domingo, 20 de março de 2022

O Brasil é Socialista há Décadas

   Primeiro tentarei definir o que é um país socialista usando as definições correntes sobre socialismo e depois tentarei definir, tanto em termos acadêmicos como na realidade, o que é socialismo/comunismo.

   Socialismo, segundo uma das definições, é a união do poder político com o poder econômico; união no sentido de promiscuidade onde a economia do país fica centralizada e a iniciativa privada aproveita os lucros, e o prejuízo é tirado da arrecadação que sai picada do bolso do cidadão fazendo com que o cidadão não note que, quando chega lá em cima, são três ou quatro montanhas de dinheiro de imposto. O governo estabelece “agências” controladoras (comitês, conselhos, órgãos fiscalizadores, “sovietes”, etc) que, através do excesso de burocracia (que se traduz no excesso de leis) “fiscalizam” a iniciativa privada impondo controles que, em última instância, sufocam a própria iniciativa privada, ou seja, colocam o empresariado de joelhos. E o cidadão, por sua vez, fica infantilizado, não consegue mais resolver os próprios problemas sem ter um intermediário imposto pelo “estado” (que é formado por pessoas).

   A tal “parceria público-privada” que temos de um modo exacerbado no Brasil é mais uma das características disso. O governo (formado por pessoas) “fiscaliza”, “controla” e determina as regras. O empresariado somente obedece a tais regras e, ao mesmo tempo, o empresariado colabora para eleger os “representantes” do povo gerando um ciclo onde, depois, o empresariado cobra dos “representantes” do povo o retorno dos seus interesses, geralmente escusos. De certo modo esse “retorno” se dá através de leis provindas do lobby (promiscuidade entre o poder político e o poder econômico).

   No Brasil temos oligopólios, oligarcas, grupos brigando pelo poder. Quando um grupo desses vence a “parada” (ou vem um grupo de fora), daí o país transforma-se em comunista de direito e de fato: concentração total de dinheiro e poder nas mãos de poucas pessoas através da miséria e do sofrimento da maioria. Grosso modo, um ditador com a sua corriola que fica acima na escala hierárquica (o partido-estado, o partido que está acima do estado).

   Há décadas, o Brasil, tanto na mentalidade, cultura, no sistema financeiro, sistema político, sistema administrativo, etc, é socialista. Óbvio que hão exceções, mas as exceções, como o próprio nome diz, estão fora da regra, então não podemos analisar somente pela exceção.

   Lembrando que “socialismo”, “comunismo”, “capitalismo”, “liberalismo”, “neoliberalismo”, etc, são somente termos, nomes de coisas (Aristóteles). Não estou dizendo que estas coisas não existam na realidade, mas chega um momento no qual tem de se olhar para a realidade para somente depois nominar a coisa. Não podemos nos prender tanto às definições, porém, as definições são necessárias como base para se raciocinar.

   Exemplo: o que causa a pobreza em um país?

   O comunista dirá que o capitalismo causa a pobreza num país; o capitalista dirá que o que causa a pobreza é o comunismo. Neste momento tem de se olhar para a realidade!

   O que causa a pobreza num país (ou no mundo) depende de várias variáveis, não é tão simples assim. Então, neste sentido, tem de se olhar para a realidade para depois nominar a coisa. Caso você queira dizer que a China, por exemplo, é capitalista... diga; caso queira dizer que a China tem “capitalismo de estado”... diga; caso queira dizer que a China é comunista... diga.

   Olhe para a realidade, estude, colha informações, veja o que acontece na China, analise e depois nomine o que acontece com base na realidade, no certo e no errado. Dei a China como exemplo, porém, vale para qualquer país.

   Sistemas, modelos de sociedade existem vários, mas não existe um sistema perfeito; o que existe são uns sistemas melhores do que os outros. Todo sistema, modelo de sociedade, etc, esbarra na moral. Mesmo o melhor dos sistemas sempre sucumbirá quando alguém trapacear nesse sistema. Não é à toa que os pais fundadores dos Estados Unidos escreveram que a constituição deles somente se adequa a uma população que tenha moral. Aliás, a constituição americana do norte é uma das mais longevas do mundo e isso criou a identidade da população, terra da oportunidade, da liberdade, etc; apesar de que já está mudando porque a moral e a cultura tradicional da população vem sendo destruída.

   Voltando ao Brasil, vou analisar agora de baixo para cima. No Brasil temos uma das cargas tributárias (senão a maior) mais elevada do mundo. São vários impostos que tiram os meios de ação da população, a população fica sem ter meios de ação (grosso modo, dinheiro) para combater a tal da “elite”.

   Impostos como IPVA, IPTU, etc, que não tem razão de existir, sufocam a população tirando seus meios de ação. O cidadão, mesmo entendendo o que está acontecendo, não pode fazer nada. Todo imposto, taxa, arrecadação, etc, vem de alguma lei. As tais "ações afirmativas", bolsa-família (agora auxílio-brasil que virou permanente na lei), bolsa absorvente, bolsa isso, bolsa aquilo, etc, tornam-se permanentes, vai-se mudando somente o nome. Fundão eleitoral, várias leis de "fomento", inúmeras mordomias, etc; isso é socialismo puro: o governo tira do dinheiro do imposto de todos e redistribui para as "minorias", ou seja, dá uma esmola para certas minorias e fica com o grosso do butim. Concentração de dinheiro e poder às custas da miséria e do sofrimento da maioria.

   Como exemplo vou analisar o IPVA. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. O nome está dizendo, você paga um aluguel todo ano para poder usar seu veículo (carro, moto, etc). Você compra um veículo e o Estado (nem o governo) te ajudam em nada sendo que na compra já tem impostos embutidos e depois você tem de pagar o IPVA todo ano senão vem o governo e lhe toma o veículo, ou seja, o veículo não é seu. Essa é a realidade.

   O problema não são, neste sentido, os impostos em si; o problema é o excesso de impostos e o seu aumento progressivo (Marx). Do modo como as sociedades são organizadas atualmente, organização esta que surgiu naturalmente ao longo da história da humanidade, é praticamente impossível acabar com os governos.

   Com relação a este ponto, farei um adendo. Como surgiu a organização atual das sociedades no mundo?

   Vamos imaginar lá atrás, na época dos camponeses, vamos por dizer assim, que um criador de gado, um criador de ovelhas, um plantador de trigo, etc, no momento que um deles precisava levar as cabeças de gado, por exemplo, vendidas para quem comprou, teve que existir uma estrada, ou ele teria que passar pelas terras do outro camponês. Esses camponeses se juntaram e resolveram construir uma estrada para uso comum. Como cada um deles não poderia deixar seu trabalho para construir a estrada contrataram um grupo de outras pessoas para construírem a estrada e pagaram a esse grupo. Esta é uma primeira idéia de “governo” ou “Estado”. Não entrarei nas definições de governo e Estado, mas, basicamente, o Estado é permanente, o governo é provisório; o governo é o gerente do Estado por um determinado período de anos (tempo), depende da legislação de cada país.

   Antigamente no Brasil (e em outros países), não existia a figura do Delegado de Polícia, do Coronel da PM, do Juíz, etc. Isso veio com o passar do tempo. De certo modo a sociedade foi se organizando naturalmente.

   Dada essa base, volto aos “sistemas”, aos “modelos de sociedade” cujos quais não existe um perfeito e nunca existirá, porém, existem uns sistemas melhores do que outros e, mesmo este, sucumbirá à falta de moral, sucumbirá aos criminosos que trapaceiam no tal “sistema”.

   No Brasil, devido à essa baixeza intelectual que leva à baixeza moral; decai a inteligência, decai a moral e vice-versa, não importa qual decai primeiro, uma vem de arrasto da outra.

   Falando agora no sistema de leis Brasileiro. O nosso sistema de leis é todo ele socialista. A esmagadora maioria dos artigos, parágrafos, incisos, letras, alíneas, etc, das nossas leis são subjetivos o que deixa margem as interpretações. As margens as interpretações são as famosas brechas na lei. O juiz interpreta a lei de uma maneira, o promotor de outra maneira e o advogado interpreta de outra maneira. O que isso ocasiona é que no fim fica valendo a opinião de quem tem mais condições financeiras, mais dinheiro para pagar um bom escritório de advocacia. Por isso que quem tem dinheiro não vai preso aqui no Brasil. Você pode perguntar isso para qualquer Juiz. Ele dirá que quem tem condições de pagar um bom escritório de advocacia não vai preso.

   O TSE (Tribunal Superior Eleitoral, com seus TREs) é mais um exemplo de país socialista. Esta estrovenga que leva o nome de "tribunal", só existe no Brasil. O socialismo no Brasil foi aperfeiçoado. Lembrando que todo país que possui conselhos, comitês, órgãos públicos, etc, em excesso, é país socialista. São os tais sovietes da modernidade; e serão usados quando necessário contra a população.

   A incompetência reinante em países socialistas é mais uma característica do socialismo/comunismo. Tal incompetência vem da burrice, do analfabetismo funcional, da aversão ao conhecimento, etc. A baixeza intelectual e a baixeza moral são características de países socialistas/comunistas... ou capitalistas, neoliberalistas, etc; como já se disse: chame como quiser, mas olhe para a realidade, foque no certo e no errado, o nome você dá depois.

   Segundo Igor Shafarevich, um cientista da computação Russo, no seu livro O Fenômeno Socialista, ele define uma sociedade socialista em dois pontos: uma economia centralizada (que leva à economia de crédito) e uma organização hierárquica em forma de pirâmide. No alto, uma “elite” e, logo abaixo, o segundo escalão, o terceiro, etc, até chegar na base da pirâmide a maioria da população. Concentração de dinheiro e poder nas mãos de poucas pessoas à custa da miséria e do sofrimento da população. Parasitas.

   Shafarevich também afirma que toda civilização na história da humanidade começa a desaparecer quando perde a religiosidade, a espiritualidade, etc, chame como quiser. Foi assim com o Império Romano, com os Incas, com os Maias, etc. Aliás, este ponto do livro é interessantíssimo, pois Shafarevich, quando começou suas pesquisas, não estava interessado em saber sobre ascensão e declínio de civilizações, ele queria somente estudar o fenômeno socialista.

   Neste momento alguém pode pensar que estou concordando com a tal “lutas de classes”, porém, tem nada a ver. A história do mundo não é a história das lutas de classes, até porque é praticamente impossível estratificar uma sociedade em classes sociais. Podemos estratificar em classes financeiras, classe A, B, C, D, etc; mas é uma questão quantitativa, não qualitativa. Caso eu for rico, negro e homossexual, a qual classe social eu pertenço? Caso eu for branco, pobre (ou rico) e homossexual, a qual classe social eu pertenço? E também não podemos confundir profissões com classes sociais.

   O problema de se raciocinar por grupos e não individualidades é esse: não se sabe a qual grupo se pertence e, ao mesmo tempo, eu pertenço a vários grupos e a nenhum grupo. Fico perdido no tempo e no espaço. Vira coisa de circunstâncias, coisa de momento; num momento sou de tal grupo, no outro sou de outro grupo, vai da minha vontade, e isso não é individualidade porque o indivíduo perde a moral e a moral passa a ser a moral do grupo e, por conseguinte, o indivíduo perde a sua identidade e torna-se presa fácil para o “governo”, feito por outras pessoas.

   Outra característica de uma sociedade socialista é a sua economia brutalmente centralizada nas mãos de poucas pessoas.

   O fato de o Brasil fazer parte do BRICS também é significativo, pois o BRICS não é somente um bloco comercial, o BRICS é o bloco de países reconhecidamente socialistas e/ou comunistas perante o mundo.

   Darei agora um exemplo da realidade. Tomarei como base os Estados Unidos que, segundo as definições correntes, ainda é considerado uma sociedade capitalista. Lá, nos EUA, uma pessoa trabalhando de garçom e/ou vendedor ainda consegue economizar um dinheiro por conta própria – até debaixo do colchão ou no banco, tanto faz – durante uns seis ou sete meses - e comprar um carro, usado, óbvio, mas será um carro bom e, dependendo do indivíduo que procurar tal carro, talvez será em estado de novo e tal carro servirá para o que se pretende.

   No Brasil, começa que uma pessoa trabalhando de garçom e/ou vendedor não sobra dinheiro para economizar, pois a carga tributária é enorme (o sistema financeiro é centralizado). Porém, vamos dizer que alguém faça um sacrifício e consiga economizar um dinheiro nesses mesmos seis ou sete meses; comprará um carro usado, mas será uma lata velha, com os documentos atrasados e provavelmente cheio de multas que, depois, o cidadão perderá para o governo numa blitz.

   Com relação aos financiamentos, no Brasil paga-se 2,5 carros, em média, ao final da quitação. Nos EUA e em outros países, paga-se 1,5 carro, o que é óbvio, a financiadora deve ter o lucro dela porque emprestou o dinheiro, que será pago parcelado, o que é justo. Lembrando que nos EUA isso está terminando, aos poucos, mas está terminando.

   No Brasil, a esmagadora maioria ainda pensa que o Brasil é capitalista por causa do consumismo. Ora, o consumismo é característica de sociedades socialistas. Consumismo é consumir de um modo excessivo. "Capitalista" é a pessoa que quer acumular capital. Em sociedades socialistas a propaganda é forte no sentido de "compre agora e economize dinheiro"; economizar gastando?!?

   As pessoas se acotovelam, atropelam-se em liquidações porque a grande propaganda as manipula para isso. Compra-se um tênis de marca, por exemplo, e encalacra-se em várias prestações quando poderia ter comprado um tênis que se adequasse ao seu orçamento.

   Capitalista, nesse sentido, jamais terá a mentalidade consumista, o que é óbvio. Como acumularei capital se gasto mais do que ganho? Neste ponto entra a sociedade socialista com alta carga tributária e a propaganda excessiva para o consumismo. Muitas vezes, através da grande propaganda - aquilo que chamam de grande mídia foi transformada em instrumento de propaganda - e através dela criam um desejo o qual o cidadão não tinha e a própria propaganda oferece a solução desse desejo (o qual você não tinha). A propaganda age na emoção e não na razão, a propaganda não é feita para você raciocinar, ao contrário, a propaganda excessiva emburrece as pessoas.

   No Brasil - e em vários países do mundo - temos somente a grande propaganda (aquilo que chamam de grande mídia), eu chamo de grande propaganda porque de jornalismo tem mais nada.

   "§ 1. O tipo de jornalismo considerado nestas notas é o que se poderia ser chamado de "integral" (no sentido que, no curso das próprias notas, ficará cada vez mais claro), isto é, o jornalismo que não somente pretende satisfazer todas as necessidades (de uma certa categoria) de seu público, mas pretende também criar e desenvolver estas necessidades e, consequentemente, em certo sentido, gerar seu público e ampliar progressivamente sua área." Cadernos do Cárcere, volume 2, página 197, Antonio Gramsci.

   Esse tipo de "jornalismo", além de vender produtos e serviços inúteis, presta-se também a manipular a sociedade através de mentiras, distorções, fake news, etc. Cria-se uma uniformidade onde tudo a ser publicado tem de passar primeiro pelo crivo (censura) da própria redação. E isso gera que o repórter, por exemplo, vai atrás somente das notícias que ele sabe que serão publicadas. Aquelas notícias às quais o repórter está investigando, mas que não fazem parte da "pauta" do jornal (ou emissora de rádio ou TV), o editor dirá: "nem perca seu tempo, o jornal não vai publicar". E, caso o repórter insistir, será colocado num setor de menor importância ou perderá o emprego. Em algumas redações a coisa está tão concentrada que o repórter, jornalista, etc, sequer escolhe a notícia, a "pauta" vem pronta de cima. As decisões, principalmente de cunho moral, ficam restritas a um grupo reduzido de pessoas.

   E antes que alguém diga que o que estou descrevendo é o capitalismo e não o socialismo, lembro que são somente nomes de coisas e, neste sentido, dê o nome que quiser, mas observe a realidade, veja primeiro se a coisa em si é certa ou errada para depois nominá-la.

   No Brasil e em boa parte do mundo, alguns órgãos de comunicação utilizam a propaganda como uma técnica nazista:

   "Toda  propaganda  deve  ser  popular  e  estabelecer  o  seu  nível  espiritual  de acordo  com  a  capacidade  de  compreensão  do  mais  ignorante  dentre  aqueles  a quem  ela  pretende  se  dirigir.  Assim  a  sua  elevação  espiritual  deverá  ser  mantida tanto  mais  baixa  quanto  maior  for  a  massa  humana  que  ela  deverá  abranger. Tratando-se, como no caso da propaganda da manutenção de uma guerra, de atrair ao  seu  círculo  de  atividade  um  povo  inteiro,  deve  se  proceder  com  o  máximo cuidado, a fim de evitar concepções intelectuais demasiadamente elevadas." Minha Luta, página 170, Adolf Hitler.

   Depois se perguntam como o povo Alemão aceitou que o nazismo promovesse os campos de concentração. A propaganda, utilizada desta maneira, emburrece a população transformando-a em massa de manobra.

   "O povo, na sua grande maioria, é de índole feminina tão acentuada, que se deixa  guiar,  no  seu  modo  de  pensar  e  agir,  menos  pela  reflexão  do  que  pelo sentimento. Esses   sentimentos,   porém,   não   são   complicados   mas   simples   e consistentes. Neles não há grandes diferenciações. São ou positivos ou negativos: amor ou ódio, justiça ou injustiça, verdade ou mentira. Nunca, porém, o meio termo." Minha Luta, página 173, Adolf Hitler.

   A propaganda age na emoção, não no raciocínio; a população fica com a mentalidade de "contra" ou a "favor" sem sequer se perguntar o porquê de ser contra ou a favor de alguma coisa. O sujeito é contra tal coisa, mas não se pergunta porquê é contra, não faz nem um exame interior para saber se realmente (em questões de moral) é contra ou a favor. Então, este sujeito transforma-se em massa de manobra, pois quando for malignamente manipulado para ser a favor desta coisa ele continuará sem se perguntar, agora, se é realmente a favor bem como não se perguntava quando era contra, será jogado de um lado para o outro de acordo com as conveniências da grande propaganda.

   Com relação à economia de crédito, característica de países socialistas, tira-se do cidadão a opção de compra à vista e o cidadão passa a achar bom ter crédito. Por exemplo, para a esmagadora maioria dos Brasileiros, caso estragar sua geladeira dentro de casa, sendo que não tem mais conserto; o cidadão terá que se encalacrar em várias prestações porque senão não conseguirá adquirir uma geladeira nova. E o cidadão passa a considerar isso bom, mas não percebe que lhe foi tirada a opção de compra à vista, de barganha, de negociar. As regras são estabelecidas de cima para baixo de acordo com a promiscuidade do poder político com o poder econômico, característica de países ditos socialistas.

   Com relação à mentalidade da população, cultura, etc, em países socialistas, como o Brasil, têm-se essa confusão mental, emburrecimento no qual o cidadão não sabe mais quais as regras da sociedade na qual vive. Promove-se “lutas de classes” ao extremo, branco contra preto, rico contra pobre, homossexual contra heterossexual; indivíduos contra indivíduos. Dividir para conquistar. Emburrecer através da propaganda.

   Poderia dar várias outras características da realidade de como se faz para identificar os tais “sistemas” de um país, porém, acredito que já é o suficiente.

   No original de O Capital está no plural “lutas de classes”, pois as lutas não devem acontecer somente entre as “classes”, mas entre os indivíduos da sociedade. É a luta sem fim, discussão, brigas, fragmentação da sociedade, destruição da família, destruição da propriedade privada, etc.

   Porém, eles querem a destruição da sua família, da sua propriedade privada, não da deles, pois sabem que a família e a propriedade privada são a única forma de se ter progresso. Como bem disse o filósofo Olavo de Carvalho: “Eles querem a destruição da SUA família, seu trouxa”.

   E, para isso, primeiro emburrecem você, transformam você num analfabeto funcional que sequer entende o significado das palavras e das coisas. O analfabeto funcional lê um texto, mas não entende o referente que está ali escrito porque sequer tem mais o conceito de signo, significado (e vários sentidos) e referente.

   A cultura da sociedade transforma-se numa pasta mental, numa confusão enorme onde ninguém mais se entende. Fala-se a mesma língua, mas não se fala a mesma linguagem. As pessoas perdem o gosto pelo conhecimento até nas coisas mais simples como, por exemplo, sequer querem consultar um dicionário para ver o significado das palavras, a convenção da língua. E, se não tem sequer o significado das palavras, como entenderá o referente, o que a coisa é na realidade?

   Não me estenderei aqui em signo, significado (e vários sentidos) e referente, pois já foi dito em outros textos.

   Para encerrar, posso dizer que comunismo, enquanto sistema, é concentração de dinheiro e poder nas mãos de poucas pessoas à custa do sofrimento e miséria da maioria, é o governo de criminosos.

   Por isso o filósofo Olavo de Carvalho afirmava que a briga é entre Cristianismo e comunismo, pois o Cristianismo ensina moral para as pessoas; faça o certo, não faça o errado e puna quem fizer o errado (criminosos).

   No comunismo, usando esse termo corrente, a moral é relativa; é social, econômica e política, ou seja, fica-se numa confusão mental na qual não se sabe mais o certo e o errado.

   Culturalmente, o problema é essa baixeza intelectual que leva à baixeza moral; decai a inteligência, decai a moral e vice-versa, não importa qual decai primeiro, uma vem de arrasto da outra. Não confunda inteligência com astúcia maligna, são coisas diferentes. A inteligência é ligada ao bem, ao belo e à verdade. A astúcia maligna é a caricatura satânica da inteligência. Astúcia maligna é "dar um jeitinho em tudo", subir na vida pisando em cima dos outros, querer levar vantagem em tudo, mentir, não cumprir acordos, roubar, matar, usar de falsidade, etc.

   A realidade se impõe. Veja o certo e o errado, o ser humano nasce sabendo o que é o certo e o que é o errado. A moral vem de princípios como: não mentirás, não matarás, não roubarás, não se corromperás e não corromperás os outros, etc. Isso é moral.