.

   O "Senhor Deus" se enganou ou mentiu?

   A Bíblia não explica, aliás, o Antigo Testamento é subjetivo ao extremo, repleto de contradições, explica pouca coisa... e explicar pouca coisa mas enrolar bastante é mais obra daquele que se rebelou do que de um Deus justo.

   Além disso, onde estava deus que não previu que isso aconteceria?

   Um ser de infinita sabedoria deixa duas criaturas puras e inocentes com uma tentação e com um tentador e não imagina que fariam besteira?

   A partir da queda do homem começou o jogo de empurra-empurra, de "vitimização" e de "coitadização" que perdura até hoje.

   O homem empurrou a culpa para a mulher que empurrou a culpa para a serpente, e Deus, por sua vez, ferrou com os três.

   Deus condenou a serpente a rastejar "sobre seu próprio ventre, e comerás pó todos os dias da tua vida".

   Isso levanta uma questão importante: qual era o formato da serpente?

   Posto que o castigo foi rastejar sobre seu próprio ventre a serpente tinha cabeça, tronco e membros?

   Ou a serpente já tinha esse formato alongado de cobra, sem membros, mas não rastejava sobre seu próprio ventre? Como a serpente se locomovia então? Dando pulinhos com a ponta do rabo?

   A Bíblia não explica.

   Repetindo, a Bíblia é bastante subjetiva, mas o Antigo Testamento é subjetivo ao extremo e enseja mil e uma interpretações, parece mais uma mitologia, ou seja, deuses com características humanas, deuses com virtudes e defeitos como o ser humano, mas com poderes como as fábulas Gregas e Romanas, com poderes como os X-men ou Dragon Ball, mitologias modernas.

   E antes que alguém venha dizer que estou interpretando de forma errada, informo que sequer interpretei coisa alguma, apenas repito as passagens e faço perguntas.

   Não invento e nem interpreto, somente levanto questões baseadas na própria Bíblia.

   Em Gênesis 3:17 o homem recebe o nome de Adão e daí Adão dá o nome de Eva para a mulher.

   O castigo dos dois, além de serem expulsos do suposto paraíso, Adão foi castigado com o trabalho: Gênesis 3:17-19: "E a Adão disse: Visto que que atendeste a voz da tua mulher, e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses: maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. ela produzirá também cardos e abrolhos e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes a terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás."

   E a Eva foi castigada, basicamente, com as dores do parto, com a TPM, etc.

   Parece-me que o "senhor deus" perdeu uma ótima oportunidade de ensinar o perdão para as suas duas criaturas puras e inocentes, lembrando que quem criou tudo (inclusive o pecado, a tentação, o tentador, etc) foi Ele mesmo.

   Fazendo uma analogia!

   Vamos supor um pai (dizem que Deus é pai e nós fomos criados a sua imagem e semelhança) com seus dois filhos, uma menina de 11 anos e um menino de 12 anos.

   Tal pai, ao sair de manhã para trabalhar deixa seus dois filhos com um conhecido amigo seu, maconheiro de carteirinha e em cima da mesa duas tigelas: uma com frutas e outra com meio quilo de maconha já pronta para consumo em baseados apertados para acender agora.

   E o pai diz aos seus filhos: "Da tigela com frutas podem comer, mas da outra tigela não podem sequer tocar".

   E o pai (ou mãe, tanto faz nessa analogia, mas para sermos justos nos direitos iguais) sai para trabalhar e deixa o adulto maconheiro cuidando dos filhos.

   Ao voltar na viração do dia, o pai (ou a mãe) encontra o tal adulto sagaz mais os dois filhos chapadões no sofá.

   O filho, meio envergonhado ao ver o pai (ou a mãe) diz: "E aí coroa, tudo legal?"

   O pai, vendo o estado lastimável das crianças, dá uma surra com um taco de beisebol no adulto sagaz e o faz sair rastejando da sua casa.

   E depois, questionando os filhos, suas próprias criaturas puras e inocentes, os expulsa de casa: "Vão se virar, falei para não fumar maconha".

   Que pai ou mãe faria isso?

   Antes que alguém diga que a analogia não é correta, repito: leve seu retardo mental para outro lugar.

   Eu poderia ter feito a analogia com sexo, daí você morderia o próprio rabo de raiva porque envolveria incesto!

   Esse "deus" do Antigo Testamento é o diabo. Usa de subterfúgios, tergiversações, subjetividades ao extremo e injustiças.

   E nem cheguei em Jó, esse coitado, estamos ainda no Gênesis.

   Sobre Jó tem vários estudos, mas o ponto principal é que Deus aceitou a tentação do Satanás e ferrou com Jó. Depois Deus devolveu tudo em dobro ao Jó, mas qual a necessidade fazer Jó passar por tudo aquilo?

   Deus deveria ter olhado para Satanás e dito: "Ô Satã, olha bem Quem você está tentando! Fui Eu Quem te criou. Sai fora satã!"

   Veja você, o próprio Deus se deixou tentar por Satanás, quem somos nós para resistir às tentações?

   O livro de Jó não tem uma autoria certa, julga-se pela tradição que foi Moisés quem escreveu, mas não se tem certeza.

   O Deus do Novo Testamento, o Deus do carpinteiro parece-me mais aprazível. Parece-me mais um Deus justo. O fato de ter deixado o próprio filho ser barbarizado e pregado numa cruz de madeira é irrelevante porque Cristo escolheu isso.

   O tal livre-arbítrio.

   Você trocaria o livre-arbítrio pelo paraíso?

   Você quer um mundo sem tentações, sem maldade, todos vivendo em paz, dividindo tudo, aliás, sem sequer ter alguma coisa para dividir?

   É uma utopia isso, pois desde que o mundo é mundo a história do mundo é uma coleção de guerras, loucuras, desgraças, traições, etc.

   Tem coisa boa também, óbvio, mas ao longo da história da humanidade a esmagadora maioria dos seres humanos sempre sofrem enquanto poucos se dão bem.

   E muitos dos poucos que se dão bem quase sempre tem o apoio desse ser supremo.

   O rei Davi, por exemplo, ele mesmo diz que passou mais da metade do mandato dele matando pessoas condenando-as à morte, geralmente criminosos.

   Davi é aquele do Golias, é aquele que "conheceu" Betsabá e ferrou com o marido dela para "conhecer" Betsabá e ainda assim o "deus" do Antigo Testamento o considerava perfeito.

   Voltando à Moisés. Moisés matou um cara, matou um egípcio que espancava um Hebreu (Êxodo 2:11-12). Escondeu o corpo na areia e fugiu.

   Fosse hoje e você fosse o pai, a mãe, o irmão, o amigo, etc, do egípcio morto, você perdoaria Moisés?

   De repente você teve um ente querido morto em um assalto ou numa briga, vai que esse assassino seja o novo Moisés!

   Nos tempos Bíblicos do Antigo Testamento (o Pentateuco) deus aparecia a toda hora, você dava um chute numa sarça e pronto, deus aparecia ardendo ali.

   Hoje, caso você falar que falou pessoalmente com deus será considerado louco.

   A não ser que você faça milagres.

   Porém, até nisso naquela época era diferente. Moisés, por exemplo, quando foi ao monte Sinai pela primeira vez porque queria ver Deus cara a cara, Moisés duvidava da existência de Deus, ao descer do monte estava com a face brilhante e todos perceberam que Moisés teve contato com Deus.

   Isso faz sentido. Quem tem contato com Deus não precisa fazer milagres, o milagre é um adendo porque todos perceberão que Deus deixou uma parcela Sua em ti.

   Aliás, Moisés subiu 8 vezes no monte Sinai para bater um papo com Deus.

   Fato curioso: A estátua de Moisés feita por Miguelângelo (o artista, não a tartaruga ninja) tem dois chifres. A palavra hebraica "qaran" usada para descrever o rosto de Moisés após descer do Monte Sinai foi traduzida na Vulgata, a tradução da Bíblia para o latim, como "cornuta", que significa "com chifres". A raiz "qaran" deve ser entendida como "irradiar luz" ou "ter raios" e é a mesma raiz de "cornuta", mas a interpretação correta é que o rosto de Moisés brilhava com a glória de Deus.

   Miguelângelo não achou nada estranho colocar chifres em Moisés porque na época, e mais antes, ter chifres era sinal de poder, vide os vikings com seus capacetes.

   Veja as imagens de representações de Satanás, sempre com chifres... e tetas.

   E veio um carpinteiro e ferrou com tudo!

   Cristo demoliu inclusive a idéia do demiurgo de Platão, aquele ser superior criador de tudo que fica somente observando tudo e não se intromete em nada, aquele que deixa Cristo e o Satanás brigando pelas almas humanas.

   Metafisicamente falando, Cristo obrigou o demiurgo a tomar uma posição.

   Cristo disse (Mateus 5:17): "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir."

   Cristo falava dos 10 Mandamentos. Foi o único que cumpriu à risca os 10 Mandamentos, aliás, Cristo elevou a coisa a um patamar bem longe de nós.

   Os 10 Mandamentos são um código de ética, senão o único código de ética que existe.

   É dele que decorrem todas as leis humanas: Direito Natural, Direito Romano, Direito Penal, Direito Civil, etc, todos sem exceção decorrem dos 10 mandamentos. Ou 13 mandamentos, ou 15 mandamentos... não entrarei nessa seara.

   Talvez Moisés tenha sido o primeiro filósofo da história da humanidade.

   Vamos supor que deus não exista, que deus seja uma invenção do homem, que Moisés, na época, vendo que a coisa estava muito bagunçada, muita suruba, muita morte, etc, resolveu subir no monte Sinai e ele mesmo esculpiu as pedras da Lei. Que não teve nada de um deus soltando raios furiosamente esculpindo as Tábuas da Lei a marteladas divinas com um cinzel atômico, Moisés as fez.

   Ainda assim não apaga a importância dos 10 mandamentos!

   Os 10 Mandamentos (ou oito, caso você não for religioso) são princípios Éticos.

   Princípio, em filosofia, é aquilo que está no início, antes não precisa ter nada, nem mesmo uma explicação em palavras; pode ter uma explicação em palavras para nos entendermos, mas não é necessário.

   Por exemplo: não matar!

   Todo mundo sabe que matar é errado, até um psicopata sabe disso, senão ele não faria tramoias para esconder suas mortes, mataria na frente de todo mundo.

   Todo mundo nasce sabendo que matar é errado.

   Isso é um princípio Ético.

   Continua em https://julioseibei.blogspot.com/2025/01/etica-e-moral_25.html


terça-feira, 3 de junho de 2025

Debian Autoinstall com iPXE e Preseed no Initrd – Rápido, Leve e 100% Automático

Introdução

Automatizar instalações do Debian via rede (iPXE) pode poupar horas de trabalho, especialmente em ambientes com dezenas ou centenas de máquinas. Apesar do Preseed ser um recurso poderoso do instalador Debian, ele sofre com problemas de compatibilidade e formatação, especialmente ao lidar com particionamentos manuais e hardware legado.

Este artigo apresenta uma solução estável e compatível com máquinas novas e antigas, utilizando:


⚠️ Problemas Comuns com Preseed

Alguns dos obstáculos que encontrei ao tentar uma instalação sem intervenção via Preseed incluem:

  • Falhas silenciosas causadas por tabulações ou espaços extras no particionamento (expert_recipe);

  • A partição swap sendo ignorada se colocada fora de ordem;

  • Problemas com compatibilidade em hardware mais antigo, principalmente com discos IDE ou BIOS legados;

  • preseed.cfg sendo ignorado mesmo que especificado via kernel boot line.


✅ Solução: Preseed Embutido no Initrd

A maneira mais confiável que encontrei foi embutir o preseed.cfg diretamente no initrd.gz, garantindo que o instalador sempre o carregue — independentemente da forma como o sistema boota.


📁 Estrutura do preseed.cfg

O preseed.cfg utilizado cobre:

  • Localização, teclado, fuso horário

  • Configuração de rede e hostname fixo

  • Usuário root e padrão com senha

  • Particionamento totalmente automatizado com expert_recipe detalhado

  • Instalação de pacotes

  • Comandos pós-instalação

A parte completa do particionamento está abaixo, ao final tem o preseed.cfg completo e também o arquivo embed-preseed.sh que embute o preseed no initrd.gz para instalação via iPXE:

### Pré-carrega os módulos necessários
d-i anna-install string btrfs-modules xfs-modules

### Garante que o módulo btrfs está disponível antes do particionamento
d-i preseed/early_command string \
  modprobe btrfs || true; \
  modprobe xfs || true

### Configura o particionamento automático
d-i partman-auto/method string regular
d-i partman-auto/choose_recipe select boot-root
d-i partman-auto/expert_recipe string \
  boot-root :: \
    40 50 512 ext4 \
      $primary{ } $bootable{ } \
      method{ format } format{ } \
      use_filesystem{ } filesystem{ ext4 } \
      mountpoint{ /boot } . \
    4096 4096 4096 linux-swap \
      $primary{ } \
      method{ swap } format{ } . \
    51200 51200 51200 btrfs \
      $primary{ } \
     method{ format } format{ } \
      use_filesystem{ } filesystem{ btrfs } \
      mountpoint{ / } . \
    512 512 -1 xfs \
      $primary{ } \
      method{ format } format{ } \
      use_filesystem{ } filesystem{ xfs } \
      mountpoint{ /orangefs } .

### Confirma as ações do particionador
d-i partman-partitioning/confirm_write_new_label boolean true
d-i partman/choose_partition select finish
d-i partman/confirm boolean true
d-i partman/confirm_nooverwrite boolean true


🔧 Particionamento: pontos críticos

O expert_recipe é extremamente sensível à formatação.

Algumas observações práticas:

  • Não use tabulações, apenas espaços simples;

  • Jamais deixe espaços em branco no final das linhas;

  • A ordem das partições importa — por exemplo, a swap deve vir após /boot e antes de / (raiz);

  • No esquema de particionamento não pode ter comentários entre as linhas da string expert_recipe, aliás, não pode ter nada além do esquema de particionamento;

  • Um erro mínimo de formatação e/ou sintaxe pode resultar em falha silenciosa do instalador.


🛠️ Script: embed-preseed.sh

Esse script extrai, modifica e reempacota o initrd.gz, embutindo o preseed.cfg de forma confiável:

#!/bin/bash

set -e

# === CONFIGURAÇÕES ===

BOOT_DIR="/var/www/html/boot/debian-installer/amd64"

WORK_DIR="/tmp/initrd-work"

PRESEED_SOURCE="/var/www/html/boot/preseed.cfg"

OUTPUT_INITRD="$BOOT_DIR/initrd-custom.gz"


# === CHECAGENS INICIAIS ===

INITRD_ORIGINAL="$BOOT_DIR/initrd.gz"


if [ ! -f "$INITRD_ORIGINAL" ]; then

  echo "❌ Arquivo initrd.gz não encontrado em: $INITRD_ORIGINAL"

  exit 1

fi


if [ ! -f "$PRESEED_SOURCE" ]; then

  echo "❌ Arquivo preseed.cfg não encontrado em: $PRESEED_SOURCE"

  exit 1

fi


echo "📦 Preparando diretório de trabalho..."

rm -rf "$WORK_DIR"

mkdir -p "$WORK_DIR"

cd "$WORK_DIR"


echo "🧩 Fazendo backup do initrd original..."

cp "$INITRD_ORIGINAL" "${INITRD_ORIGINAL}.bak"


echo "🔓 Extraindo initrd.gz..."

gzip -dc "$INITRD_ORIGINAL" | cpio -id --quiet


echo "📄 Copiando preseed.cfg para raiz do initrd..."

cp "$PRESEED_SOURCE" ./preseed.cfg


echo "🗜️ Reempacotando initrd com preseed embutido..."

##find . | cpio --quiet -o -H newc | gzip -9 > "$OUTPUT_INITRD"

find . | cpio --quiet -o -H newc --owner=0:0 | gzip -9 > "$OUTPUT_INITRD"


echo "✅ Novo initrd com preseed embutido foi criado com sucesso!"

echo "📍 Local: $OUTPUT_INITRD"

echo

echo "💡 Use esta linha no seu script iPXE:"

echo "    initrd http://<IP_DO_SERVIDOR>/boot/debian-installer/amd64/initrd-custom.gz"


Como usar


$ sudo chmod +x embed-preseed.sh $ sudo ./embed-preseed.sh


🌐 Exemplo de Boot via iPXE com label iPXE embutido dentro de menu PXE


LABEL debian-ipxe
MENU LABEL Instale o Debian via iPXE (netboot e preseed) KERNEL ipxe.lkrn APPEND dhcp && chain http://192.168.1.3/boot/debian.ipxe


Conteúdo do arquivo debian.ipxe:

#!ipxe echo "Configuracao feita..." echo kernel http://192.168.1.3/boot/debian-installer/amd64/linux auto=true priority=critical initrd http://192.168.1.3/boot/debian-installer/amd64/initrd-custom.gz boot


🧩 Considerações Finais

  • Esse método provou-se confiável em servidores novos com UEFI e máquinas antigas com BIOS tradicional.

  • Testado com sucesso inclusive em hardware antigo com DDR2 e BIOS legado.

  • Evita depender de parâmetros instáveis em linha de kernel.

  • Pode ser adaptado para qualquer distribuição baseada no debian-installer.

  • O esquema total utilizado foi com label iPXE dentro de menu PXE com apache2, tftpd-hpa e isc-dhcp-server, mas pode ser utilizado com somente iPXE.


Exemplo de arquivo /var/lib/tftpboot/pxelinux.cfg/default (menu PXE): DEFAULT debian UI menu.c32 PROMPT 1 TIMEOUT 100 MENU TITLE PXE Boot Menu LABEL debian MENU LABEL Instale o Debian (PXE) KERNEL vmlinuz APPEND initrd=initrd.gz auto=true priority=critical preseed/url=http://192.168.1.3/debianiso/preseed.cfg --- LABEL memtest MENU LABEL Teste de RAM (Memtest86+ 7.20) KERNEL memtest86+ LABEL clonezilla MENU LABEL Clonezilla Live (Backup/Restore) KERNEL clonezilla/vmlinuz APPEND initrd=clonezilla/initrd.img boot=live union=overlay username=user config components noswap edd=on nomodeset ocs_live_run="ocs-live-general" ocs_live_keymap="none" ocs_live_batch="no" vga=788 fetch=tftp://192.168.1.3/clonezilla/filesystem.squashfs LABEL debian-ipxe MENU LABEL Instale o Debian via iPXE (netboot e preseed) KERNEL ipxe.lkrn APPEND dhcp && chain http://192.168.1.3/boot/debian.ipxe


preseed.cfg completo

#_preseed_V1 ###Preseed para boot PXE sem Interface Grafica### ##Preseed ideal para cluster, podendo ser adaptado## ### Locale e linguagem ### d-i debian-installer/locale string pt_BR.UTF-8 d-i console-setup/ask_detect boolean false ## Configuracoes de teclado br-abnt2 d-i console-keymaps-at/keymap select br-abnt2 d-i keyboard-configuration/xkb-keymap select br d-i keyboard-configuration/layout select br d-i keyboard-configuration/model select abnt2 d-i keyboard-configuration/variant select abnt2 d-i keyboard-configuration/options string lv3:alt_switch,compose:rctrl d-i keyboard-configuration/store_defaults_in_debconf_db boolean true d-i time/zone string America/Sao_Paulo ### Hostname e rede ### d-i netcfg/use_autoconfig boolean true d-i netcfg/disable_dhcp_hostname boolean true d-i netcfg/get_nameservers string 1.1.1.1 9.9.9.9 d-i netcfg/get_hostname string no01 d-i netcfg/get_hostname seen true d-i netcfg/get_domain string localdomain d-i netcfg/get_domain seen true d-i netcfg/choose_interface select auto ### Repositorio Debian ### d-i mirror/country string manual d-i mirror/http/hostname string deb.debian.org d-i mirror/http/directory string /debian d-i mirror/http/proxy string ### Usuario ### d-i passwd/root-password password cluster d-i passwd/root-password-again password cluster d-i passwd/user-fullname string Kluster User d-i passwd/username string kluster d-i passwd/user-password password cluster d-i passwd/user-password-again password cluster d-i passwd/user-default-groups string sudo ### Popularidade ### popularity-contest popularity-contest/participate boolean false ### Pre-carrega os modulos necessarios d-i anna-install string btrfs-modules xfs-modules ### Garante que o módulo btrfs está disponivel antes do particionamento d-i preseed/early_command string \ modprobe btrfs || true; \ modprobe xfs || true ### Configura o particionamento automatico d-i partman-auto/method string regular d-i partman-auto/choose_recipe select boot-root d-i partman-auto/expert_recipe string \ boot-root :: \ 40 50 512 ext4 \ $primary{ } $bootable{ } \ method{ format } format{ } \ use_filesystem{ } filesystem{ ext4 } \ mountpoint{ /boot } . \ 4096 4096 4096 linux-swap \ $primary{ } \ method{ swap } format{ } . \ 51200 51200 51200 btrfs \ $primary{ } \ method{ format } format{ } \ use_filesystem{ } filesystem{ btrfs } \ mountpoint{ / } . \ 512 512 -1 xfs \ $primary{ } \ method{ format } format{ } \ use_filesystem{ } filesystem{ xfs } \ mountpoint{ /orangefs } . ### Confirma as acoes do particionador d-i partman-partitioning/confirm_write_new_label boolean true d-i partman/choose_partition select finish d-i partman/confirm boolean true d-i partman/confirm_nooverwrite boolean true ### Pacotes ### tasksel tasksel/first multiselect standard, ssh-server d-i pkgsel/include string sudo vim curl wget net-tools aptitude libu2f-udev console-setup keyboard-configuration console-data ### GRUB ### d-i grub-installer/bootdev string default ### Finalizacao ### d-i finish-install/reboot_in_progress note ### Comandos pos-instalacao ### d-i preseed/late_command string \ in-target bash -c 'echo "XKBMODEL=\"abnt2\"" > /etc/default/keyboard; \ echo "XKBLAYOUT=\"br\"" >> /etc/default/keyboard; \ echo "XKBVARIANT=\"abnt2\"" >> /etc/default/keyboard; \ echo "XKBOPTIONS=\"lv3:alt_switch,compose:rctrl\"" >> /etc/default/keyboard; \ echo "BACKSPACE=\"guess\"" >> /etc/default/keyboard'; \ in-target dpkg-reconfigure -f noninteractive keyboard-configuration; \ in-target setupcon --force; \ in-target update-initramfs -u; \ in-target bash -c 'set -e; \ apt-get clean || true; \ apt-get update || true; \ sed -i "s/^allow-hotplug/auto/" /etc/network/interfaces; \ update-grub || true; update-initramfs -u || true; \ mkdir -p /etc/sudoers.d; \ echo "kluster ALL=(ALL:ALL) ALL" > /etc/sudoers.d/kluster; \ chmod 0440 /etc/sudoers.d/kluster'

sábado, 10 de maio de 2025

Meu (desviado) Caminho para Marx


   O título adaptei de Georg Lukács, ou melhor, peguei emprestado permanentemente - autores como Lukács gostam de jogos de palavras, então por que não combater fogo com fogo?
   Acabaremos todos chamuscados... assim seja!

   Neste ensaio, Lukács descreve como pavimentou seu caminho para Marx. Ele começa se desmanchando de amor por Marx já na primeira frase: "A relação com Marx é a verdadeira pedra de toque para todo intelectual que leva a sério a elucidação da sua própria concepção de mundo, o desenvolvimento social, em particular a situação atual, o seu próprio lugar nela e o seu próprio posicionamento em relação a ela. "

   De cara vemos um problema: as palavras "intelectual" e "sério" na mesma frase discorrendo sobre Marx; e pior:  Lukács entra num medonho transe que evolui para uma relação platônica.

   Depois ele segue se derretendo de amores sobre seu primeiro encontro com Marx quando diz que ficou impressionado com a teoria da mais-valia... o encontro de Lukács com Marx, esclareço para quem não leu o texto (e nem pretende ler): foi um encontro com o Manifesto Comunista. Lukács disse que "A impressão foi extraordinária...".
   Marx faleceu em 1883, Lukács nasceu em 1885... o encontro deles só é possível numa sessão Espírita ou num terreiro de Macumba.

   Na verdade, no texto, Lukács conta seu caminho para Marx onde passou 10 anos da vida dele estudando os escritos de Marx - para quê, eu não sei -, mas não podemos desconsiderar o conhecimento de Lukács sobre a obra de Marx.

   O que me chamou atenção e me causou estranheza nesse "textículo" foi o último trecho do sétimo parágrafo:

O materialismo dialético, a doutrina de Marx, deve ser conquistada a cada dia, assimilada a cada hora, a partir da práxis. Por outro lado, a doutrina de Marx, em sua inatacável unidade e totalidade, constitui a arma para a condução da prática, para o domínio dos fenômenos e de suas leis. Se dessa totalidade for destacado (ou apenas subestimado) um só elemento constitutivo, teremos de novo a rigidez e a unilateralidade. Basta que se perca a relação dos momentos uns com os outros, e lá se vai o chão da dialética marxista sobre o qual apoiamos os pés. “Pois qualquer verdade – diz Lênin – se a exagerarmos, se ultrapassamos os limites de sua validade, pode tornar-se um absurdo; aliás, é inevitável que, em tais circunstâncias, ela se torne um absurdo.”

   Lukács escreve sobre o "Materialismo Dialético", a doutrina de Marx?!?

   Um sujeito como Marx, que não trabalha com definições, somente trabalha com determinações, como bem disse José Paulo Netto: "se você é o leitor que pretende encontrar definições, Marx não é o autor para você"; ou seja, Marx define coisa nenhuma em seus escritos, mas cria uma pasta mental cinzenta pegajosa; Marx diz uma coisa e no parágrafo seguinte ele pode dizer exatamente o contrário que, para os manipulados seguidores dele, Marx continua certo e continua determinando como os idiotas devem pensar, porém, já veremos à luz de Lukács o que é essa "doutrina de Marx", o tal materialismo dialético.

   Antes veremos que o problema de não se trabalhar com definições é o mesmo problema de somente trabalhar com definições, ou seja,  vai contra a realidade. Um bom autor observa a realidade e escreve sobre ela sem mascaramentos ou truques de palavras que possam confundir o leitor. Quando alguém começa, por exemplo, a escrever um livro e decide não trabalhar com definições, esse alguém certamente embromará no texto, enrolará o leitor para que pense que o gênio é o autor e o burro é o leitor que entendeu nada.

   Da mesma maneira, quando você decide definir tudo, certamente você nem começará o livro porque na vida algumas coisas tem definições e outras não, é impossível definir tudo do mesmo modo que é impraticável definir nada.

   Aristóteles, há 2.500 anos já nos mostrou o caminho e o caminho é o mesmo, não mudou nesse tempo. Ainda que alguns tentem construir seu próprio caminho nesse sentido, o máximo que conseguem é abrir picadas a facão no meio da mata escura onde acabam por se desviarem da luz que Aristóteles nos deixou. Vejam vocês, até os insetos são atraídos pela luz, algumas pessoas fogem dela.

   Quando Aristóteles nos diz sobre a coragem e a bravura na "Ética a Nicómaco" ele sequer tenta definir tais coisas, mas escreve sobre elas, cita exemplos e analisa, pois são coisas incorpóreas e subjetivas e o leitor, afinal, entende perfeitamente o que são coragem e bravura mesmo que não tenha uma definição.

   Com efeito, pelo outro lado, Aristóteles afirma nos "Analíticos Posteriores" que a ciência e o seu objeto diferem da opinião e do seu objeto, e depois define o que é opinião e analisa a ciência, pois aquela é passível de definição, esta é passível somente de significado. E nos diz que a opinião (doxa) pode ser objeto da ciência, porém, a ciência não pode ser objeto da opinião e, assim ele vai descrevendo a realidade, definindo o que pode ser definido e analisando e significando o que, em si, não tem como definir.

   O materialismo dialético, no bla bla bla Marx de Lukács que deve ser bla bla bla a cada dia, bla bla bla a cada hora, a partir da práxis... o leitor tem de saber o que é essa tal práxis a qual Lukács se refere senão não entenderá o texto de Lukács. Deixo para o leitor essa parte, não vou explicar tudo, pois não pretendo escrever um livro, além do que, para este meu presente texto não nos interessa o que é a práxis marxista.

   Vamos focar nisto: “Pois qualquer verdade – diz Lênin – se a exagerarmos, se ultrapassamos os limites de sua validade, pode tornar-se um absurdo; aliás, é inevitável que, em tais circunstâncias, ela se torne um absurdo.”

   Esta citação de Lênin feita por Lukács é, claramente, um sofisma, aliás, esses autores desta cepa ideológica-filosófica, desta corrente aprisionadora ideológica-filosófica sofista, cuja volta brutal e avassaladora na história da humanidade podemos dizer que se deu com Kant, este enganador de uma figa, sofista enrolador, esta miserável carcaça celibatária que, junto com Hegel, Fichte, Marx, Gramsci, toda a Escola de Frankfurt e, mais recentemente, Heidegger, Paulo Freire, Foucault, além de vários e inúmeros outros, desorganizam fundamentalmente e emburrecem para sempre as cabeças por meio de um palavrório oco, vazio e nauseabundo, como bem observou Schopenhauer sobre Kant e Hegel. Trocam conceitos por palavras, pois não trabalham com definições, trabalham com determinações; dizem palavras vazias de significado e determinam absurdos como se fossem leis supremas. Regurgitam sofismas com aquela pose vaidosa da qual a ignorância é fonte de autoridade intelectual.

   O materialismo dialético, a doutrina de Marx, citada por Lukács, nada mais é do que mentir, mentir e mentir até tudo se tornar um absurdo e, como bem disse Lênin com a sua semântica oculta maligna, quanto mais você mente é inevitável que tudo se torne um absurdo - nesta parte dá a impressão de que Lênin não mentiu, mas é preciso entender que é assim mesmo: eles trabalham com a verossimilhança.

   Exagerar a verdade é eufemismo (passada de pano) para a mentira. Exagerar a verdade é mentir, pois é impossível exagerar a verdade: a verdade é o que ela é! Um lápis, por exemplo, medido com a régua, tem 18 centímetros e vem Lênin ou Lukács ou Marx (qualquer um desta cepa burra maldita maligna) e nos diz que o lápis tem, na verdade, 20 centímetros!

   Eles não estão mentindo, estão somente exagerando a verdade em 2 centímetros, estão somente fazendo uma ultrapassagem em lugar proibido dos limites da sua validade. É a mesma coisa quando um idiota diz que não está mentindo porque está somente faltando com a verdade. Faltar com a verdade é eufemismo para mentira, mas significa mentira. Lembrando que "eufemismo", neste sentido, significa minimizar através de palavras a gravidade das consequências dos atos e das palavras. O leitor não foi estuprado, somente praticaram sexo violento com a mente dele!

   Por que Lukács escolheu exatamente esta citação de Lênin para encerrar o parágrafo no qual discorria sobre o materialismo dialético?

   Ele poderia ter escolhido outra citação de Lênin, qualquer outra citação de outro autor, etc... por que exatamente essa?

   Essa resposta somente Lukács nos pode dar com exatidão, mas por uma questão de interpretação de texto nem precisamos de Lukács, está bem claro: o materialismo dialético, a doutrina de Marx, é mentir, mentir e mentir até tudo tornar-se um absurdo... e daí mentir mais ainda!

   Veja bem, não é mentir simples mentiras, tem de ser mentiras elaboradas, escritas com um certo profissionalismo estilístico, com uma robustez literária, às vezes até com juras de amor simulando um significado sagrado onde palavras como "doutrina", "teoria", "crença" e "revolução" transformam-se ocultamente numa espécie de seita religiosa.

   Como já nos alertou Dante, em sua Divina Comédia no canto XXVII, ninguém acredita em uma mentira pura e simples: "Então não imaginavas que eu fosse lógico?", disse o querubim negro depois que convenceu a todos, principalmente o próprio Frade Guido, de que o lugar dele era no inferno.

   A coisa foi mais ou menos assim: o frade reconheceu que mentiu, mas tinha se arrependido; o querubim negro retrucou reconhecendo que o frade tinha se arrependido, mas continuou mentindo... e assim foram nessa toada até que o querubim negro convenceu logicamente a todos de que nada vale o arrependimento se se continua pecando.

   Palavras do Frade:

No momento da minha morte, São Francisco veio buscar minha alma, mas antes que ele pudesse me levar um querubim negro se antecipou e, utilizando argumentos lógicos, demonstrou que eu deveria ir para o inferno: "Para baixo ele virá comigo, pois deu conselho fraudulento. Não se pode absolver o impenitente, nem pode o arrependido ainda querer pecar, pois assim nada vale seu arrependimento." Coitado de mim. Quando ele me tomou ainda falou: "Nem imaginavas que eu pudesse argumentar tão bem, não foi?" O demônio me levou até Minós, que se enrolou no rabo oito vezes e, de tanta raiva ainda o mordeu, me enviando a esta oitava vala para ser prisioneiro do fogo eterno.

   Pobre Frade... ninguém mandou mentir!

   Lukács, através de Lênin, sem querer, em uma simples citação nos disse uma verdade com boa intenção, mas de boas intenções o inferno está cheio!

   Na Suma Teológica, Santo Tomás de Aquino nos ensina que o Bem vem da Razão, não basta ter boas intenções porque as intenções e o instinto são produto da Emoção e, quando a Emoção toma conta, a bondade transforma-se em malícia.

Ps.: Agora se entende de onde vem a expressão "morder o próprio rabo de raiva"!

https://www.marxists.org/portugues/lukacs/1933/mes/marx.pdf

https://www.stelle.com.br/pt/inferno/canto_27.html

https://www.stelle.com.br/pt/inferno/inferno_27.html

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Como ter uma internet sempre estável no Debian


O Debian sempre teve problemas de rede, de conexão com a internet que, às vezes, do nada ou de alguma atualização se perde todo e não conecta mais no wifi, no fio ou em nenhum dos dois ou troca a precedência do fio pelo sem fio.

O Debian atualmente tem, basicamente, três Gerenciadores de Rede: network-manager, networking e systemd-networkd, além de outros.
Por aí já começamos a entender um dos problemas: conflitos, lutas, brigas... um se metendo na vida do outro!

Eu sei que quando se fica sem internet por causa de conflitos entre os gerenciadores não é nada engraçado ainda mais quando se pesquisa exaustivamente e não se consegue resolver o problema (parece bruxaria), aliás, o pessoal do Debian já deveria ter resolvido isso com uma reza brava.
A essas alturas do "campeonato informático", 35 anos de vida e ainda tem problemas de conexão?!?

Contudo, veremos se é possível resolver isso!
Vou logo dizendo que o Gerenciador de Rede escolhido foi o NetworkManager.
É o mais estável e não estou dizendo que os outros são ruins, nada a ver.
Passadas essas jocosidades, vamos colocar a mão no mouse.

Foi utilizado o Debian 12.

Configurar somente o NetworkManager (RECOMENDADO)

$ sudo systemctl stop networking
$ sudo systemctl disable networking
$ sudo systemctl stop systemd-networkd
$ sudo systemctl disable systemd-networkd

Caso eles insistirem em voltar e se auto-habilitarem (coisas do Debian) seja radical: desinstale-os:

$ sudo apt purge --remove networking
$ sudo apt purge --remove systemd-networkd

$ sudo apt update

O NetworkManager vem junto com a instalação, mas o que abunda não prejudica (nesse caso):
$ sudo apt install network-manager
$ sudo systemctl enable NetworkManager
$ sudo systemctl start NetworkManager

Configurando o NetworkManager para Controlar o Arquivo /etc/network/interfaces

A única mudança que faremos é caso estiver "false" em "managed", coloque "true".

Utilizo o Vim, você utilize o teu editor de texto favorito.

$ sudo vim /etc/NetworkManager/NetworkManager.conf

[main]
plugins=ifupdown,keyfile

[ifupdown]
managed=true

Salve e saia.

Inicie ou reinicie o NetworkManager:
$ sudo systemctl start NetworkManager
ou
$ sudo systemctl restart NetworkManager

Para ver o estado:
$ sudo systemctl status NetworkManager

A partir do Debian 11 se deve usar "sudo systemctl restart NetworkManager" em vez de "sudo service network-manager restart".

Não sei porque os caras não colocaram tudo em minúsculo em "NetworkManager", deve ter sido um brasileiro que teve essa idéia.

Exemplo do arquivo /ETC/NETWORK/INTERFACES para estudarmos:

$ sudo vim /etc/network/interfaces

# This file describes the network interfaces available on your system
# and how to activate them. For more information, see interfaces(5).

source /etc/network/interfaces.d/*

# The loopback network interface
auto lo
iface lo inet loopback
#
# The primary - offboard
allow-hotplug enp3s0
iface enp3s0 inet dhcp
#
# The secondary - onboard
auto eno2
iface eno2 inet static
address 192.168.1.1
netmask 255.255.255.0
network 192.168.1.0
broadcast 192.168.1.255

Para IP estático (static) tem de ser "auto nome_placa".
Para IP dinâmico (dhcp) tem de ser "allow-hotplug nome_placa".
"auto" é para IPs estáticos e para dispositivos permanentes.
"allow-hotplug" é para IPs dinâmicos e dispositivos hotplug de rede como usb, wifi, etc.

Contribuição do meu amigo Chat GPT (apesar de que às vezes ele dá umas opiniões um tanto quanto estranhas):
"**allow-hotplug**: A interface é trazida online automaticamente quando detectada, ideal para dispositivos que podem ser conectados ou removidos (ex: USB, ou interfaces que nem sempre estão presentes).

**auto**: A interface é ativada automaticamente durante o boot, ideal para interfaces que estão sempre presentes e/ou ativas (como onboard ou IPs estáticos)."

Ordem de precedência:
Quando for placa de rede offboard com IP estático coloque "auto".
Quando for placa de rede offboard com IP dinâmico coloque "allow-hotplug".
Quando for placa de rede onboard com IP estático coloque "auto".
Quando for placa de rede onboard com IP dinâmico coloque "allow-hotplug".

Resumo:
Com IP estático coloque "auto" (a não ser que seja um servidor DHCP, daí coloque allow-hotplug mesmo com IP estático, isso é necessário porque, dependendo do hardware, estando "auto" pode acontecer de o driver da placa de rede subir depois do serviço DHCP, daí o serviço DHCP também não inicia; e com allow-hotplug iniciará automaticamente quando é detectada e o NetworkManager com as configurações abaixo controlará tudo).
Com IP dinâmico, via de regra, coloque "allow-hotplug".

Caso não for assim como acima os Gerenciadores de Rede se perdem todos e não adianta reiniciar o gerenciador, o sistema... reiniciar a vida enchendo a cara, etc.
Aliás, para entender isso o cara tem de ler vários manuais, sites, pesquisar, entender a ciência do prego e do martelo para dar uma simples martelada no prego!
E depois não entendem porque o Linux não é utilizado como desktop!

Brincadeiras à parte, o Linux não é utilizado como desktop porque ele não foi feito para isso; como desktop o Linux é muito ruim e está de boa.
Parece-me que os desenvolvedores do Linux tem um truque que somente eles sabem, porém, a esmagadora maioria deles não conseguem resolver os problemas mais básicos que afligem o Linux há 35 anos.
A famosa Liberdade também está em você escolher o sistema operacional que você quer no seu computador!

Para o Wifi não é necessário nenhuma configuração.

Testei o NetworkManager durante 3 meses até escrever essas mal traçadas linhas.
Troquei o cabo de rede entre as placas onboard e offboard sem alterar arquivos, testei com cluster, etc.

Acrescentei uma linha estranha no /etc/network/interfaces:


Reiniciei com:
$ sudo systemctl restart NetworkManager

E o que aconteceu foi que a conexão com fio caiu, óbvio, mas imediatamente o NetworManager levantou o Wifi.
Não satisfeito reiniciei o sistema inteiro com o arquivo /etc/network/interfaces do mesmo jeito.

Ao reiniciar apareceu a mensagem "Você agora está conectado ao Wired Conection..." e logo depois "Você agora está conectado ao Wifi...", ou seja, como o arquivo /etc/network/interfaces está com aquela linha toda errada ele desconsiderou e habilitou o wifi para você não ficar sem internet.

Não satisfeito desabilitei o Wifi e para minha surpresa apareceu: "Você agora está conectado a Wired conection..." e continuei com internet.

Daí fui em "Informações da Conexão" no Cinnamon para ver se não estava sendo enganado, mas lá estava:


Ou seja, o NetworkManager de alguma forma forçou o arquivo /etc/network/interfaces a funcionar mesmo com a linha errada ou ele tem suas próprias configurações.

Não satisfeito de novo derrubei a interface wlo1 (wifi):

$ sudo ifdown wlo1

Abri o navegador e continuei conectado na internet.
Veja o estado DOWN do wifi:



Não satisfeito deixei o /etc/network/interfaces assim:


Não satisfeito reiniciei o NetworkManager:

$ sudo systemctl restart NetworkManager

E o NetworkManager habilitou o wifi e conectou no wifi.

Conclusão:
De qualquer maneira que estiver o /etc/network/interfaces ele só terá precedência no wifi caso estiver certo, caso não estiver certo o NetworkManager manterá você conectado.

O porquê isso acontece deixo para você pesquisar.

O NetworkManager só não conectou quando desabilitei a rede: desmarquei "Habilitar rede".
Aí já seria impossível conectar.

Resumindo:
Caso você opte pelo NetworkManager desabilite todos os outros Gerenciadores de Rede.
O NetworkManager manterá você conectado, mas para isso você tem de deixar somente ele como Gerenciador de Rede.

Parabéns para o pessoal do NetworkManager!

https://wiki.debian.org/NetworkManager