quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Pensando


Pensei que eu não sabia pensar
E não estou alegre nem triste
Só estou imaginando o ar
Se é algo que não existe

Na minha cabeça vazia
Nem o vácuo se forma
Os pensamentos do dia
Na noite vão embora

Pensando que eu existo
Existo logo penso
Penso que não existo
E não tenho pensamento

É tão fácil pensar que não penso
Daí penso nos pensamentos
Eu penso que não penso
E isso é um pensamento

Se não estou alegre nem triste
Não tenho sentimentos
Daí a vida não existe
E nem os pensamentos

Que confusão suprema.
Quem sabe o que disso virá?
A alma será eterna?
Nada mais importará?

Se eu imagino o ar
Sinto no rosto uma brisa
É uma questão de imaginar
Ou a realidade é precisa?

Certamente que penso
Isto sinto e isto escrevo
Mas acabo não lendo
Esse pensamento é grotesco

Penso, logo existo
Mas para pensar tenho que existir
E se penso que não existo
Então tenho que mentir

Se não existo não penso
Para mim mesmo eu minto
Se penso, portanto existo
Já não sei mais o que eu sinto

Dando voltas na mente
Os pensamentos circulam
Não estou alegre nem triste
Mas os sentimentos perduram

Então eu sei pensar
E tenho sentimentos
Fico imaginando o ar
E tenho pensamentos

Um Poema Engraçado

Sinto a eletricidade do corpo
Entre cosquinhas e risadas
Temos a alegria dos porcos
Que fuçam na lama da estrada

Um beijo de lábios juntos
O cheiro do perfume suave
O teu batom é o rejunte
Que nos meus lábios não arde

O choque da realidade vivida
Com todo amor e carinho
É como desligar da tomada
Separar o nariz do focinho

Um abraço e um beijo infinito
Duradouro e apertado
Da boca nos cala o grito
Mas deixa o corpo colado

Quero guardar na lembrança
Esse momento estranho
Na lama fizemos lambança
E fomos tomar banho

Sinto a eletricidade do corpo
Da vida não se leva nada
O último suspiro de um morto
A cama é a nossa estrada

Sem ter o que fazer
Deitados pensando em tudo
Meu ser é o teu ser
Dane-se o mundo

Velha Ilusão

Na briga dos anjos e demônios
Anjos de luz vós desejais
Sob a forma melíflua de ideais
Eles vivem em matrimônio

Do que vós imagineis da vida
Tens a realidade concreta
Que mais parece incerta

Não digas que sabes de tudo
Lúcifer também é feito de luz
A mentira da ilusão do mundo

Que a todos nós conduz
É um sentimento profundo:
Somos feitos de trevas e de luz

domingo, 16 de dezembro de 2018

Análise do livro Aristóteles em Nova Perspectiva - Parte 1

Textículo Introdutório
Ou Prolegômenos

Não pretendo aqui refutar ou elogiar a obra da presente análise (o livro Aristóteles em Nova Perspectiva - Introdução à Teoria dos Quatro Discursos de Olavo de Carvalho), pois refutar ou elogiar pressupõe que se dê algum valor à obra e, como ainda não a estudei, não tenho essa pretensão.
Seguindo esse raciocínio coloco aqui o método que aplicarei: primeiro lerei o livro todo de uma vez, “de cabo a rabo”, sem me preocupar em estudá-lo. Segundo: partirei para o estudo, relendo-o e, daí sim, entrando no estudo propriamente dito, comparando-o com outras obras, fazendo anotações, tirando conclusões, procurando compreendê-lo seguindo, principalmente, o próprio conceito de “compreensão” sugerido pelo autor nas primeiras páginas do livro, cujas linhas me saltaram aos olhos.
Porém, isso não implica que entrarei nos termos que o autor propõe. Não posso cometer os erros filosófico e psicológico de analisar um livro nos termos que um autor propõe (mas os levarei em conta, é óbvio), senão entrarei em uma investigação que cairá num “jogo de cartas marcadas” que acarretará na delimitação do assunto a ser estudado, delimitação esta, dada pelo próprio autor, o que não é o caso, pois, acredito eu, não se trata de obra de ficção posto que filosofia se traduz, também, como a busca pelo bem e pela verdade e, num conceito mais específico semanticamente: a busca pela verdade com base na realidade, sem falseamentos.
Reitero, minha intenção não é refutá-lo ou elogiá-lo, mas somente entendê-lo e, se possível, agregar conhecimento.
À primeira leitura o autor nos oferece um conceito de “compreensão” (páginas 21 e 22), que aqui transcrevo: “No entanto, ela é a chave mesma dessa compreensão, se por compreensão se entende o ato de captar a unidade do pensamento de um homem desde suas próprias intenções e valores, em vez de julgá-lo de fora; ato que implica respeitar cuidadosamente o inexpresso e o subentendido, em vez de sufocá-lo na idolatria do “texto” coisificado, túmulo do pensamento. ”
Num primeiro momento pensei que, quando o autor fala em “respeitar cuidadosamente o inexpresso e o subentendido”, teria que “adivinhar”, ler nas entrelinhas, imaginar fertilmente alguma coisa que o autor não disse no texto coisificado, como se eu fosse um adolescente subginasiano tentando compreender, por exemplo, a Retórica sem ter lido os Tópicos, semelhante ao que o próprio Aristóteles assinalou na Metafísica:
As tentativas de alguns [pensadores] que se pronunciam
acerca da verdade e do modo como a devemos reconhecer
são realizadas na completa ignorância dos [meus]
Analíticos; ora todas estas matérias só devem ser abordadas
por quem tenha um conhecimento prévio [desses textos],
e não por quem busca a verdade sem ter sequer ouvido
falar deles.”
Partindo do pensamento de adivinhação eu pararia logo a leitura naquele conceito de “compreensão” e cairia na armadilha do desconstrucionismo.
Vejo claramente que o autor, com aquele conceito de “compreensão”, refere-se, por evidente, à obra de Aristóteles e não ao seu próprio livro; refere-se à “compreensão” como um processo de conhecimento (a escalada cognitiva), onde, para compreender alguma coisa deve-se, obrigatoriamente, compreender o(s) princípio(s) dessa alguma coisa para depois compreendê-la na sua totalidade (das partes para o todo), ou, pelo menos, através desse processo de conhecimento chegar mais perto da verdade. “Compreensão” esta, creio eu, no sentido do silogismo aristotélico: “um argumento em que, dadas certas proposições, algo distinto delas resulta necessariamente, pela simples presença das proposições aduzidas” (Tópicos, pág. 10).
Dirimida esta dúvida, sigo a leitura sem estudo, apesar de já ter feito um estudo prévio dessas primeiras linhas, delineando assim, o método desta análise.

Após terminada a leitura inicial sem estudo, minha primeira impressão (que pode ser interpretada como uma análise epistemológica leiga, não somente pela leitura do livro em questão, mas, também, pela execução de vários dos vídeos do autor no Youtube) é a de que o autor tem o raciocínio aristotélico - tanto básico quanto em suas quatro variedades - completamente arraigado no seu eu, tornou-se parte dele... como não poderia ser diferente dado o seu conhecimento sobre o assunto. Até fiquei um pouco inibido em continuar esta análise, mas venho com a minha fé, companheira fiel, e venho - com o conhecimento que tenho, que, em comparação com o autor, é menor - levar a cabo este empreendimento na intenção de chegar ao mais puro aprendizado e, entre concordâncias e discordâncias, chegaremos a uma conclusão, seja ela certa, provável, verossímil ou possível.

Introdução ao estudo do livro Aristóteles em Nova Perspectiva

A base do livro, a Teoria dos Quatro Discursos, como o próprio autor diz: “Pode ser resumida em uma frase: o discurso humano é uma potência única, que se atualiza de quatro maneiras diversas: a poética, a retórica, a dialética e a analítica (lógica) ” (p. 22).
A idéia da Teoria dos Quatro Discursos foi baseada na percepção de dois outros autores, citados no próprio livro: Avicena e Santo Tomás de Aquino, cuja nota 2 reproduzo abaixo:

2 Esses dois foram Avicena e Sto. Tomás de Aquino. Avicena (Abu ‘Ali el-Hussein ibn Abdallah ibn Sina, 375-428 H. / 985-1036 d.C.) afirma taxativamente, na sua obra Nadjat (“A Salvação”), a unidade das quatro ciências, sob o conceito geral de “lógica”. Segundo o Barão Carra de Vaux, isto “mostra quanto era vasta a idéia que ele fazia desta arte”, em cujo objeto fizera entrar “o estudo de todos os diversos graus de persuasão, desde a demonstração rigorosa até a sugestão poética” (cf. Baron Carra de Vaux, Avicenne, Paris, Alcan, 1900, pp. 160-161). Sto. Tomás de Aquino menciona também, nos Comentários às Segundas Analíticas, I, I.I, nº 1-6, os quatro graus da lógica, dos quais, provavelmente tomou conhecimento através de Avicena, mas atribuindo-lhe o sentido unilateral de uma hierarquia descendente que vai do mais certo (analítico) ao mais incerto (poético) e dando a entender que, da Tópica “para baixo”, estamos lidando apenas com progressivas formas do erro ou pelo menos do conhecimento deficiente. Isto não coincide exatamente com a concepção de Avicena nem com aquela que apresento neste livro, e que me parece ser a do próprio Aristóteles, segundo a qual não há propriamente uma hierarquia de valor entre os quatro argumentos, mas sim uma diferença de funções articuladas entre si e todas igualmente necessárias à perfeição do conhecimento. De outro lado, é certo que Sto. Tomás, como todo Ocidente Medieval, não teve acesso ao texto da Poética. Se tivesse, seria quase impossível que visse na obra poética apenas a representação de algo “como agradável ou repugnante” (loc. cit., nº 6), sem meditar mais profundamente sobre o que diz Aristóteles quanto ao valor filosófico da poesia (Poética, 1451 a.). De qualquer modo, é um feito admirável do Aquinatense o haver percebido a unidade das quatro ciências lógicas, raciocinando como o fez, desde fontes de segunda mão.

Então se faz necessário analisar os textos citados acima, sendo que os analisarei na próxima parte do estudo.
Mas, de imediato, fazendo uma análise do próprio texto do autor, posso depreender (não compreender), mas posso depreender friamente do texto coisificado da nota 2 que Avicena afirma taxativamente, na sua obra Nadjat (“A Salvação”), a unidade das quatro ciências, sob o conceito geral de “lógica”. À primeira vista posso entender que, para Avicena, a unidade das quatro ciências está na lógica e não na poética. Mas para dirimir esta dúvida se faz necessário ler o texto de Avicena, o que farei na segunda parte.
Depois o autor cita o Barão Carra de Vaux cuja obra não se encontra nas “Leituras Sugeridas”, porém, isto não desabona o livro, pois refere-se à forma e não ao conteúdo.
Sobre Sto. Tomás de Aquino o autor cita que “provavelmente tomou conhecimento através de Avicena, mas atribuindo-lhe o sentido unilateral de uma hierarquia descendente que vai do mais certo (analítico) ao mais incerto (poético) e dando a entender que, da Tópica “para baixo”, estamos lidando apenas com progressivas formas do erro ou pelo menos do conhecimento deficiente”.
Posso depreender que a hierarquia descendente que vai do mais certo (analítico) ao mais incerto (poética) significa isso mesmo: o mais certo é a analítica e o mais incerto é a poética. E depois o autor diz que “Isto não coincide exatamente com a concepção de Avicena nem com aquela que apresento neste livro, e que me parece ser a do próprio Aristóteles, segundo a qual não há propriamente uma hierarquia de valor entre os quatro argumentos, mas sim uma diferença de funções articuladas entre si e todas igualmente necessárias à perfeição do conhecimento”.
Ora, se a concepção de Avicena não coincide com a de Sto. Tomás de Aquino e nem com a do autor, aparentemente não estão falando da mesma coisa ou estão falando da mesma coisa, mas sob óticas diferentes. Este é um dos pontos a serem analisados profundamente. Do que cada um está falando?
Porém, como o próprio texto informa “De outro lado, é certo que Sto. Tomás, como todo Ocidente Medieval, não teve acesso ao texto da Poética. Se tivesse, seria quase impossível que visse na obra poética apenas a representação de algo “como agradável ou repugnante” (loc. cit., nº 6), sem meditar mais profundamente sobre o que diz Aristóteles quanto ao valor filosófico da poesia (Poética, 1451 a.)”.
Então vejo que, segundo o próprio autor Olavo de Carvalho, Sto. Tomás de Aquino não tinha dados e informações suficientes para atribuir uma hierarquia descendente que vai do mais certo (analítico) ao mais incerto (poética). Contudo, isto não desabona em qualquer coisa que seja. O texto é bastante claro: Sto. Tomás de Aquino não tinha conhecimento da Poética, porém, o autor colocou a Poética como último grau da hierarquia descendente baseando-se nas indagações de Sto. Tomás.
Mas posso ver na página 22 do livro: “A questão biparte-se numa investigação histórico-filológica. Não poderei, nas dimensões da presente comunicação, realizar a contento nem uma, nem a outra. Em compensação, posso indagar as razões da estranheza”.
O autor Olavo de Carvalho deixa claro que seu livro é uma comunicação feita de indagações que não são históricas, nem filológicas. Entretanto, até o momento não posso dizer que isso o qualifica positivamente ou o qualifica negativamente. Estas expressões, qualificar positivamente ou negativamente, uso-as somente como forma gramatical, pois qualificar sugere julgamento que implica em estudo e conhecimento daquilo que se está julgando, implica em umas pessoas julgando outras pessoas, mas quem estará com a razão e com a emoção, posto que a razão serve para controlar a emoção, mas uma não vive sem a outra, são indissociáveis, inseparáveis, bem como as letras e as ciências, pois o conhecimento começa com a intuição e confirma-se com as experiências.
Nas próximas partes entrarei no estudo propriamente dito.

Sem Título

   Um Filósofo não tem a memória mecânica muito boa. Um Filósofo tem o aparato cerebral configurado para pensar e raciocinar, não para decorar citações e citar autores. Alguém já viu na obra dos grandes autores citações de outros autores?
   Na obra de Aristóteles, por exemplo, alguém já viu ele citando: segundo Platão e colaboradores o mundo ideal é o das formas estáveis.
Mesmo Platão quando fala de Sócrates não faz citações dele, mas escreve seus ensinamentos. Não vemos Platão escrever: segundo Sócrates e colaboradores a maiêutica é o parto do conhecimento. Não. Platão escreve os pensamentos de Sócrates e descreve as situações das quais decorrem esses pensamentos.
   Um grande autor menciona outro autor quando tem uma concordância ou uma discordância. Ou quando quer reforçar seu ponto de vista, mas sem citações, e sim expressando o âmago do seu pensamento.
   Citações são usadas somente para expressar uma emoção, para elogiar determinado autor ou para mostrar que o citador sabe copiar e colar uma citação utilizando uma frase impactante.
   Vemos que hoje em dia ainda temos a disputa entre dois profetas: Aristóteles e Platão.
Toda a filosofia que veio depois deles podemos colocar de um lado e de outro: o mundo do real e o mundo das idéias. Uma luta entre duas "classes", segundo o imbecil do Marx. Por outro lado, estes dois, Platão e Aristóteles, tem a mesma origem e a luta entre eles não passa de uma ilusão.
   A ambiguidade das coisas é indivisível, o mundo das idéias e o mundo do real são como o corpo e a alma: um não existe sem o outro. A alma é matéria, matéria etérea ainda desconhecida para nós.
   Fazendo uma comparação grosseira, a alma está para o corpo assim como o ar está para as ondas sonoras. A voz se propaga no ar e a alma se propaga no corpo, mas o ar está por toda parte bem como a alma e as ondas sonoras tem alcance limitado bem como a alma.
   A nossa alma se propaga pela essência. Podemos dizer, sem ter certeza, que algumas almas tem uma essência maior do que outras, sem que isso seja uma luta. É uma união. Duas almas se encontram; a maior não diminui, mas a menor aumenta.
   Há uma troca. Agora especulando, talvez a alma seja as sensações e as emoções. Talvez isso explique porque quando encontramos alguém, simpatizamos ou antipatizamos com esse alguém sem que isso seja uma coisa ruim, sem que isso seja uma luta, mas que seja um encontro entre almas. Uma troca aberta onde todos saem ganhando.
   Por isso não me preocupo com o mundo, nem com o pecado nem com a carne. Existe uma substância maior que regula tudo isso.
   A essência, a substância primeira que todos conhecem como Deus, não importando o nome.
   O nome é uma questão semântica, gramatical. A substância, a essência é a mesma. Por substância e essência entendo que são sinônimos. Chamo a partir de agora de essência.
   A essência se manifesta na alma de cada ser animal, humano ou não. Sendo um ser humano a essência se manifesta através da razão e da emoção: um ser humano sente uma emoção e através da razão julga se a emoção é válida. Este processo muitas vezes é inconsciente.
   Por inconsciente entendo aquilo que acontece sem pensar, acontece automaticamente. Comumente se diz: ele deixou se levar pela emoção. Isso é um erro. Ninguém deixa se levar pela emoção. A emoção vem e toma conta. Deixar se levar pela emoção implica em ter controle das emoções. Deixar se levar pela emoção implica em saber, por exemplo, quando a raiva aparece e você sabe que está com raiva e se deixa levar pela raiva. Mas todos nós sabemos que a raiva é incontrolável. Se alguém "deixou se levar pela raiva" então não estava com raiva ou estava com raiva, mas não se deixou levar por ela, foi tomado pela raiva. Ou começou a ter raiva, teve consciência disso e daí sim, deixou se levar pela raiva, deixou a raiva tomar conta do seu ser.
Há que se fazer uma distinção entre sentimentos e emoções. Entendo por sentimento aquilo que sentimos de forma branda, calma; e por emoção aquilo que sentimos de forma arrebatadora, agitada. Por exemplo, a alegria é um sentimento posto que é calma; a euforia é uma emoção posto que é uma agitação. O ódio é um sentimento posto que vem de forma calma; a raiva é uma emoção posto que é uma explosão. A raiva dá e passa, o ódio quando se instala, permanece. Uma pessoa com ódio pode não agir com raiva em momento nenhum. Uma pessoa com raiva pode dizer que está com ódio, mas é um engano, ela não sabe o que está sentindo. Uma pessoa eufórica pode dizer que está alegre, mas é um engano, ela não sabe o que está sentindo.
   Por isso é que a razão serve para controlar as emoções.
   Para esclarecer: cada situação é uma situação.
   E como saber como agir em cada situação? É simples: siga seus pensamentos. A essência também chamada Deus está em todos nós. E ela age em cada um de nós de acordo com o que pensamos.
   Esclarecendo melhor: se você tem um pensamento maligno, analise com a razão e, caso decidir segui-lo, siga-o e sofra as consequências depois.
   Se você tem um pensamento bom: siga-o.
   Cada pensamento tem a sua consequência. Somos a soma das consequências dos nossos pensamentos.
   Por consequência, neste caso, entendo as atitudes, os atos, as ações, as práticas, os efeitos, tudo aquilo que resulta dos nossos pensamentos.
   Por pensamento bom entendo tudo aquilo que gera um ato que colocado em prática causa um bem para si e para as outras pessoas.
   A teoria é o pensamento e a prática é a materialização do pensamento. Por exemplo, eu penso em sentar ou sinto vontade de sentar ou quero sentar, caso eu tenha uma cadeira por perto, eu sento. Caso eu não tenha uma cadeira nem nada parecido por perto, eu sento no chão ou fico em pé. Isso acontece automaticamente. É a razão com a emoção.
   É como pensar e depois escrever ou falar. O falar é a materialização do pensamento, o escrever também o é. Por exemplo, eu penso em construir uma cadeira, essa é a teoria. Ao planejar por escrito como farei a cadeira já estou realizando a prática e ao pegar a madeira, o, pregos, serrote, etc, e serrar a madeira, juntar as peças e dar a forma à cadeira, esse processo todo é a prática. A cadeira finalizada é a materialização do pensamento.
O falar e o escrever envolvem a razão e a emoção. Eu falo com a razão e com a emoção.
   Eu escrevo com a razão e com a emoção. A razão e a emoção fazem parte da essência, fazem parte daquilo que conhecemos como Deus, não importando em qual língua.
Esse conflito falso entre razão e emoção, religião e ciência, rico e pobre, homem e mulher e várias outras coisas provoca um pensamento dualista que leva à luta, leva à luta com você mesmo e com os outros. O contraditório não é luta, o contraditório é concordância.
Razão e emoção são complementares, são a essência. O que existe é a essência, nada mais.
Siga seus pensamentos utilizando a razão e a emoção.
Siga seus pensamentos, dessa forma você saberá quem você é, e será essência.
Caso você mentir para você mesmo, você mentirá para os outros e não será essência.
Assim foi escrito.