domingo, 14 de abril de 2024

Tradução do artigo do filósofo Gottfried Wilhelm Leibniz sobre o sistema binário

 

EXPLICAÇÃO DA ARITMÉTICA BINÁRIA

Esta é uma tradução livre do artigo do filósofo Leibniz que pode ser acessado no link ao final na versão em Inglês, sendo que procurei manter o mais próximo da versão em Inglês.
Acredita-se que Leibniz foi o primeiro a utilizar o sistema binário em meados de 1700 (o artigo foi publicado em 1703), alguns dizem que Leibniz foi o inventor do sistema binário, porém, há controvérsias.
O que se sabe é que este artigo de Leibniz é o primeiro documento de que se tem notícia sobre o sistema binário como o conhecemos, onde o próprio Leibniz menciona as figuras chinesas de Fuxi datadas de mais de 4 mil anos atrás.

EXPLICAÇÃO DA ARITMÉTICA BINÁRIA QUE USA APENAS OS CARACTERES 0 E 1 COM ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE SUA UTILIDADE E SOBRE A LUZ QUE LANÇA SOBRE AS ANTIGAS FIGURAS CHINESAS DE FUXI

O cálculo normal da aritmética é feito de acordo com a progressão de dezenas. São usados dez caracteres, que são 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que significam zero, um e os números sucessivos até nove, inclusive. E então, ao chegar a dez, recomeça-se escrevendo dez (10); dez vezes dez ou cem (100); dez vezes cem ou mil (1000); dez vezes mil ou 10 mil (10000) e assim por diante.


Mas em vez da progressão de dezenas, durante muitos anos usei a progressão mais simples de todas, que procede de dois em dois, tendo descoberto que é útil para o aperfeiçoamento da ciência dos números. Assim não utilizo outros caracteres exceto 0 e 1 e ao chegar a dois, começo de novo. É por isso que dois é aqui expresso por "10" e duas vezes dois, ou quatro, por "100", duas vezes quatro, ou oito, por "1000", duas vezes oito, ou dezesseis, por "10000", e assim por diante. Veja a Tabela de Números que pode ser estendida até onde for desejado.

Um olhar torna evidente a razão de uma célebre propriedade da progressão geométrica por dois em números inteiros, propriedade esta que sustenta que se tivermos apenas um desses números para cada grau podemos compor a partir deles todos os outros números inteiros abaixo do duplo do mais alto grau.


Pois aqui é como se disséssemos, por exemplo, que 111, ou 7, é a soma de quatro, dois e um, e que 1101, ou 13, é a soma de oito, quatro e um. Esta propriedade permite aos avaliadores pesar todos os tipos de massas com poucos pesos e pode servir na cunhagem para fornecer vários valores com poucas moedas. Estabelecer esta expressão de números nos permite realizar com muita facilidade todo tipo de operações.


E todas essas operações são tão fáceis que não haveria necessidade de adivinhar ou experimentar nada, como tem de ser feito na divisão comum. Não haveria mais necessidade de aprender nada de cor como acontece no cálculo comum onde é preciso decorar, por exemplo, que 6 e 7 juntos são 13 e que 5 multiplicado por 3 dá 15 de acordo com a Tabela "um vezes um é um" que é chamada Pitagórica(1). Mas aqui, tudo isso é encontrado e provado a partir da fonte, como fica claro nos exemplos anteriores sob os sinais meia-lua e círculo com ponto.

Contudo, não estou de forma alguma recomendando esta forma de contar a fim de introduzi-la no lugar da prática comum de contar até dez. Pois, além de estarmos acostumados com isso, não temos necessidade de decorar o que já aprendemos. A prática de contar até dez é mais curta e os números não são tão longos. E se estivéssemos acostumados a avançar por doze ou dezesseis, haveria ainda mais vantagem. Mas o cálculo por dois, isto é, por 0 e 1, como compensação pelo seu comprimento, é a forma mais fundamental de cálculo para a ciência e oferece novas descobertas que são então consideradas úteis, mesmo para a prática de números e especialmente para geometria.
A razão para isto é que, à medida que os números são reduzidos aos princípios mais simples, como 0 e 1, uma ordem maravilhosa torna-se aparente em todo o processo. Por exemplo, na própria Tabela dos Números fica claro em cada coluna que ela é regida por ciclos que sempre recomeçam. Na primeira coluna é 01, na segunda 0011, na terceira 00001111, na quarta 0000000011111111 e assim por diante. E pequenos zeros foram colocados na tabela para preencher a lacuna no início da coluna e para enfatizar melhor esses ciclos. Além disso, foram traçadas linhas dentro da tabela, o que mostra que o que está contido nas linhas sempre ocorre novamente abaixo delas. E acontece ainda que números quadrados, números cúbicos e outras potências, também números triangulares, números piramidais e outros números de figuras têm ciclos semelhantes de modo que as tabelas deles podem ser escritas imediatamente sem qualquer cálculo. E esta tarefa, demorada no início, mas que então fornece os meios para tornar o cálculo econômico e prosseguir até o infinito por meio de regras é infinitamente vantajosa.

O que é surpreendente neste cálculo é que esta aritmética de 0 e 1 contém o mistério das linhas de um antigo rei e filósofo chamado Fuxi(2), que se acredita ter vivido há mais de 4.000 anos e a quem os chineses consideram como o fundador de seu império e de suas ciências. Existem várias figuras lineares que lhe são atribuídas, todas elas remontando a esta aritmética, mas basta dar aqui a "Figura das Oito Cova", como é chamada, que se diz fundamental, e juntar a elas a explicação que é óbvia, desde que se note, em primeiro lugar, que uma linha inteira (-) significa unidade, ou 1, e em segundo lugar, que uma linha quebrada (--) significa zero, ou 0.



Os Chineses perderam o significado de "Cova" ou "Lineações de Fuxi" talvez há mais de mil anos e escreveram comentários sobre o assunto em que procuraram não sei que significados distantes, de modo que a sua verdadeira explicação vêm dos europeus. Eis como: há pouco mais de dois anos enviei ao Reverendo Padre Bouvet(3), célebre jesuíta francês que vive em Pequim, o meu método de contar por 0 e 1 e nada mais foi necessário para fazê-lo reconhecer que meu método foi a chave que o lembrou das figuras de Fuxi. Escrevendo-me em 14 de novembro de 1701, enviou-me a grande figura deste príncipe filosófico, que vai até 64, e não deixa mais margem para duvidar da veracidade da nossa interpretação de modo que se pode dizer que este Padre decifrou o enigma de Fuxi com a ajuda do que eu havia comunicado a ele. E como estas figuras são talvez o mais antigo monumento da ciência que existe no mundo, esta restituição do seu significado após tão grande intervalo de tempo parecerá ainda mais curiosa.

A concordância entre os números de Fuxi e minha Tabela de Números é mais óbvia quando os zeros iniciais são fornecidos na Tabela; parecem supérfluos, mas são úteis para mostrar melhor os ciclos da coluna, assim como lhes forneci pequenos anéis para distingui-los dos zeros necessários. E este acordo deixa-me com uma opinião elevada sobre a profundidade das meditações de Fuxi, uma vez que o que nos parece fácil agora não o foi naqueles tempos distantes. A aritmética binária ou diádica é, com efeito, muito fácil hoje em dia, exigindo pouca reflexão uma vez que é grandemente auxiliada pelo nosso modo de contar, do qual, ao que parece, apenas o excesso é removido. Mas esta aritmética comum por dezenas não parece muito antiga e pelo menos os Gregos e os Romanos a ignoravam e foram privados de suas vantagens. Parece que a Europa deve a sua introdução a Gerbert, que se tornou Papa sob o nome de Silvestre II(4), que a herdou dos Mouros da Espanha.

Ora, como se acredita na China que Fuxi é mesmo o autor dos caracteres chineses, embora estes tenham sido muito alterados em épocas posteriores, o seu ensaio sobre aritmética leva-nos a concluir que algo considerável poderia mesmo ser encontrado nestes caracteres no que diz respeito aos números e ideias se alguém pudesse descobrir os fundamentos da escrita chinesa, tanto mais que se acredita na China que ele teve consideração pelos números ao estabelecê-los. O Reverendo Padre Bouvet está fortemente inclinado a insistir neste ponto e é muito capaz de o conseguir de várias maneiras. No entanto, não sei se alguma vez houve uma vantagem nesta escrita Chinesa semelhante àquela que necessariamente tem de haver no projeto da Característica I que é que todo raciocínio derivável de noções poderia ser derivado dos caracteres dessas noções por uma forma de cálculo que seria um dos meios mais importantes de ajudar a mente humana.

NOTAS:

1. Leibniz está aqui se referindo à tabuada de multiplicação (Tabuada).
2. Uma figura mitológica, que se diz ter vivido no terceiro milênio a.C.
3. Joachim Bouvet (1656-1730), um missionário jesuíta francês que passou a maior parte da sua vida adulta na China. Ele e Leibniz corresponderam-se entre 1697 e 1707.
4. No seu “Discurso sobre a teologia natural dos chineses” (1716), Leibniz repetiu a sua afirmação de que Gerbert (ou seja, Gerbert d'Aurillac), que foi papa de 999 a 1003, introduziu o sistema decimal para a Europa cristã. Veja Leibniz, Writings on China , trad. e Ed. Daniel J. Cook e Henry Rosemont Jr. (Chicago: Tribunal Aberto, 1994), p135. A afirmação de Leibniz está errada; embora se acredite tradicionalmente que Gerbert introduziu os algarismos arábicos na Europa cristã, ele não introduziu o sistema decimal.

https://www.leibniz-translations.com/binary.htm

terça-feira, 26 de março de 2024

Instalar Google Chrome em algumas Distribuições Linux

Essa instalação adiciona automaticamente o repositório do Google Chrome para que você não tenha mais que se preocupar com atualizações.

O mesmo pacote deb você pode instalar no Ubuntu, Linux Mint e outros derivados do Debian.

No Slackware faz-se necessário converter; no Fedora e OpenSUSE basta fazer o download do pacote rpm e instalar.


DEBIAN e derivados

1- Abra um navegador no Debian;


2- Acesse a página

https://www.google.com/chrome/?platform=linux


3- Clique no link 'Faça o download aqui..';


4- Escolha o download do pacote 64 bits (para Debian/Ubuntu) > Aceitar e instalar;


5- Abra o terminal;


6- Entre na página onde você salvou o pacote, no meu caso:


$ cd /home/usuario/Downloads;


7- Instale as dependências:

$ sudo apt update

$ sudo apt upgrade

$ sudo apt install wget libu2f-udev


8- Instale o Chrome:

$ sudo dpkg -i  google-chrome-stable_current_amd64.deb


9- Crie um lançador (Atalho) na área de trabalho do seu gerenciador de janelas (XFCE, KDE, Gnome, etc).

Aqui é o Xfce:

Clique com o botão direito num espaço vazio na área de trabalho > Criar lançador;

Na janelinha que se abrirá digite o nome Google Chrome;

Comentário é opcional;

Em Comando clique na pasta ao lado e na janela dentro da pasta /usr/bin procure por google-chrome-stable > Selecione > Abrir;

Procure o ícone do Chrome e adicione;

Clique em Criar.


10- Teste clicando duas vezes no ícone, nessa primeira vez abrirá uma janelinha com duas opções: Fazer do chrome o navegador padrão e Enviar estatísticas, caso quise deixe as duas selecionadas ou nenhuma ou somente uma das duas > OK.


SLACKWARE


1- Na mesma página faça o download do pacote rpm 64 bits (para Fedora/openSUSE);


2- Abra o terminal e entre na pasta onde salvou, por exemplo:

$ cd /home/usuario/Downloads;


3- Converta o rpm para txz usando a ferramenta rpm2txz:

$ sudo rpm2txz google-chrome-stable_current_x86_64.rpm

Confira se o pacote foi converido:

$ ls


4- Instale o txz:

$ sudo upgradepkg --install-new google-chrome-stable_current_x86_64.txz


5- Deslogue do sistema e logue de novo;


6- Crie um lançador (Atalho) na área de trabalho do seu gerenciador de janelas (XFCE, KDE, Gnome, etc).

Aqui é o Xfce:

Clique com o botão direito num espaço vazio na área de trabalho > Criar lançador > digite Google Chrome que ele já puxará o nome (Google Chrome) e o caminho do executável (/usr/bin/google-chrome-stable) > marque Usar notificação de inicialização > Criar.


A pasta de ícones é /usr/share/pixmaps, tanto no Debian quanto no Slackware, caso queira personalizar o ícone do Chrome ou qualquer outro.


Para o Fedora e OpenSUSE não precisa converter, basta fazer o download e instalar.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

CONFIGURAR POSTGRESQL PARA CONECTAR COM SENHA CRIPTOGRAFADA

Para autenticar exigindo senha, devemos antes, colocar como trust, alterar os usuários adicionando senha e somente então voltamos ao pg_hba.conf para pedir senha e reiniciar o PostgreSQL.


Depois de instalado, para configurar senha no PostgreSQL siga os passos abaixo.


1. GARANTA QUE O USUÁRIO POSTGRES SEJA O DONO DELE MESMO E ALTERE O ARQUIVO POSTGRESQL.CONF

Digite o comando:

# chown -R postgres:postgres /etc/postgresql/15/main/

Altere o 15 e/ou o caminho para a tua versão.

Verifique se o Postgres está iniciado e funcionando, se não estiver inicie o Postgres:

# systemctl status postgresql.service # Debian e derivados
# systemctl start postgresql.service

No Debian e derivados o arquivo postgresql.conf está em /etc/postgresql/15/main/postgresql.conf, mas pode procurar na tua distribuição com o comando:

# find / | grep postgresql.conf

E depois use o teu editor de texto preferido:

# vim /etc/postgresql/15/main/postgresql.conf

Procure a linha listen_addresses (está na linha ~60), caso estiver comentada descomente-a e deixe ela assim:

listen_addresses = 'localhost, 127.0.0.1, IP_DO_SEU_SERVIDOR'

Esta linha é o começo da configuração para evitar aquele famigerado erro "o servidor está aceitando conexões TCP/IP?":


Is the server running on host "localhost" (::1) and accepting TCP/IP connections on port 5432? could not connect to server: Connection refused Is the server running on host "localhost" (fe80::1) and accepting TCP/IP connections on port 5432?

2. ALTERE O ARQUIVO PG_HBA.CONF

No Debian e derivados está em /etc/postgresql/15/main/pg_hba.conf:

# vim /etc/postgresql/15/main/pg_hba.conf

Coloque tudo como trust.


# Database administrative login by Unix domain socket
local   all             postgres                                trust #peer

# TYPE  DATABASE        USER            ADDRESS                 METHOD

# "local" is for Unix domain socket connections only
local   all             all                                     trust #peer
# IPv4 local connections:
host    all             all             127.0.0.1/32            trust #scram-sha-256
host    all             all             12.345.678.900/32       trust
# IPv6 local connections:
host    all             all             ::1/128                 trust #scram-sha-256

# Allow replication connections from localhost, by a user with the
# replication privilege.
local   replication     all                                     trust #peer
host    replication     all             127.0.0.1/32            trust #scram-sha-256
host    replication     all             ::1/128                 trust #scram-sha-256

A linha:

host    all             all             12.345.678.900/32       trust

você acrescenta na posição colocando o IP do teu servidor e coloque /32 no final independentemente se for /20, /24, etc, assim amarramos somente o IP e não a rede toda.

Salve e saia do arquivo.

Reinicie o Elefante:

# systemctl restart postgresql.service

* Debian e derivados com o famigerado systemd.


3. ALTERE OU CRIE O USUÁRIO POSTGRES COM SENHA

Entrando no usuário postgres que deve ter sido criado automaticamente no sistema durante a instalação do Elefante:

# sudo -i -u postgres

* mesmo estando como root use o sudo.

Caso precisar coloque o usuário postgres no arquivo /etc/sudoers abaixo do root:

# vim /etc/sudoers


root    ALL=(ALL:ALL) ALL
postgres ALL=(ALL:ALL) ALL

Salve e saia do arquivo.

Entrando no utilitário psql:

psql postgres=# ALTER USER postgres WITH PASSWORD 'sua_senha';

Dê enter e deverá aparecer ALTER ROLE indicando que você é o cara e fez tudo certo até aqui.

Para sair digite \q.

E saia do usuário postgres:

exit


4. CONFIGURANDO O PG_HBA.CONF

Edite o arquivo:

# vim /etc/postgresql/15/main/pg_hba.conf

Veja o exemplo de um servidor em produção, da parte final que nos interessa:

# Database administrative login by Unix domain socket
local   all             postgres                                md5 #peer

# TYPE  DATABASE        USER            ADDRESS                 METHOD

# "local" is for Unix domain socket connections only
local   all             all                                     md5 #peer
# IPv4 local connections:
host    all             all             127.0.0.1/32            scram-sha-256
host    all             all             12.345.678.900/32       md5
# IPv6 local connections:
host    all             all             ::1/128                 scram-sha-256

# Allow replication connections from localhost, by a user with the
# replication privilege.
local   replication     all                                     md5 #peer
host    replication     all             127.0.0.1/32            scram-sha-256
host    replication     all             ::1/128                 scram-sha-256

Salve e saia do arquivo.

Reinicie o Elefante:

# systemctl restart postgresql.service

* Debian e derivados com o famigerado systemd.

E está terminado. Agora você não precisa mais deixar o Postgresql vulnerável colocando tudo como trust para poder conectar.

Teste com o PgAdmin4 ou teste de outra forma a conexão com o banco digitando a senha que configurou com o comando ALTER USER.

Ao criar ou alterar a senha no psql o Postgres criptografa automaticamente a senha.

Deixamos scram-sha-256 onde estava originalmente como indica a documentação do Postgres e colocamos md5 onde estava peer para dar mais segurança, apesar de que, segundo a documentação do PostgreSQL, para facilitar a transição do método md5 para o método SCRAM mais recente, se for especificado o md5 em pg_hba.conf, mas a senha do usuário no servidor estiver criptografada para SCRAM, então a autenticação baseada em SCRAM será escolhida automaticamente.

REFERÊNCIAS


sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

A Pedido - Anitta

   Uma “entidade”, um ser que me assola e me assombra há tempos vinha insistentemente insistindo – não sei exatamente o porquê – para eu escrever sobre a Larissa de Macedo Machado, nascida em 30 de março de 1993, vulgarmente conhecida como Anitta, a “funkeira” Anitta.

   Meu primeiro sentimento foi “prefiro fazer um tratamento de canal dentário à moda antiga e sem anestesia”. Porém, logo após ser tomado por esse pensamento suicida, que me pareceu perfeitamente lógico na hora, lembrei-me de um trecho do livro “A Vida Intelectual, Espírito, Condições, Métodos” do Padre A. D. Sertillanges (Antonin-Gilbert Sertillanges, nascido Antonin-Dalmace Sertillanges), página 159:


“Leibniz utilizava tudo; S. Tomás extraiu dos hereges e dos paganizantes do seu tempo grande número de idéias, sem sofrer de nenhuma. O homem inteligente encontra em toda a parte inteligência, o louco projeta sobre todas as paredes a sombra da sua fronte estreita e inerte. Escolhei o melhor que puderdes; mas procurai que tudo seja bom, largo, aberto ao bem, prudente e progressivo.”


   Passei a pesquisar sobre o objeto de estudo em questão: Larissa.

   Não me desviarei do caminho ainda que seja um périplo auricular e visual, uma via crucis de chicotadas mentais ante à coleção de bobagens proferidas em tais vídeos, mas isso é o que dá fama e dinheiro no Brasil. E não confundam fama e dinheiro com sucesso, este engloba aqueles, mas são coisas diferentes.

   Assistir a seus vídeos com seus “clips” e suas entrevistas até nem foi tão ruim assim, porém, tive que projetar sobre todas as paredes a sombra da minha fronte estreita e inerte para entender como “causa” tanto uma mulher cuja maior façanha é rebolar a excelente protuberância traseira na qual as celulites ali presentes ressaltam o charme e a beleza - apesar de que toda mulher quando meio curvada as celulites somem -, coisa que, em si, não desabona ou dá mérito à Larissa em nada, pois acredito que ela nasceu assim dotada naturalmente daquilo que os jovens chamam atualmente de “raba”.

   No decorrer do texto os leitores perceberão que, durante a presente investigação, tive de aprender algumas palavras desse dialeto parecido com a Língua Portuguesa que os jovens da geração Anitta/Felipe Neto utilizam.

   De todos, da não muita extensa pesquisa que fiz, os vídeos que me chamaram mais atenção foram a entrevista da Larissa no programa Podpah (https://www.youtube.com/watch?v=3BQTpR-_I1g), além de um onde ela conversa com a Gabriela Prioli e outro no qual ela faz uma tatuagem naquela região onde me parece que a cada entrevista ela faz questão de citar, aquela região entremeio às nádegas. Nada contra, pois tal região era bastante citada também pelo filósofo Olavo de Carvalho, com a diferença de que ele referia-se não à sua própria região, mas a de seus desafetos, mandava-os para essa região.

   Até entendo que a Larissa tem a sua linha de perfumes íntimos e faça o seu “jabá”, pois todos temos contas para pagar – apesar de que as contas dela devem ser bem maiores do que as minhas e devem estar sempre em dia – contudo, quando alguém chega no ponto de ter de usar perfume para disfarçar “cheiro de cu” - palavras da Larissa -, tal pessoa deve procurar um médico imediatamente, pois não é normal exalar tal odor a ponto que os outros sintam à distância... ou o ânus deve estar tão lasseado que não consegue mais fechar.

   Brincadeiras à parte, no vídeo onde a Larissa canta com Caetano Veloso e Gilberto Gil percebi um certo talento musical nela, mas também percebi um certo desprezo dos dois em relação à Larissa, coisa feia isso, deselegante até; caso não queriam estar ali era só não estarem ali... como de fato não estavam. Ela estava interpretando a música. Intérprete é isso. Posso estar errado, mas pelo que eu percebi, eles se deram mal e ela foi grande.

   Não sou um “expert” no assunto, sou duro de ouvido, mas escrevo como um ouvinte que gostou e considerou agradável o que ouviu. Talvez ela devesse investir mais nesse estilo; não mudar de estilo – seja lá qual for o estilo dela; ela chama de funk, como se ela fosse um James Brown de saias -, não mudar de estilo, mas cantar às vezes alguma coisa onde não sinta tanta necessidade atávica de rebolar e/ou esfregar a “raba” em alguém, pois a “raba” despenca com a idade e o que fica é o talento musical. E uma mulher balzaquiana como a Larissa tem o seu valor, fisicamente falando... mas sabe como é... o público da Larissa é majoritariamente adolescente, o público dela é praticamente uma comunidade onanista.

   Para não fugir do estilo sugiro à Larissa que grave o funk do Ariano Suassuna: “Rutherford, Bohr, modelos atômicos, um cavalo morto é um animal sem vida, em redor do buraco tudo é beira...”; percebam a musicalidade intrinsecamente natural dessas palavras!

   Esse funk ficaria bem na voz anasalada da Larissa. Eu admiro as pessoas que falam pelo nariz e cantam metade pelo nariz e metade pela boca.

   Um trecho da entrevista no Podpah que eu faço questão de ressaltar é a parte na qual a Larissa discorre sobre o início de carreira dela. Quase fui às lágrimas!

   De novo, brincadeiras à parte, fiquei admirado com a persistência e a resiliência da Larissa. Gostaria de ser assim!

   Gostaria de ter acreditado em mim mesmo na tenra idade e investir no meu talento como ela fez com o seu – se é que tenho algum. Nessa parte da entrevista no Podpah lembrei do Olavo de Carvalho quando ele falava da cultura do “caranguejo no balde”, da cultura da mentira e do fingimento, do “não vai dar certo”, cuja é comum no Brasil

   Por três ocasiões a Larissa acreditou nela mesma; mesmo com a própria família dizendo que “não vai dar certo”. Na primeira, com a música “Menina Má”, na segunda com a música que não me recordo agora (é só ver o vídeo) e na terceira com o “Show das Poderosas”; aí a Larissa virou a Anitta!

   Tem um trecho de um vídeo que circulou nas redes sociais onde a Anitta fala que não queria se meter em política, “eu sou uma cantora”, disse ela, “vocês que me fizeram fazer isso”. Lembrei do Roberto Carlos que durante toda a carreira dele nunca se meteu em grupinhos ideológicos e/ou políticos e nunca ninguém se meteu com ele, pois não deve ser fácil brigar com um cara com a popularidade do Rei. Popularidade esta que a Anitta deveria almejar.

   Está aí uma coisa que eu gostaria de ver: a Larissa ser chamada de Rainha Anitta, mas num reinado conquistado pelo talento musical e não somente por saber rebolar a bunda.

   O Brasil não tem um prêmio Nobel, não tem um cantor, uma cantora, uma banda, um grupo, um esportista, etc, de sucesso mundial. Teve Pelé, Ayrton Senna e incluo Oscar Schimdt, mas é só. Um país como o Brasil deveria ser um celeiro de pessoas de sucesso.

   São três coisas: Talento, Vontade e Esforço. É um equilíbrio entre essas três coisas. O brasileiro acredita que somente o talento basta: nada mais falso. Como exemplo cito o Pelé. Ele depois dos treinos ficava sozinho treinando chutes, cabeçadas, etc, e olha que ele tinha um talento enorme para jogar futebol, nasceu para isso. E teve o apoio do pai dele, o Dondinho. Toda pessoa de talento que tenha vontade, que goste daquilo que faz, ela se esforça, mas precisa do apoio de alguém. E todos nós temos algum talento específico, basta saber qual. Em outro texto discorrerei mais sobre isso.

   No vídeo com a conversa com a Gabriela Prioli onde a Anitta perguntou se “um vereador seria um deputado municipal?” as pessoas debocharam da Anitta, porém, o raciocínio dela estava correto. Um vereador é do poder legislativo municipal, um deputado estadual é do poder legislativo estadual e um deputado federal é do poder legislativo federal. Um vereador poderia se chamar deputado municipal. É uma questão de nomes. A falta de conhecimento em algum assunto não implica em burrice, porque se for assim, eu sou completamente burro no assunto “ter fama e dinheiro”.

   O filósofo Aristóteles começa o tratado Categorias, o primeiro tratado do Organon, a obra Analítica dele, falando do “nome das coisas”. O nome das coisas é importante, mas é uma convenção do ser humano; importante também é o referente: o que a coisa é na realidade, a substância. A Anitta raciocinou de forma correta.

   Lembrando que vereador pode ser chamado de Edil também, pois na antiga Roma, Edil era o funcionário ou magistrado cuja função era observar e garantir o bom estado e funcionamento de edifícios e outras obras e serviços públicos de interesse comum, como ruas e o tráfego, abastecimento de gêneros e de água, condições de culto e prática religiosa etc; nas municipalidades do Império Romano, funcionário administrativo regular. Um prefeito pode ser chamado de Edil também.

   Gostaria de ver e ouvir a Anitta cantando músicas gospel, pois como ela mesmo diz, começou cantando na Igreja. Pessoas como Elvis Presley, Roberto Carlos, Roberta Flack, Madonna, entre vários outros, cantavam/cantam também músicas de Igreja, as chamadas músicas gospel.

   Pessoas de sucesso fazem o que lhes é do seu talento, mas sempre levam em consideração o que outros dizem somente para formar sua opinião. Essa segunda premissa é o meu defeito.

   Termino por aqui. Apesar de a Anitta ter um olhar bordeline, dedos maleáveis que se dobram para trás com uma facilidade impressionante e aquelas unhas que devem ser muito afiadas, fiquei admirado com a capacidade de raciocínio dela. Não apaixonado, mas admirado.

   Para quem já sofreu lanhada nas costas com unhas afiadas de mulher sabe do que estou falando.

   Não virei um fã da Anitta, pois não sou fã de ninguém, nem de mim mesmo, mas a Anitta virou minha considerada, sangue bom!

   Está aí o texto!







segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Por que Socialismo?

    “Será aconselhável que um não especialista em assuntos econômicos e sociais manifeste pontos de vista sobre o tema 'socialismo'? Por várias razões, eu acredito que sim.”

   Eu como Einstein, começo este texto da mesma maneira com a mesma frase do ensaio “Por que Socialismo?” de Albert Einstein, disponível aqui: https://monthlyreview.org/2009/05/01/why-socialism/.

   O texto analisado foi publicado em 1949, sendo que em 1920 Ludwig von Mises, também em um ensaio, já havia publicado “O Cálculo Econômico sob o Socialismo”, disponível em https://mises.org.br/article/1141/o-calculo-economico-sob-o-socialismo#:~:text=Na%20economia%20socialista%20que%20Mises,privada%20dos%20meios%20de%20produ%C3%A7%C3%A3o.

   Em seu ensaio, Mises destruiu  a tal economia planificada/planejada:

"Portanto, o princípio básico da troca poderá operar livremente em um estado socialista, dentro dos limites permitidos. E a troca nem sempre precisará se desenvolver na sua forma direta. As mesmas bases que sempre sustentaram as trocas indiretas continuarão existindo em um estado socialista, trazendo vantagens para aqueles que incorrerem nelas. Donde se segue que o estado socialista também irá permitir o uso de um meio de troca universal -- isto é, o dinheiro. Sua função será fundamentalmente a mesma tanto na sociedade socialista quanto na competitiva; em ambas, ele serve como meio universal de troca. 
No entanto, a significância do dinheiro em uma sociedade em que os meios de produção são controlados pelo estado será diferente daquela em que os meios de produção são propriedade privada. Com efeito, a significância será incomparavelmente menor, uma vez que o material disponível para troca será mais limitado, já que as trocas estarão confinadas apenas aos bens de consumo.  Ademais, exatamente pelo fato de os bens de produção jamais se tornarem objeto de troca, será impossível determinar seu valor monetário. Sob esse aspecto, o dinheiro jamais poderá determinar, em um estado socialista, o valor dos bens de produção da mesma forma que ele o faz em uma sociedade competitiva. No socialismo, portanto, o cálculo em termos monetários será impossível."

 

   Depois, no livro Ação Humana, Mises sacramentou o estrago na tal "economia planejada" mostrando que economia planificada é o “triângulo redondo”, ou seja, é impossível e somente leva à miséria e ao sofrimento da maioria:

“O paradoxo do "planejamento" é que, em uma economia planejada, é impossível planejar.  É impossível se fazer planejamento econômico onde não há um livre mercado determinando os preços. De um lado, se não há liberdade para a determinação dos preços, é impossível saber a genuína demanda dos consumidores. De outro, se não há preços livres, não há como fazer um cálculo econômico sensato.

Se não há preços livres, é impossível fazer cálculo de custos. Sem cálculo de custos, é impossível estimar lucros e prejuízos. Sem se estimar lucros e prejuízos, é impossível fazer qualquer investimento racional. E sem investimentos racionais, é impossível atender às genuínas demandas da população.

E daí tem-se a escassez generalizada.

Uma economia planejada ou dirigida pode ser tudo, menos economia. É apenas um sistema de tatear no escuro. Não permite uma escolha racional de meios que tenham em vista alcançar objetivos desejados.

Aquilo que os socialistas e intervencionistas chamam de "planejamento consciente" significa, na realidade, a eliminação de toda a ação consciente e proposital.”

   Talvez Einstein não tivesse lido Mises, contudo, isso coloca Mises como inteligência superior à de Einstein, pelo menos no tocante à economia.

   Posso dar vários exemplos da realidade de que a tal “economia planificada’ sempre foi uma fraude, uma crueldade planejada para colocar os trabalhadores na miséria e no sofrimento. Apesar de sua obviedade, nunca é demais citar o experimento fracassado de Lênin na URSS que começou em 1917. Até hoje temos o exemplo de Cuba onde a escassez é generalizada.

   No Brasil tivemos o governo Sarney (1985-1990), um excelente exemplo real da tal “economia planificada” onde a inflação chegou a 80% ao mês. O pessoal mais antigo lembrará dos tais “fiscais do Sarney”, o que é um belo exemplo da tentativa (fraudulenta e frustrada) de Oskar Lange de refutar Mises. Depois veio Hayek. Hayek percebeu que Lange cometeu vários erros.

   “No socialismo de Lange, teria de haver um exército de controladores (fiscais) para verificar os cálculos feitos pelos dirigentes das empresas. Porém, o que exatamente motivaria os dirigentes das empresas e das filiais?  O que os impediria de trapacear?  Ademais, os resultados desses cálculos teriam de ser comparados com cálculos contrafatuais que deveriam ser realizados posteriormente a fim de se determinar se os chefes das empresas haviam de fato escolhido a melhor combinação possível de fatores de produção.  Tudo isso iria exigir um imenso estado burocrático.”; disponível em https://mises.org.br/article/1141/o-calculo-economico-sob-o-socialismo#:~:text=Na%20economia%20socialista%20que%20Mises,privada%20dos%20meios%20de%20produ%C3%A7%C3%A3o.

   Deixo agora para o leitor, sobre esse período do governo Sarney, um trecho do livro “Você foi Enganado, Mentiras, Exageros e Contradições dos últimos Presidentes do Brasil” de Chico Otávio e Cristina Tardáguila (leitura fortemente recomendada); páginas 97 e 98:

“O país estava eufórico – o governo, a população e até mesmo a imprensa. Poucas semanas depois do lançamento do plano econômico, a Rede Globo decidiu encampar o projeto. O então todo-poderoso José Bonifácio de oliveira Sobrinho, o Boni, que comandava todas as áreas de programação da emissora, debruçou-se sobre uma mesa e criou não só uma campanha telivisiva, como também um forte slogan: “Tem que dar certo!”. Na época, Boni não hesitou em convocar nomes de grande  apelo popular para defender o Cruzado. A apresentadora Xuxa Meneghel, por exemplo, tinha acabado de estrear seu programa infantil, o Xou da Xuxa, Usava marias-chiquinhas e chamava as crianças de “baixinhos”. Na TV, abraçada a um urso de pelúcia, pedia que eles lembrassem às mães da importância de pedir a nota fiscal nos mercados. A atriz Lucélia Santos fazia um sucesso estrondoso como protagonista da novela Sinhá Moça, exibida às 18 horas na emissora. No comercial de que participou, dizia com firmeza:

- O pão nosso de cada dia, o café, o leite... Tudo tem que andar dentro da tabela. Não pague nem um centavo a mais e comece bem o seu dia. Tem que dar certo!”

Até a economista portuguesa naturalizada brasileira Maria da Conceição Tavares, crítica ferrenha de planos econômicos anteriores, deixou-se contaminar pela proposta de combate à inflação. Em entrevista à TV, emocionou-se ao dizer que estava “muito contente” com a equipe econômica de Sarney, pois ela ajudava “o governo a reencontrar seu rumo”. Para Maria da Conceição, o Plano Cruzado era um “programa sério” que dava ao brasileiro a oportunidade de ter esperanças novamente.”

   E aí temos o “imenso estado burocrático”, todos vivendo do dinheiro de imposto que sai picado do bolso do cidadão e o cidadão não nota porque o cidadão vira um ser humano escravo pagador de impostos vivendo na "igualdade"... mas sempre tem uns mais iguais do que os outros. E é óbvio que a Maria da Conceição Tavares, uma espécie de Olavo de Carvalho de saias, elogiaria uma medida socialista dessas. É assim que se socializa um país, passo a passo (o socialismo Fabiano, aliás, é o único que existe), pois o próprio Einstein afirma (com razão) em seu ensaio que:

“Contudo é preciso lembrar que uma economia planejada ainda não é socialismo. Uma economia planejada pode ser acompanhada por uma escravização completa do indivíduo. A realização do socialismo requer a solução de alguns problemas sociopolíticos extremamente difíceis: como é possível, em face da centralização abrangente do poder político e econômico, impedir que a burocracia se torne todo-poderosa e prepotente? Como se podem proteger os direitos do indivíduo e garantir com isso um contrapeso democrático ao poder da burocracia?”

   Uma “economia planificada” que, na realidade do "chão de fábrica", traduz-se basicamente em tabelamento de preços pelo governo é uma das características principais daquilo que se chama Socialismo, junto com forte imposto progressivo (alta carga tributária - segunda medida do Manifesto Comunista), são as duas características principais. Essas duas características praticamente definem se um determinado país é Socialista/Comunista, pois elas acarretam numa sucessão de fatores sociológicos que levam à concentração de dinheiro e poder nas mãos de poucas pessoas às custas da miséria e do sofrimento da esmagadora maioria.

   Em relação às duas perguntas de Einstein no trecho acima, a resposta é “Não”, no caso de socialismo/comunismo não é possível impedir que a burocracia se torne toda-poderosa, e não tem como proteger os direitos do indivíduo. Aliás, sem Moral, em sistema nenhum de governo é possível as duas perguntas terem respostas favoráveis posto que não existe modelo perfeito de sociedade e nem sistema perfeito de governo. O que existe são uns modelos melhores do que outros e, ainda assim, depende de cada país e é sazonal ao longo do tempo.

   República, Monarquia, Parlamentarismo, República Parlamentarista, Democracia, Aristocracia, Tirania, Semipresidencialismo, etc; incluindo sistemas financeiros, econômicos, sociológicos, administrativos, etc; todos eles esbarram na Moral, basta alguém trapacear mesmo no melhor dos modelos que ele desmorona como um castelo de cartas. Como exemplo cito de novo o Brasil que, até 1889, era Monarquia e deram um golpe (trapacearam) e transformou-se em República e a coisa não melhorou em nada, ao contrário. Caso hoje o Brasil voltasse a ser Monarquia, também não mudaria em nada. O problema é a baixeza intelectual e moral da população. Decai a inteligência, decai a moral e vice-versa, não importando qual decai primeiro, uma vem de arrasto da outra.

   Não sou Liberal, nem Libertário, nem Positivista, nem Socialista, Nem Capitalista, nem Comunista, etc, sou um ser humano escrevendo.

   Aliás, quero que essas “teorias econômicas”,  analisadas como um todo, explodam-se, pois todas elas na história da humanidade sempre desconsideram a Moral.

   Por exemplo, um Liberal muitas vezes se auto-define como “Liberal na economia e conservador nos costumes”. É um mero chavão, mas tem muitos que acreditam nisso. Esta é uma mentalidade liberal/positivista, em se tratando daquele positivismo de Augusto Comte.

   Liberal na economia e conservador nos costumes, porém, você sempre será logrado nos costumes, o prejuízo financeiro sempre vem depois. No lado positivista, a economia é a parte técnica e os costumes são a parte ideológica que é desconsiderada por eles. Exemplo: temos dois ou mais sócios numa empresa e lá pelas tantas um sócio passa a perna no(s) outro(s); isso são costumes, ele mentiu, enganou o(s) outro(s). Ideologicamente ele passou uma idéia errada a respeito do caráter dele.

   Todo Liberal/Positivista sempre será enganado nos costumes, o prejuízo econômico/financeiro vem, inexoravelmente, depois. Aí parte-se para a briga no Poder Judiciário, ou seja, o Estado (daí o Estado 'burrocrático' é bom) intervindo nas Relações Sociais porque as relações Sociais não tiveram Moral, porém, se a sociedade de um modo geral não tem Moral, como o Poder Judiciário - que faz parte da sociedade - poderá ter?

   Einstein até pode ser considerado um gênio, até pode ter sido colocado como um gênio pela grande propaganda (tipo um Chê Guevara intelectual), mas não podemos nos esquecer que além de ter sido um Socialista (e Socialismo, sempre, sempre, sempre, leva ao Comunismo), Einstein foi aquele que em entrevista ao George Sylvester Viereck publicada no The Saturday Evening Post em 1929, disse em resposta à pergunta de George “Você culpa o Kaiser pela ruína da Alemanha?”, ao que Einstein respondeu:

   - O Kaiser teve boas intenções. Ele muitas vezes tem os instintos corretos. Suas intuições com frequência foram mais inspiradas do que as razões elaboradas de seu ministério de Relações Exteriores. Infelizmente, ele sempre estava cercado por conselheiros precários.

   Provavelmente ele falava do Kaiser Guilherme II que dispensou Otto Von Bismarck em 1890 por propor leis anti-socialistas e que depois levou o mundo à primeira guerra mundial. E Einstein se dizia pacifista.

   Todo aquele que se diz socialista/comunista é um burro - astucioso maligno - mentiroso, fingido e criminoso.

   Agora lembrei de Bill Gates ao defender o socialismo fazendo toda uma enrolação com o  clima, disponível em https://www.socialismocriativo.com.br/bill-gates-surpreende-o-mundo-ao-afirmar-so-o-socialismo-e-capaz-de-salvar-o-clima-o-setor-privado-e-incapaz/.

   Em pesquisa rápida no socialista Google você encontrará essa entrevista em  outros sites.

   Lembrei-me também do Fórum Econômico mundial no qual Xi Jinping é o palestrante de honra há anos, sendo que Klaus Schwab ressaltou em 2018 e vem confirmando ao longo desses anos de FEM que: "A China é o modelo de sociedade que queremos para o mundo".

   Parece-me estranho tantas pessoas com dinheiro e poder defenderem o Socialismo/Comunismo que pretende ser uma ideologia que diz combater pessoas com dinheiro e poder. Eles combatem a si próprios?!?

   Nesta lista podemos colocar Klaus Schwab, George Soros, Xi Jinping, Elon Musk, Rockefeller, Rothschild e mais algumas famílias de banqueiros que controlam o sistema financeiro mundial e, por conseguinte, controlam praticamente todos os conglomerados empresariais internacionais. Isso é praticamente um governo mundial onde a ONU é o órgão burocrático.

 

Referências 

https://www.jstor.org/stable/10.5749/j.ctttsbzm

file:///C:/Users/Arist%C3%B3teles/Desktop/Einstein/Quando%20Mises%20destruiu%20o%20socialismo_%20100%20anos.mhtml

https://mises.org.br/article/2398/por-que-uma-economia-dirigida-sempre-ira-fracassar

https://www.marxists.org/portugues/einstein/1949/05/socialismo.htm

https://monthlyreview.org/2009/05/01/why-socialism/

https://mises.org.br/article/1141/o-calculo-economico-sob-o-socialismo#:~:text=Na%20economia%20socialista%20que%20Mises,privada%20dos%20meios%20de%20produ%C3%A7%C3%A3o.

https://www.socialismocriativo.com.br/bill-gates-surpreende-o-mundo-ao-afirmar-so-o-socialismo-e-capaz-de-salvar-o-clima-o-setor-privado-e-incapaz/


Einstein Socialista. Organização: Hugo Albuquerque. Editora Autonomia Literária, 2023.

Você foi Enganado: mentiras, exageros e contradições dos últimos presidentes do Brasil. Chico Otávio e Cristina Tardáguila. Editora Intrínseca, 2018.