sexta-feira, 19 de abril de 2019

Os Trouxas

   A chamada direita no Brasil, agora representada pelo governo Bolsonaro, continua sendo feita de trouxa pela chamada esquerda. O “recuo” da censura feita pelos Ministros Dias Toffoli (o totonho) e Moraes (o kojak) não foi propriamente um recuo. Agora com a autorização do Totonho para que o Lula dê entrevistas ficou bem clara a intenção da tal “censura”.
   Novamente eles mataram dois coelhos com uma só cajadada: fizeram um teste para saber o que aconteceria com o avanço autoritário do STF (a técnica do pé-na-porta) e liberaram o Lula para dar entrevistas.
   Os crimes cometidos por esses dois Ministros, como apontados pelo jurista Modesto Carvalhosa durante os últimos atos de censura, passarão em branco.
   O STF está se tornando, simbolicamente, o partido-estado. Depois, será fácil transferir esse símbolo.
   O processo de comunização do Brasil vai muito bem, obrigado, segue de vento em popa e está tudo como dantes no quartel de Abrantes.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Sinto Muito

Sinto muito que você não sinta
Da mesma maneira que eu sinto
Sinto muito que você não sinta
Mas tenta sentir o que eu sinto

Sinto muito por tudo isso
Isso é o que você não sente
Isso tudo é o que eu sinto
Você tenta e nada sente

Sinto muito por lhe causar isso
Desculpas mudam o que sente
Sinto que você não perdoa isso
Sinto muito que você não sente

Sinto muito tudo o que eu sinto
E sinto tudo que você não sente
E você não sente o que eu sinto
Sinto muito que você não sente

domingo, 14 de abril de 2019

Paulo Freire I

   "Em 1943, Getúlio Vargas promulga a "Consolidação das Leis do Trabalho" (CLT). Esta legislação confirma os sindicatos no seu papel de instituições ligadas ao governo e entrega de pés e mãos amarradas a classe operária à classe dominante.
   Por causa desta legislação, um sindicato não tem mais necessidade para sobreviver de ser implantado em uma empresa, nem de obter o apoio dos trabalhadores. Para existir, basta que seja reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Ele se torna então o representante oficial e obrigatório da profissão para todas as reivindicações ou negociações." (FREIRE, p. 163).

   FREIRE, Paulo. Multinacionais e Trabalhadores no Brasil: 2 ed. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1977.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Bolsonaro, o antipresidente

   A matéria veiculada no jornal El País (link abaixo), de autoria de Eliane Brum, cunha um termo novo: Antipresidência.
   Eliane Brum pode ter cunhado um termo novo (Antipresidência), mas o conceito é antigo. É a boa e velha estratégia das tesouras que a esquerda usa e abusa no jogo do poder. É a dialética de Hegel e de Marx amplamente utilizada e popularizada por Lênin. FHC e Lula "cansaram" de fazer isso. A única diferença é que Bolsonaro e sua equipe somente se livraram dos partidos e criaram as duas lâminas da tesoura dentro do próprio governo.
   Mais ou menos como os Ministros do STF vem fazendo há anos: algumas vezes uns votam contra e outros a favor; e outras vezes outros votam contra e uns a favor para não desgastar a imagem de um ou de outro. Uma vez um dá uma declaração polêmica e outro é diplomático e ameniza a declaração; outra vez esse outro dá uma declaração polêmica e o um (que antes foi polêmico) agora é diplomático. Falsas brigas e falsas discórdias. E assim vão se alternando, como uma tesoura que vai cortando o que vem pela frente. É a mentira pura e simples sob o nome de "política".
   E a população fica mais perdida e confusa do que cego em tiroteio e, com o tempo, os próprios estrategistas das tesouras terminam confusos porque depois de tantas mentiras, depois que a mentira vira sinônimo de política é impossível alguém manter a sanidade.
   É isso que vem acontecendo no Brasil há décadas: mentir é a regra. E acreditam que isso não é mentira, acham que é política. E quem não mente é taxado de ingênuo, de otário, de etc.
   Lembro o que Rui Barbosa disse na sessão de 17 de dezembro de 1914 por ocasião do caso Satélite II: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto..."
   E quando a mentira se torna a regra, a violência vem ao natural, pois a mentira leva à insanidade e a insanidade leva, inexoravelmente, à violência.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/10/opinion/1554907780_837463.html

http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/artigos/rui_barbosa/FCRB_RuiBarbosa_Requerimento_de_informacoes_sobre_o_caso_do_Satelite-II.pdf

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Eram os Hebreus/Israelitas negros?

   Faz algum tempo que surgiu a possibilidade de que os Hebreus são negros. As evidências são muitas, mas não vou escrever sobre elas aqui. Quem tiver interesse basta pesquisar.
   Sendo verdade que os Hebreus da Bíblia eram negros, que Moisés era negro, que Jesus Cristo era negro e que a esmagadora maioria dos profetas bíblicos (senão todos) eram negros, então a Bíblia, o Cristianismo e a chamada "cultura judaico-cristã" são, na verdade, cultura negra e essa seria a verdadeira religião de "matriz africana".
   E não estou falando de pessoas escuras queimadas de sol, mas nascidas negras.
   Em se tratando de povo sofrido, cuja maldição divina parece que caiu sobre eles de forma bíblica, não há povo mais sofrido do que os negros. A impressão que fica é que tudo o que esse povo faz enquanto povo, - enquanto coletividade -, nada dá certo. A impressão que fica é que alguma coisa foi rompida e somente quando essa aliança for restabelecida as coisas darão certo para todos.