quinta-feira, 4 de abril de 2019

Estado, Nação e País

Eleições são necessárias por uma simples razão: a alternância democrática de governos na gerência do Estado. Políticos eleitos são funcionários públicos de cargo eletivo, mas são funcionários públicos, nada além disso.
Governos são somente isto mesmo: gerentes do Estado, e nada além disto. Governos não são entidades supremas e transcendentais, governos não são o poder.
O poder é o Estado e o Brasil não tem Estado, o que deixa nosso País entregue às influências alienígenas, sem pátria. Isso deixa nosso País à gerência do tráfico... de influências e de interesses escusos de pessoas que, provavelmente, tiveram o pai preso e a mãe na zona e, com 18 anos de idade, foram seduzidos por aquele tio degenerado designado tutor pelo governo que, além de usar, abusou das cavidades e agora, já crescidos, eles procuram compartilhar o mesmo prazer sentido com a população brasileira.
O Brasil, desde 1822, tem governos, mas nunca teve Estado. Desde 1822, tem políticas de governo, mas nunca teve política de Estado.
Dizendo de uma forma bem clara: sem Estado não há nação, sem nação não há país e sem país não há povo. Portanto, não temos Estado, por conseguinte não somos nação e temos um país (geograficamente falando), mas somos um amontoado de pessoas - um amontoado bem grande, diga-se de passagem - vivendo em um território sem Estado. E um território sem Estado é um território sem Lei. É um território que fica ao léu, à mercê de governos formados por grupos com espírito imundo que fazem a população brasileira de refém, e esta, como prostituta de cabaré apaixonada pelo cafetão, adora apanhar - quanto mais apanha, mais se apaixona. Neste momento alguém deve estar se divertindo com os gracejos, mas lembre-se de que você, possivelmente, é uma das prostitutas.

Um Estado se define fisicamente pelo seu País. Um País é a área geográfica, é o seu território físico, suas riquezas naturais (minérios, aquíferos, espaço aéreo, espaço marítimo, etc). Uma Nação é o País em conjunto com a sua população e o Estado envolve a Nação e o País. O Estado deve proteger a sua Nação. E o Estado é regulado pela Constituição.
Mas não confundam Estado com governo e também não confundam Estado com partidos políticos.
O Estado é formado pelas instituições: População, Executivo, Legislativo, Judiciário e Forças Armadas.
Em ordem de importância a população vem, inexoravelmente, primeiro, depois acaba-se a ordem de importância, pois as outras instituições são independentes e harmoniosas entre si. No estado de coisas atualmente faz-se necessário dizer que esta é uma organização de Estado para fins de... organização. Antes que alguém diga que separando a população das outras instituições estamos querendo transformar uns nos inimigos dos outros, reiteramos: é uma organização para orientar mentalmente o entendimento do Estado posto que todos fazemos parte da população, TODOS somos povo.
As Forças Armadas e o Judiciário diferenciam-se pelo fato de que são instituições que devem ter obrigatoriamente políticas de Estado, mas não de governo. Novamente, falo de política e não do que temos no Brasil: politicalha, cujo sufixo define com propriedade a nossa classe politicalha.
"Política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas e tradições respeitáveis" (BARBBOSA, 1954). E os governos são gerentes do Estado respeitando as políticas do Estado.
O Estado é definitivo, permanente, motorista; o governo é transitório, passageiro, passageiro. Existem políticas de Estado e políticas de governo. As políticas de Estado são aquelas definidas pela Constituição. As políticas de governo são definidas pelo restante das leis (ordinárias, complementares, etc.), desde que, obrigatoriamente, essas leis sigam as normas da Constituição.
Aquilo que temos no Brasil é uma balbúrdia onde os governos que entram desmantelam o Estado e remontam a seu gosto e a população nunca sabe quais as normas vigentes, e pior, nem se importa em saber - e com razão, afinal qual prostituta tem interesse pelas regras da casa?
E os governos podem desmantelar e remontar o Estado justamente porque não temos uma Constituição séria, sólida e bem elaborada e planejada para ser política de Estado que seja definitiva, duradoura.
O simples fato de que com essa Constituição de 1988 começaram a aparecer inúmeras e incontáveis ações de inconstitucionalidade prova a bagunça que é essa coisa que chamamos de "constituição". Além disso, uma "constituição" em que vários artigos contém a expressão "a ser regulamentado em Lei complementar" é uma aberração jurídica, uma teratologia, uma monstruosidade. Uma Lei complementar NÃO pode regulamentar ou regular a Constituição, é uma inversão de valores.
Explicando em miúdos: o "a ser regulamentado em Lei complementar" foi canalhice e/ou incompetência dos legisladores na época que deixaram essas brechas - brechas não, rombos, buracos enormes - que permitiram aos poderes executivo, legislativo e judiciário ao longo desses 30 anos defecarem (defecarem não, cagarem mesmo) na constituição.
O problema é que, fazendo uma nova constituição, teremos que lidar com o espírito humano desonesto da nossa politicalha, pois serão eles que comporão a nossa gloriosa assembléia constituinte. E o resultado será uma nova Constituição com o adendo: pior.
Mas tem o dilema, já posto em outro artigo, fazer ou não fazer uma nova Constituição?
Em se fazendo-a, como será feita? Dando um “gópi” e escolhendo em uma prateleira um conjunto de notáveis ou fazendo-a com essa politicalha do Congresso Nacional? Eis o dilema.
Independentemente dessa escolha, o ponto principal é que a Constituição seja planejada, elaborada, séria, honesta, com princípios definidos, regras morais, artigos objetivos e bem escritos, com tradições responsáveis, clara, concisa e precisa.
Referências:
BARBOSA, Ruy. Lições de Ruy. 2ª ed. Livraria Progresso Editora, Salvador, 1954.

sábado, 30 de março de 2019

Homens e Mulheres ou Mulheres e Homens

O homem serve para controlar as mentiras e as manipulações das mulheres.
A mulher serve para controlar a violência e a ingenuidade do homem.

Não são sexos opostos. São sexos complementares. São sexos que se complementam.
O homem e a mulher são sexos complementares. Os dois juntos fazem um só.
Um ajuda o outro e o outro ajuda o um.
A coisa se confunde, mas todos nós (mulheres e homens ou homens e mulheres) sabemos que não existe igualdade entre os sexos.
Cada qual tem a sua qualidade e o seu defeito.
Ninguém é melhor que ninguém, somos apenas diferentes.

sexta-feira, 29 de março de 2019

STF decide que sacrifício de animais em cultos religiosos é constitucional

Segundo a notícia do link abaixo, o STF decidiu que religiões de matriz africana podem matar animais em cultos religiosos.
Porque somente religiões de matriz africana?
E se eu for satanista e quiser matar um cordeiro?

Os votos dos Ministros parecem piada. As suas alegações não beiram ao ridículo, SÃO o ridículo.
Aliás, o STF julgar uma coisa dessas é a mesma coisa que o STF julgar furto de galinha... mas esperem... o STF já fez isso, já julgou o furto de duas galinhas. Já julgou também o furto de 1 quilo de camarão e, a minha predileta, o STF julgou o furto de um par de chinelos. Nada mais justo. Ladrões pé-de-chinelo sendo julgados na corte correspondente.

Não vou reproduzir aqui as argumentações dos Ministros, estou sem paciência, quem quiser pode ler no link. Mas vou reproduzir aqui o que o advogado Hédio Silva Júnior, Representante da União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil, disse quando criticou a ação do Ministério Público estadual à época: “Parece que a vida de galinha de macumba vale mais do que a vida de milhares de jovens negros. É assim que coisa de preto é tratada no Brasil. A vida de preto não tem relevância nenhuma. A vida de preto não causa comoção social, não move instituições jurídicas. Mas a galinha da religião de preto, ah, essa vida tem que ser radicalmente protegida”, questionou na tribuna do Supremo.

Pois é "seu" Hédio, para o STF, preto, além de estar relacionado com homossexuais, agora também está relacionado com a matança de animais.

Se eu tivesse um terreiro, agora poderia fazer rinhas de galo, rinhas de cães, etc... ninguém pode entrar para fiscalizar, é constitucional... e se entrar eu afirmo que "isso faz parte da liturgia", como o Ministro Lewandowski bem disse falando sobre o sacrifício de animais.

https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/stf-decide-que-sacrif%C3%ADcio-de-animais-em-cultos-religiosos-%C3%A9-constitucional/ar-BBVmdiq?li=AAggXC1&ocid=mailsignout

quarta-feira, 27 de março de 2019

Karl Marx

   Karl Marx tinha um estilo de escrita onde ele discorria um assunto com uma percepção realística indiscutível, porém, tinha a habilidade (consciente ou inconsciente, não sei) de promover tal assunto, muitas vezes, se colocando contra o assunto. Esta "percepção realística" da qual falei refere-se à percepção da imaginação de Marx em relação ao seu texto, não à percepção da realidade, pois esta Marx não a tinha, tanto assim que nunca acertou previsão nenhuma na sua porca vida. Cito um exemplo: na “Questão Judaica”, Marx fala sobre os direitos humanos: “Constatemos, em primeiro lugar, o fato de que os chamados direitos do homem, enquanto distintos dos direitos do cidadão, constituem apenas os direitos de um membro da sociedade civil, isto é, do homem egoísta, do homem separado dos outros homens e da comunidade” (p. 23).
   Para um leitor que tenha a mesma moral de Marx (isto é imprescindível) e que queira colocar em prática seus ensinamentos, esse leitor entenderá logo que para promover uma sociedade de seres humanos egoístas é preciso promover direitos humanos, posto que “os direitos do homem são, em parte, direitos políticos, que só podem exercer-se quando se é membro de uma comunidade” (p. 22). “Assim, nenhum dos supostos direitos do homem vai além do homem egoísta, do homem enquanto membro da sociedade civil; quer dizer, enquanto indivíduo separado da comunidade, confinado a si próprio, ao seu interesse privado e ao seu capricho pessoal” (p. 25).
   Repito: para promover uma sociedade de seres humanos egoístas é preciso promover direitos humanos. Isto fica bem claro. Esta é a percepção avassaladora de Marx, pois ele sabia que quando se promove “direitos humanos” para todos em comunidade (coletivamente), cada indivíduo confinado a si próprio, cada indivíduo interpretará de forma egoísta a declaração universal dos direitos humanos. Mesmo que o indivíduo não conheça o texto da declaração, a ideia entrará no imaginário popular, entrará no senso comum pela repetição da expressão ”direitos humanos”. Cada indivíduo da massa proletária repetirá para si mesmo e para os outros: - Tenho meus direitos.
   Esse pensamento cria uma mentalidade egoísta na sociedade, pois não se fala em deveres, somente em direitos, então... promova-se “direitos humanos” de forma exagerada e contínua e teremos uma sociedade egoísta onde cada ser humano pensará somente em si próprio, cada ser humano será um átomo isolado. Mesmo vivendo em comunidade, em sociedade, em coletividade, cada ser humano pensará somente em si próprio esquecendo-se dos outros, da metafísica... e tal indivíduo esquece até de Deus.
   A última parte, “esquece até de Deus”, refere-se não somente a Deus, mas à espiritualidade, ao espírito de se viver em comunidade que se traduz em direitos e deveres. Substitui-se a espiritualidade por uma causa coletiva, mas o sentimento de egoísmo, fora da espiritualidade e dentro da causa coletiva, é exacerbado naturalmente ao extremo.
   Uma sociedade feita de seres humanos egoístas com várias causas coletivas, fora da espiritualidade e da moral, é uma sociedade facilmente controlável. Basta fornecer causas, sejam elas verdadeiras ou não, basta dividir em classes e dar a cada classe uma causa.
   Voltando à Marx, vemos que esse estilo de pensamento e escrita é constante na sua obra. Um estilo que, traduzindo de forma vulgar, resume-se em: “Falar mal de alguma coisa com a intenção de promover esta coisa.” Ou mais vulgarmente ainda: “Criar confusão na sociedade para que certas pessoas possam obter riquezas às custas dos outros.” Tal estilo foi repetido por vários outros autores da mesma classe de Marx.
   Outro exemplo; tirado de “O Capital, livro 1 volume 1”, páginas 172-173: “Esse impulso de enriquecimento absoluto, essa caça apaixonada ao valor é comum ao capitalista e ao entesourador, mas enquanto este é o capitalista enlouquecido, aquele é o entesourador racional. A expansão incessante do valor, por que luta o entesourador, procurando salvar, tirar dinheiro da circulação, obtém-na de maneira mais sagaz o capitalista, lançando-o continuamente na circulação.”
   Marx sempre associa a ganância ao capitalista, o que não é errado, pois, para ele, todo capitalista é ganancioso. Porém, a sua obra “O Capital” é um manual de como tornar-se um capitalista ganancioso - é o Manual do Capitalista Ganancioso.
   Poderia citar outros exemplos, mas, de momento, esses já bastam.
   A ironia é que Marx, talvez por ter consumido boa parte do seu tempo de vida escrevendo tal manual, não pôde acumular riquezas, mas nem por isso ele deixa de ser um capitalista ganancioso, pois como ele mesmo diz: “A mercadoria é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, por suas propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza, a origem delas, provenham do estômago ou da fantasia” (O Capital, livro 1, volume 1, p. 41).
   A mercadoria de Marx foi a sua obra escrita. Não lhe rendeu riquezas, mas lhe trouxe valor e trouxe riqueza aos seus irmãos capitalistas gananciosos que vieram depois dele, pois Marx ensinou-lhes como transformar qualquer coisa em mercadoria. Ensinou-lhes que as paixões humanas, os desejos, os sentimentos, as vontades, as emoções, até mesmo a própria miséria pode ser transformada em uma mercadoria a ser vendida em uma prateleira de mercado.
   Marx ensinou-lhes que o amor é uma coisa inventada por alguns para vender lenços para outros. Marx, com a sua obra, ensinou-lhes como enriquecerem às custas do sofrimento dos outros e chamou isso de Comunismo invertendo a semântica e confundindo a todos.
   Com o seu estilo, escreveu sua obra “falando mal” do capitalismo, mas deu todas as instruções de como fazer para ser um bom capitalista ganancioso. De como vender o corpo, a alma e o espírito dos outros e de como vender até mesmo o próprio corpo, a própria alma e próprio espírito em prol da ganância imediata ou, como foi seu caso, futura, pois seu nome entrou e ainda está na história, mas Marx continua sendo um charlatão maligno.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Magistrado de Estimação

   A operação Lava-jato vem evidenciando uma coisa que todo mundo já sabia: aqui no Brasil toda politicalha tem seu Desembargador ou Juiz de estimação e o leva firme na coleira para poder soltá-lo quando precisar de seus "serviços".
   Corre à boca miúda que alguns desses magistrados são pagos regiamente e outros se prestam a tais serviços simplesmente por estimação. Peticionam por estimação.
   Com o ex-Presidente Michel "Vampirão" Temer não foi diferente e não o será com qualquer outra politicalha que vier a se enrolar com a nossa valorosa Justiça. Sempre terá um peticionador de estimação a postos na porta da cadeia para tentar desenrolar.
   Infelizmente é assim que esses magistrados se comportam. Nem advogados de porta de cadeia agem dessa maneira. A moral do Poder Judiciário aqui no Brasil está mais por baixo do que barriga de cobra. A comparação desses magistrados com répteis rastejantes é bastante pertinente porque, caso o magistrado de estimação não faça o que seu dono manda, o dono pisa em cima dele.
   Não são todos os magistrados - é preciso deixar isso bem claro - senão a dupla Totonho e Alex me prende.
   E esse exemplo começa no próprio STF onde cada politicalha tem seu peticionador de estimação, mas, por medo, friso novamente (agora em afrodescendito), não são todos.