sábado, 30 de março de 2019

Homens e Mulheres ou Mulheres e Homens

O homem serve para controlar as mentiras e as manipulações das mulheres.
A mulher serve para controlar a violência e a ingenuidade do homem.

Não são sexos opostos. São sexos complementares. São sexos que se complementam.
O homem e a mulher são sexos complementares. Os dois juntos fazem um só.
Um ajuda o outro e o outro ajuda o um.
A coisa se confunde, mas todos nós (mulheres e homens ou homens e mulheres) sabemos que não existe igualdade entre os sexos.
Cada qual tem a sua qualidade e o seu defeito.
Ninguém é melhor que ninguém, somos apenas diferentes.

sexta-feira, 29 de março de 2019

STF decide que sacrifício de animais em cultos religiosos é constitucional

Segundo a notícia do link abaixo, o STF decidiu que religiões de matriz africana podem matar animais em cultos religiosos.
Porque somente religiões de matriz africana?
E se eu for satanista e quiser matar um cordeiro?

Os votos dos Ministros parecem piada. As suas alegações não beiram ao ridículo, SÃO o ridículo.
Aliás, o STF julgar uma coisa dessas é a mesma coisa que o STF julgar furto de galinha... mas esperem... o STF já fez isso, já julgou o furto de duas galinhas. Já julgou também o furto de 1 quilo de camarão e, a minha predileta, o STF julgou o furto de um par de chinelos. Nada mais justo. Ladrões pé-de-chinelo sendo julgados na corte correspondente.

Não vou reproduzir aqui as argumentações dos Ministros, estou sem paciência, quem quiser pode ler no link. Mas vou reproduzir aqui o que o advogado Hédio Silva Júnior, Representante da União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil, disse quando criticou a ação do Ministério Público estadual à época: “Parece que a vida de galinha de macumba vale mais do que a vida de milhares de jovens negros. É assim que coisa de preto é tratada no Brasil. A vida de preto não tem relevância nenhuma. A vida de preto não causa comoção social, não move instituições jurídicas. Mas a galinha da religião de preto, ah, essa vida tem que ser radicalmente protegida”, questionou na tribuna do Supremo.

Pois é "seu" Hédio, para o STF, preto, além de estar relacionado com homossexuais, agora também está relacionado com a matança de animais.

Se eu tivesse um terreiro, agora poderia fazer rinhas de galo, rinhas de cães, etc... ninguém pode entrar para fiscalizar, é constitucional... e se entrar eu afirmo que "isso faz parte da liturgia", como o Ministro Lewandowski bem disse falando sobre o sacrifício de animais.

https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/stf-decide-que-sacrif%C3%ADcio-de-animais-em-cultos-religiosos-%C3%A9-constitucional/ar-BBVmdiq?li=AAggXC1&ocid=mailsignout

quarta-feira, 27 de março de 2019

Karl Marx

   Karl Marx tinha um estilo de escrita onde ele discorria um assunto com uma percepção realística indiscutível, porém, tinha a habilidade (consciente ou inconsciente, não sei) de promover tal assunto, muitas vezes, se colocando contra o assunto. Esta "percepção realística" da qual falei refere-se à percepção da imaginação de Marx em relação ao seu texto, não à percepção da realidade, pois esta Marx não a tinha, tanto assim que nunca acertou previsão nenhuma na sua porca vida. Cito um exemplo: na “Questão Judaica”, Marx fala sobre os direitos humanos: “Constatemos, em primeiro lugar, o fato de que os chamados direitos do homem, enquanto distintos dos direitos do cidadão, constituem apenas os direitos de um membro da sociedade civil, isto é, do homem egoísta, do homem separado dos outros homens e da comunidade” (p. 23).
   Para um leitor que tenha a mesma moral de Marx (isto é imprescindível) e que queira colocar em prática seus ensinamentos, esse leitor entenderá logo que para promover uma sociedade de seres humanos egoístas é preciso promover direitos humanos, posto que “os direitos do homem são, em parte, direitos políticos, que só podem exercer-se quando se é membro de uma comunidade” (p. 22). “Assim, nenhum dos supostos direitos do homem vai além do homem egoísta, do homem enquanto membro da sociedade civil; quer dizer, enquanto indivíduo separado da comunidade, confinado a si próprio, ao seu interesse privado e ao seu capricho pessoal” (p. 25).
   Repito: para promover uma sociedade de seres humanos egoístas é preciso promover direitos humanos. Isto fica bem claro. Esta é a percepção avassaladora de Marx, pois ele sabia que quando se promove “direitos humanos” para todos em comunidade (coletivamente), cada indivíduo confinado a si próprio, cada indivíduo interpretará de forma egoísta a declaração universal dos direitos humanos. Mesmo que o indivíduo não conheça o texto da declaração, a ideia entrará no imaginário popular, entrará no senso comum pela repetição da expressão ”direitos humanos”. Cada indivíduo da massa proletária repetirá para si mesmo e para os outros: - Tenho meus direitos.
   Esse pensamento cria uma mentalidade egoísta na sociedade, pois não se fala em deveres, somente em direitos, então... promova-se “direitos humanos” de forma exagerada e contínua e teremos uma sociedade egoísta onde cada ser humano pensará somente em si próprio, cada ser humano será um átomo isolado. Mesmo vivendo em comunidade, em sociedade, em coletividade, cada ser humano pensará somente em si próprio esquecendo-se dos outros, da metafísica... e tal indivíduo esquece até de Deus.
   A última parte, “esquece até de Deus”, refere-se não somente a Deus, mas à espiritualidade, ao espírito de se viver em comunidade que se traduz em direitos e deveres. Substitui-se a espiritualidade por uma causa coletiva, mas o sentimento de egoísmo, fora da espiritualidade e dentro da causa coletiva, é exacerbado naturalmente ao extremo.
   Uma sociedade feita de seres humanos egoístas com várias causas coletivas, fora da espiritualidade e da moral, é uma sociedade facilmente controlável. Basta fornecer causas, sejam elas verdadeiras ou não, basta dividir em classes e dar a cada classe uma causa.
   Voltando à Marx, vemos que esse estilo de pensamento e escrita é constante na sua obra. Um estilo que, traduzindo de forma vulgar, resume-se em: “Falar mal de alguma coisa com a intenção de promover esta coisa.” Ou mais vulgarmente ainda: “Criar confusão na sociedade para que certas pessoas possam obter riquezas às custas dos outros.” Tal estilo foi repetido por vários outros autores da mesma classe de Marx.
   Outro exemplo; tirado de “O Capital, livro 1 volume 1”, páginas 172-173: “Esse impulso de enriquecimento absoluto, essa caça apaixonada ao valor é comum ao capitalista e ao entesourador, mas enquanto este é o capitalista enlouquecido, aquele é o entesourador racional. A expansão incessante do valor, por que luta o entesourador, procurando salvar, tirar dinheiro da circulação, obtém-na de maneira mais sagaz o capitalista, lançando-o continuamente na circulação.”
   Marx sempre associa a ganância ao capitalista, o que não é errado, pois, para ele, todo capitalista é ganancioso. Porém, a sua obra “O Capital” é um manual de como tornar-se um capitalista ganancioso - é o Manual do Capitalista Ganancioso.
   Poderia citar outros exemplos, mas, de momento, esses já bastam.
   A ironia é que Marx, talvez por ter consumido boa parte do seu tempo de vida escrevendo tal manual, não pôde acumular riquezas, mas nem por isso ele deixa de ser um capitalista ganancioso, pois como ele mesmo diz: “A mercadoria é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, por suas propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza, a origem delas, provenham do estômago ou da fantasia” (O Capital, livro 1, volume 1, p. 41).
   A mercadoria de Marx foi a sua obra escrita. Não lhe rendeu riquezas, mas lhe trouxe valor e trouxe riqueza aos seus irmãos capitalistas gananciosos que vieram depois dele, pois Marx ensinou-lhes como transformar qualquer coisa em mercadoria. Ensinou-lhes que as paixões humanas, os desejos, os sentimentos, as vontades, as emoções, até mesmo a própria miséria pode ser transformada em uma mercadoria a ser vendida em uma prateleira de mercado.
   Marx ensinou-lhes que o amor é uma coisa inventada por alguns para vender lenços para outros. Marx, com a sua obra, ensinou-lhes como enriquecerem às custas do sofrimento dos outros e chamou isso de Comunismo invertendo a semântica e confundindo a todos.
   Com o seu estilo, escreveu sua obra “falando mal” do capitalismo, mas deu todas as instruções de como fazer para ser um bom capitalista ganancioso. De como vender o corpo, a alma e o espírito dos outros e de como vender até mesmo o próprio corpo, a própria alma e próprio espírito em prol da ganância imediata ou, como foi seu caso, futura, pois seu nome entrou e ainda está na história, mas Marx continua sendo um charlatão maligno.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Magistrado de Estimação

   A operação Lava-jato vem evidenciando uma coisa que todo mundo já sabia: aqui no Brasil toda politicalha tem seu Desembargador ou Juiz de estimação e o leva firme na coleira para poder soltá-lo quando precisar de seus "serviços".
   Corre à boca miúda que alguns desses magistrados são pagos regiamente e outros se prestam a tais serviços simplesmente por estimação. Peticionam por estimação.
   Com o ex-Presidente Michel "Vampirão" Temer não foi diferente e não o será com qualquer outra politicalha que vier a se enrolar com a nossa valorosa Justiça. Sempre terá um peticionador de estimação a postos na porta da cadeia para tentar desenrolar.
   Infelizmente é assim que esses magistrados se comportam. Nem advogados de porta de cadeia agem dessa maneira. A moral do Poder Judiciário aqui no Brasil está mais por baixo do que barriga de cobra. A comparação desses magistrados com répteis rastejantes é bastante pertinente porque, caso o magistrado de estimação não faça o que seu dono manda, o dono pisa em cima dele.
   Não são todos os magistrados - é preciso deixar isso bem claro - senão a dupla Totonho e Alex me prende.
   E esse exemplo começa no próprio STF onde cada politicalha tem seu peticionador de estimação, mas, por medo, friso novamente (agora em afrodescendito), não são todos.

Reforma da Previdência

   A reforma da previdência do jeito que está sendo apresentada reverterá mais dinheiro público ainda para o sistema financeiro - os bancos - como forma de pagamento da dívida pública, pois o sistema previdenciário ainda é o único no Brasil que detém em torno de 21% da arrecadação. Com essa reforma, esse percentual cairá como caiu o da educação, para uns 3 ou 4%.
   Mas quero abrir um parênteses para comentar primeiro o artigo primeiro da reforma: "Art. 1º A Constituição passa a vigorar com as seguintes alterações:"; e daí vem as alterações. Fazem 30 anos que os governos vem alterando a Constituição Brasileira, ou seja, os governos vem alterando como querem as políticas de Estado e é por isso que o Brasil não tem Estado e nunca teve desde 1889 e é por isso que vivemos nesta bagunça e nesta roubalheira. Fecha parênteses.
   Esta parte da reforma do Ministro Paulo Guedes:
   "Exclusão das contribuições destinadas à seguridade social da desvinculação de receitas da União Art. 39. O disposto no art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias não se aplica às receitas das contribuições sociais destinadas ao custeio da seguridade social previstas no art. 195 da Constituição."; prova o meu ponto de vista.
   O artigo 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias reza que "São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) da arrecadação da União relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das despesas do Regime Geral da Previdência Social, às contribuições de intervenção no domínio econômico e às taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a referida data."
   O artigo 195 da Constituição estabelece de onde vem o dinheiro da previdência social, estabelece quais as contribuições que financiarão a seguridade social.
   Essa reforma da previdência do Paulo Guedes não acaba com a DRU (Desvinculação da Receita da União), pois as contribuições de intervenção no domínio econômico e das taxas continuam desvinculadas. A DRU nada mais é do que dinheiro público que, como diz o acima citado artigo 76, 20% da arrecadação da previdência vem sendo utilizados sem controle nenhum pelos governos desde 1994 (essa DRU foi criada pelo governo Fernando Henrique Cardoso e o governo Temer aumentou para 30%) e isso estava sendo dado de graça para os bancos.
   Parece-me que é daí que veio o déficit da previdência e agora alegam esse mesmo déficit para entregar tudo de vez para o sistema financeiro.
   Não sou economista, mas parece-me que bastaria acabar de vez com a DRU sem mexer no sistema da previdência.
   Essa briga vem de longe, mas agora parece que está para terminar com a vitória do sistema financeiro; e daqui há uns 10 anos veremos idosos morrendo de fome aqui no Brasil, e a população, de um modo geral, mais endividada ainda e mais dependente ainda do sistema financeiro (bancos).

terça-feira, 19 de março de 2019

Lista do Estadão

   Parece-me que essa lista foi elaborada com o propósito de divulgar, para a  militância de esquerda, os prováveis canais que deverão sofrer ataques. Não me admiraria se os canais da tal lista começassem a sofrer ataques mais pesados ainda.
   A lista do jornal Estadão virou piada na internet (como não poderia ser diferente), mas com certas coisas é preciso ter cautela. Recuso-me a acreditar que os elaboradores da reportagem que contém a tal lista são tão burros e ingênuos que não previram que viraria piada.
   Talvez os elaboradores da tal reportagem imaginaram infantilmente que: como a esquerda tem um núcleo central de ataques, a direita deve ter a mesma estrutura, e tentaram criar essa estrutura.
   Parece-me que há outras intenções por trás. Digo isto pelo simples fato de que existir uma lista desse tipo já é uma piada por si mesma dada a variedade dos "influenciadores" na tal lista, "influenciadores" estes que, muitos, nem se conhecem e nunca ouviram um falar do outro; mas o modo como foi escrita a reportagem, com núcleo central, estrategistas, etc, e a linguagem utilizada ressalta, na minha opinião, uma intenção obscura, talvez o começo de algo maior... ou não.

sábado, 16 de março de 2019

Sobre o STF

   O Supremo Tribunal Federal (STF)  transferiu a competência dos crimes de corrupção da operação Lava-jato para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ora, a competência do TSE é julgar crimes eleitorais. Crimes de corrupção são crimes comuns. Isso significa que a Justiça Comum pode julgar crimes eleitorais também. Esse é o precedente aberto.
   Vejo também certos analistas enaltecendo os cinco Ministros do STF que votaram contra essa medida. Analisando o histórico do STF vemos que eles se alternam nas votações das causas importantes como se fosse um jogo de cartas marcadas (e não estou dizendo que é). Mas esta é a impressão que fica: como se todos estivessem de comum acordo, mas alternam-se nos votos das causas de relevância para dar a impressão de que existe uma divergência entre eles.
   A portaria do Presidente do STF, Dias Toffoli, o Totonho, que pretende abrir inquérito para investigar a existência de notícias fraudulentas (fake news), denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de animus calumniandi, diffamandi e injuriandi, que atingem a honorabilidade do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e de seus familiares é uma aberração jurídica. O uso do termo fake news em uma portaria dessa importância causa-me surpresa. Fake news não é um termo jurídico e não aparece tipificado sequer como uma infração.
   Querer punir um crime antes que ele aconteça vai contra todas as normas do Direito. Alguém pode dizer que no Código Penal tem crimes tipificados como, por exemplo, homicídio, e que o Código Penal tipifica os crimes sem ter acusado. Porém, o Código Penal tipifica o crime e isso pressupõe a existência de um autor, coisa que a portaria do Ministro Dias Toffoli não faz, mas a portaria se utiliza de crimes já tipificados no Código Penal para punir supostos infratores que falem mal do STF antes mesmo de que isso aconteça.
   É a "punição putativa": "Eu acho que você vai falar de mim por causa das besteiras que eu faço, e como eu tenho poder e posso abusar do meu poder, vou te colocar na cadeia ANTES que você fale mal de mim". Esse é o truque.
   Além disso, a Portaria GP nº 69 de 14 de março de 2019, ao designar o Ministro Alexandre de Moraes que poderá requerer à Presidência a estrutura material e de pessoal necessária para a respectiva condução dos inquéritos, permite a esse Ministro criar uma nova estrutura paralela de investigação, subordinada ao STF, ou seja, cria uma nova polícia a ser paga com dinheiro público.
  Parece-me que devido às várias manifestações populares contra o STF, que ocasiona a impossibilidade desses Ministros saírem à rua sem serem xingados, promoveu a elaboração dessa portaria.
   Em vez de os Ministros do STF ouvirem a voz do povo, tomam atitudes ditatoriais, fascistas e totalitárias tentando calar a voz da população usando para isso dinheiro de imposto, da população.

segunda-feira, 11 de março de 2019

O Mentor

   Existe uma figura chamada "mentor". Segundo a etimologia da palavra, ela vem do latim Méntòr,òris, do antropológico grego Méntór, personagem da Odisseia, de Homero, sVIII a.C., amigo e conselheiro de Ulisses, de que Palas Atena tomou a figura para instruir e formar Telêmaco, donde vem seu uso como substantivo, como "conselheiro, guia".
   A figura do mentor confunde-se com a história da humanidade e confunde-se com a própria tradição. Geralmente o mentor é uma pessoa mais velha, mais sábia e mais experiente, e não pode ser diferente, pois é intrínseco da própria figura do mentor. Pode existir um mentor mais novo que seu pupilo, mas daí não se chama mentor, chama-se um conselheiro momentâneo, por falta de um nome melhor.
   A figura do mentor nos remete aos nossos próprios pais, que são (ou deveriam ser), basicamente, nossos primeiros e eternos mentores, e depois, em um segundo momento, os professores e as professoras que teremos ao longo da vida.
   Podemos ter vários mentores em nossa vida, mas sempre existirá um que nos será predileto. Posso fazer aqui uma distinção para fins de entendimento: o mentor, na verdadeira acepção da palavra, é único. Mas essa unicidade pode ser momentânea tendo em vista que, ao longo da vida, teremos um mentor no trabalho, um mentor sentimental, um mentor na vida, etc. Porém, mesmo assim, teremos um que nos será predileto. Teremos aquele é a rocha sólida na qual nos agarramos em todos os momentos, fáceis ou difíceis.
   Em alguns países do mundo isto é bem claro e reflete-se no respeito aos mais velhos. O respeito do qual eu falo é aquele respeito por consideração, estima, reverência, e não o "respeito obrigatório" que se dá a uma pessoa mais velha simplesmente por ela ser mais velha. Isto não é respeito, é educação para com os mais velhos, educação, esta sim, é obrigatória.
   O respeito acontece naturalmente através, principalmente, da moral. Ou se tem moral ou não se tem, e daí vem o respeito.
   Atualmente parece-me que isto foi perdido. Hoje em dia os mais novos mandam os mais velhos irem estudar, mesmo em casos nos quais os mais velhos vivenciaram pessoalmente, fizeram parte da história, estiveram lá e sentiram com seus cinco sentidos. Estes mais velhos sequer são ouvidos pelos mais novos.
   A tradição é passada dos mais velhos para os mais novos, mas quando não se tem tradição não há o que se passar. Quando se diz popularmente "devemos respeito aos mais velhos", pode-se cair no engodo de ter de respeitar uma pessoa mais velha simplesmente por ela ser mais velha e esquecemos de levar em conta a moral dessa pessoa mais velha. É aí onde entra a figura do mentor: o mentor é aquela pessoa mais velha que tem moral e que nos orienta com conselhos sábios, é aquela pessoa em quem podemos confiar. É aquela pessoa que nos passará as tradições que deram certo na vida. É aquela pessoa que conservará as tradições que vem dando certo e deixará para os mais novos criarem suas próprias tradições dentro do seu momento histórico, mas respeitando a historicidade da humanidade.
   Posso ter um mentor momentâneo, por exemplo, no trabalho. Este mentor será aquele que me dará todas as orientações referentes ao modo como devo proceder no trabalho. Talvez, um dia, eu ficarei no lugar do mentor sendo que ele me treinará e me orientará para tal e deixará bem claro que estou sendo orientado para isso.
   Penso que esta mentalidade não existe mais. O que existe é um treinamento mecânico, técnico, que leva as pessoas a "puxarem o tapete" umas das outras. Quando a "puxação de tapete" se transforma na regra ninguém fica em pé. E uma sociedade assim vai se arrastando, rastejando, até que alguém se levanta e tem seu tapete puxado novamente, perpetuando um ciclo de arrasto onde ninguém se ajuda e, quando ajuda, é para se arrastar.
   Dizem que os mais novos são rebeldes por natureza, mas penso que isto é mentira. Os mais novos tem um ego exacerbado que os faz parecerem rebeldes justamente porque, de um modo geral, não tem experiência de vida, não vivenciaram situações, situações estas que vivenciarão com o passar dos anos, é um ciclo natural. A "rebeldia" dos mais novos é confundida com o afã, com a inquietação, com a ansiedade de querer fazer as coisas. Estas sim são próprias da juventude.
   O ciclo natural é os mais velhos orientando os mais novos. Quando se perde isto em uma sociedade, tem-se o caos, têm-se diversas revoluções que não conservam as tradições, pelo contrário, destroem-nas. E daí cada geração mais nova tenta criar suas próprias tradições... que serão destruídas pela geração seguinte. É o ciclo da revolução perpétua.
   Uma geração sem amparo da geração anterior, uma geração que não escuta a geração anterior está fadada ao fracasso, inexoravelmente. É o ciclo da revolução fracassada. Quando essa mentalidade se instaura em uma sociedade, os mais novos não pedem conselhos aos mais velhos, pelo contrário, os desprezam.
   A figura do mentor, enquanto mentalidade, é importantíssima para o bom andamento de qualquer sociedade. Mas quando temos várias gerações de "revolucionários" e cada um tentando impingir seu próprio ritmo de fazer as coisas sem levar em conta as opiniões dos mais velhos naquilo que vem dando certo na sociedade, temos, repito, o caos. Quando temos várias gerações de "revolucionários", não se tem mais pais que possam orientar os filhos, não se têm mais pessoas mais velhas com moral suficiente para serem respeitadas, e daí, os mais novos, sem amparo, tentam fazer as coisas do seu próprio jeito sem ter conhecimento e experiência para tal. Tentam "reinventar a roda" dando a ela formato quadrado, triangular ou, até mesmo, redondo, mas com seu eixo preso em uma mentalidade que não gira, em uma mentalidade que se arrasta, que rasteja.
   Uma pessoa mais velha que trabalhou a vida inteira em trabalhos braçais e não teve muito sucesso financeiro, não significa que não tenha bons conselhos de vida para dar. A retidão de caráter, a moral independe do sucesso financeiro. E o contrário também é válido: uma pessoa com sucesso financeiro pode ter retidão de caráter e moral. Dividir a humanidade entre ricos e pobres com o intento de definir a moral é pensamento revolucionário que não conserva a tradição, mas conserva a humanidade dividida entre ricos e pobres... poucos ricos e muitos pobres.
   Quando se tem um mentor sem moral que visa somente o sucesso financeiro, é o caminho para o fracasso porque sobe-se somente financeiramente e quanto mais se sobe tendo em vista somente o dinheiro, mais se encontra pessoas com essa mentalidade e a briga fica ainda mais acirrada, mais violenta, mais sem moral, sem escrúpulos. Acabarão todos se matando. Isso também é inexorável. E nesse processo, a humanidade vem de arrasto.
   Uma família que cria seus filhos para se manter exclusivamente com dinheiro e poder baterá de frente com outra família de mesmo gênero. E basta uma simples intriga para que essas famílias entrem em choque iniciando um processo de auto-destruição.
   Não estou aqui fazendo uma defesa da pobreza, isso seria ingenuidade, pois todos precisamos de dinheiro, mas é possível ter dinheiro e conservar a moral. Basta ter um mentor inteligente com esse pensamento, com essa mentalidade, mas isso é coisa rara hoje em dia, raríssima.

quinta-feira, 7 de março de 2019

O Globo Brasil - O Carnaval tem que acabar

   A "reportagem" intitulada Post polêmico de Bolsonaro tem destaque na imprensa internacional publicada no site do jornal O Globo no dia 06/03/2019 (o link está abaixo) sobre o vídeo postado pelo Presidente Bolsonaro com cenas dignas da peça "Os Macaquinhos" e da exposição do "Queer Museum" (na época esse tipo de coisa era considerada arte), segundo a "notícia" o post tem destaque na imprensa internacional.


   Mas o que me chamou a atenção é que a "reportagem", sem aparente autoria, chama a tal "golden shower" de prática sexual... duas vezes.
   Desde quando um ser humano mijar na cabeça de outro é prática sexual?
   Eu devo estar desatualizado das práticas sexuais modernas. Talvez o autor da digníssima reportagem de O Globo Brasil queira que alguém pratique tal ato sexual com ele ou, talvez, o pai desse autor não lhe deu "mijadas" suficientes quando era criança. Ou, quem sabe, o autor foi concebido através desse tal "golden shower". Seria um milagre da ciência: o primeiro nascido de uma mijada na cabeça.

O carnaval tem que acabar por uns 50 anos no Brasil.

https://oglobo.globo.com/brasil/post-polemico-de-bolsonaro-tem-destaque-na-imprensa-internacional-23502520

quarta-feira, 6 de março de 2019

Bolsonaro Twitter Carnaval

Teria sido muito mais proveitoso o famigerado "tweet" se no texto o Bolsonaro tivesse colocado algo como: "Não me sinto confortável em mostrar, mas imagine você passando na hora com a sua família e vendo a cena do vídeo, o que você faria? Provavelmente nada, talvez falasse algo como "que pouca vergonha" e seguiria seu caminho com seus filhos. Caso você fizesse alguma coisa simples, como chamar a atenção do dedador e do mijador você seria acusado de homofobia e provavelmente tomaria uma dedada e uma mijada do nosso valoroso Poder Judiciário."
O carnaval tem que acabar por uns 50 anos no Brasil.