Aleatório: que depende das circunstâncias, do acaso; casual, fortuito, contingente.
Coisa: tudo o que existe ou possa existir, de natureza
corpórea ou incorpórea. Em Filosofia, “coisa” vai um pouco mais além, é tudo o
que há e tudo o que existe. Tudo o que existe são, basicamente, de natureza
corpórea, tudo o que existe fisicamente no mundo. Por exemplo, um lápis, um
carro, uma árvore, etc. Tudo que há engloba tudo o que existe, mas tem coisas
que somente hão. Por exemplo, liberdade, esperança, verbos (o verbo correr, por
exemplo, não existe um objeto físico com esse nome “correr”, mas você sabe o
que é correr na realidade, movimentar-se com velocidade) e assim por diante.
Lápis há e existe. Caso eu falar somente a palavra “lápis”,
na imaginação ou no pensamento ou no raciocínio, uns poderão pensar em todos os
lápis do mundo, outros pensarão num lápis específico (um lápis que tem em casa)
e aqueloutros pensarão: “Lápis, e daí, sei o que é um lápis, o conceito lápis”.
Ou vaca, como bem disse o Olavo.
Isso é feito para organização dos pensamentos. Raciocínio é
organização dos pensamentos. Um pensamento organizado analítica e logicamente
após o outro.
Então, coisas aleatórias, neste texto, são pensamentos e raciocínios
que virão surgindo e colocarei no papel ou, no caso, no teclado, que se materializará
na tela, realizar-se-á na tela - mesóclises são bonitas. Mas aí já entraremos
na linguagem e estou com preguiça de discorrer sobre signo, significado e
referente.
- Deus há e existe, mas não é uma coisa. Deus é Deus.
- Sei lá em qual camada da personalidade estou, não entendo
muito bem essas 12 camadas da personalidade. Preciso de mais tempo para ver
isso com profundidade.
- Já discorri sobre “conceitos objetivos” e “conceitos
subjetivos”, coisas. Não ficarei voltando, pois já voltei várias vezes, senão o
raciocínio não avança. O raciocínio em espiral requer a volta aos conceitos
básicos, mas dentro de um limite.
- Realidade: qualidade ou característica do que é real.
Porém, “realidade” também é o mundo físico, o mundo das palavras, o mundo do
pensamento, o mundo do raciocínio, enfim, a realidade na qual nós vivemos. Uma
árvore é uma árvore em qualquer parte do mundo. As coisas que hão também fazem
parte da realidade. Esse conjunto do que é chamado de “realidade” compõe-se de
várias partes. As partes que compõem o todo, os particulares e os gerais.
Outros exemplos: esse todo chamado “inteligência” compõe-se de várias partes.
Esse todo chamado “lápis” compõe-se de várias partes. Partimos desse raciocínio
básico e vamos avançando. São várias variáveis que compõem um raciocínio mais
complexo. E, no meio disso tudo, temos as constantes por trás dos fatos.
- Virtudes e vícios são uma questão de hábito. Caso eu me
habituar a mentir, serei um mentiroso. Caso eu me habituar, pela repetição, a
falar a verdade, serei virtuoso. De certa maneira é simples assim. Óbvio é que
aí temos também razão e emoção. Razão no sentido de raciocínio, não no sentido
de certo ou errado. E emoção no sentido de emoções em si, sentimentos, desejos,
vontades, intenções, sensações, etc, a parte psicológica do ser humano.
- Classificação e relação. Não podemos confundir uma com a
outra. Gênero e espécie são classificações. Gênero animal; espécie humana,
espécie bovina, espécie eqüina, etc. São classificações, mas não há relação
entre a espécie humana e a espécie bovina, por exemplo. Toda relação surge
naturalmente. Por exemplo, a categoria de “relação” de Aristóteles; dobro,
metade. Percebam a relação surgida naturalmente. Uma coisa é o dobro da outra,
uma coisa é a metade de outra. Caso eu falar “banana” e o meu interlocutor
responder “laranja”, não há relação. Mesmo que ele responda depois: - “Mas são
frutas”; ainda assim é uma classificação, não é uma relação. Caso comparar o
gosto da banana com o gosto da laranja, aí temos uma relação surgida
naturalmente, pois as duas frutas têm um gosto específico. Acidentes,
predicados.
Vamos a um exemplo mais real. A liberação da maconha. Sempre
que se toca nesse tema, alguém responde: - “Mas o álcool e o cigarro são drogas
e são liberados”. Isso é uma classificação, não é uma relação. É ilógico
raciocinar assim. A maconha é sólida, o álcool é líquido; um cigarro de maconha
é sólido, um cigarro de carteira também o é, mas as substâncias que compõem
cada um são diferentes, portanto, são coisas diferentes. As drogas são
classificadas de acordo com seus efeitos no organismo humano e cada droga age
de um modo diferente. É um exemplo bem real entre classificação e relação. Caso
você queira comparar o preço da maconha com o preço do cigarro, aí temos uma
relação, mas comparar diretamente objeto a objeto não tem como, é ilógico.
- Vou discorrer sobre “conceitos objetivos” e “conceitos
subjetivos” de forma breve. Conceito é aquela imagem mental abstrata na mente.
Conceito objetivo vem de “objeto físico”, neste caso. O objeto físico se auto-define,
você extrai as informações do objeto físico (lápis). “Conceito subjetivo” vem
de sujeito; tem muito do sujeito ao definir o objeto (liberdade). Objeto aqui é
“objeto de estudo”, não é objeto físico. Vemos aí dentro do significado dos
signos, os vários sentidos de um signo. Grosso modo, uma palavra tem vários sentidos
os quais você pode empregá-la. "Nós somos nós e nossas circunstâncias".
- No começo tudo era verbo. Essa é a importância da linguagem
e isso afeta o raciocínio. O uso incorreto das palavras emburrece. Signo,
significado (dentro do significado temos os vários sentidos) e referente.
- Decai a inteligência, decai a moral e vice-versa. Decai
uma, a outra vem de arrasto, não importa qual decai primeiro.
- Termino de novo com Santo Tomás de Aquino: - “O bem vem da
razão”. E ponto final.
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