quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Liberação da Maconha

O projeto que libera o cultivo da maconha para uso medicinal foi aprovado na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) do Senado nesta 4ª feira (28/11/2018).
Essa será mais uma das Leis perniciosas para terminar de destruir a mentalidade da sociedade brasileira. A liberação da maconha tem os fins de atingir o que essa gente chama de classe média, porque eles odeiam a classe média, além de dar dinheiro para traficantes, classe na qual o governo se incluirá de vez legalmente após a aprovação desta Lei e ganhará régios impostos aumentando ainda mais a arrecadação e a roubalheira.
O projeto fala somente das maravilhas medicinais da maconha, mas sequer menciona seus males como, por exemplo, esquizofrenia, perda da capacidade de concentração e burrice.
Ao ler o projeto fica mais uma vez bem claro como água de rocha que os nossos legisladores são retardados mentais e interesseiros ao extremo.
Abaixo um trecho do relatório da Marta Suplício:
“Há inúmeras razões pelas quais se fala em auto cultivo da cannabis para uso terapêutico. O óleo artesanal utiliza a planta inteira, sendo assim, encontra melhor resposta terapêutica do que os compostos industrializados. E os custos de produção, manuseio e extração do óleo são muito baixos, tornando-a mais acessível às famílias brasileiras.
Embora atualmente já existam alguns medicamentos que podem ser importados, o custo muito elevado ainda os tornam inacessíveis para a maior parte da população. Para se ter uma ideia, um medicamento à base de cannabis importado custa em torno de R$ 1.500,00. A depender da condição socioeconômica e até mesmo da quantidade de medicamento necessária, seu consumo é absolutamente inviável.
Garantir o cultivo de cannabis para uso próprio medicinal se configura como medida urgente para os milhões de brasileiros que dependem da planta para ter qualidade de vida. Por este motivo, é primordial diferenciar o uso recreativo do terapêutico e permitir que este último seja legalizado, permitindo assim o auto cultivo.”
A obrigação do governo, em vez de liberar a maconha, segundo o que se entende do texto acima, deve ser investir na produção de um remédio a base de óleo da cannabis, pois como o próprio texto diz os custos são muito baixos. Mas é mais fácil criar uma lei perniciosa para liberar a maconha transferindo a responsabilidade para o cidadão. Como sempre, essa politicalha faz com todas as Leis que promulgam: jogam a responsabilidade para a bunda do cidadão enquanto eles ficam com o dinheiro dos impostos, ou seja, a população paga para tomar na bunda.
Em um País como o nosso onde não se tem controle de nada, mas tem 190 mil Leis vigentes, em um País como o nosso que é o País da falcatrua, como que o Governo Federal pretende fiscalizar quem usará medicinalmente ou quem se chapará todos os dias para ficar “legal”. O Governo estará dentro de cada casa de cada município do Brasil?
Além disso, voltamos ao princípio de que um dos maiores problemas do Brasil é que as Leis vêm prontas do Governo Federal e a arrecadação fica toda com o Governo Federal, está tudo centralizado nas mãos de um bando de pessoas... menos a culpa, essa é distribuída por igual para a bunda da população.
O que acontecerá na prática é que isso disseminará o uso da maconha nas chamadas classes média, média baixa e média alta, ou seja, classe média como um todo. A população das classes mais baixas não comprará maconha na loja, pois tem um cara vendendo maconha em cada esquina da sua vila ou comunidade. O afrouxamento dessa Lei permite que se possa ter lojas para a venda de maconha num futuro próximo. Esse será o próximo passo.
Outro ponto, o que impedirá a proliferação de receitas “frias” para plantio e auto cultivo “medicinal”?
Esse projeto altera o parágrafo 1º do Artigo 28 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que tem a seguinte redação:
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
E passará a vigorar com a seguinte:
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica, ressalvado o semeio, cultivo e colheita de cannabis sativa para uso pessoal terapêutico, em quantidade não mais do que suficiente ao tratamento, de acordo com a indispensável prescrição médica.
Mais uma vez um textículo completamente subjetivo, como todas as Leis criadas por esse nosso Congresso incompetente e canalha.
Pequena quantidade? O que define pequena quantidade? De novo essa ladainha bem como existia na Lei 6.368. Aliás, a Lei 6.368 já permitia a cultura dessas plantas com fins terapêuticos ou científicos mediante prévia autorização das autoridades competentes, sendo que a Lei 6.368 já era frouxa demais.
E tanto a Lei 11.343 quanto a Lei 6.368, que foi revogada por aquela, eram subjetivas, com texto que não era claro, nem conciso nem preciso.
Agora vai se discutir e se debater - de novo - para incutir na população através da grande mídia que a maconha deve ser liberada, que pessoas estão sofrendo e morrendo aos milhões porque não tem maconha “medicinal”.
Além disso o parágrafo único do artigo 2º dessa mesma Lei já permite isso: “Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas.”
Cada vez liberam mais, cada vez afrouxam mais as Leis sempre com uma desculpinha e depois todo mundo não entende porque o Brasil está desse jeito com tanta criminalidade, corrupção e roubalheira. Quando isso terá fim?
Quando essa mentalidade canalha e incompetente do nosso Congresso Nacional mudará?
É sempre a mesma coisa há décadas, as Leis sendo afrouxadas, a criminalidade subindo em todos os níveis e classes sociais, a roubalheira correndo solta e aposto que a maioria dos advogados vão defender essa alteração porque “têm pessoas que precisam de tratamento”.
Mas, também, o que esperar de uma classe que permite um órgão como a OAB que está completamente politizado e não fala uma linha do aspecto legal e da escrita subjetiva dos textos de qualquer Lei que os nossos “legisladores” promulgam, e quando falam é somente para elogiar ou tratar de questões menores.
Mas enfim, nem sei porque escrevi este texto, afinal a maconha já é liberada tal é a facilidade de se comprá-la.
Talvez eu que seja burro demais e não entenda de Leis. O Congresso somente está legalizando a coisa utilizando uma das fontes do direito: os usos e costumes.
Todo mundo faz, eu também posso fazer: Viva a Maconha... obaaa!
E será o fim da classe média que, no Brasil, é formada basicamente pelo funcionalismo público.
Referências

domingo, 25 de novembro de 2018

Eminência Parda


   Prazer, Eminência Parda. Meu nome é Nome, mas pode me chamar de Eminência Parda. Eu sou o responsável por todas as informações mais relevantes e pertinentes que correm pelo mundo. Eu sou o primeiro a falar nelas, mais do que tudo, sou eu que lanço determinada idéia em estipulado meio para atingir estabelecido objetivo.
   Sou a eminência pardacenta por trás de toda informação. Eu preparo o ambiente, semeio a idéia e colho as conclusões. Eu sou aquele cara que, em uma conversa informal, nem parcimonioso nem demasiado, falo uma fala normal - normal de entonação, mas de conteúdo original. A partir das minhas idéias meus servos começam o trabalho de pesquisa - mesmo eles não sabendo que são meus serviçais.
   Dá-los-ei apenas dois exemplos, um, um pouco mais antigo e outro mais atual: fui eu o primeiro a dizer que viria um salvador da humanidade e fui o primeiro a falar em Nova Ordem Mundial... aliás, a modéstia sempre me impediu de dizer que ambas foram minhas idéias, mas resolvi deixar a modéstia de lado.
   Algumas idéias são mera constatação da realidade, outras são por mim inventadas. A coisa funciona assim: eu falo aparentemente desapercebidamente como quem não fala a verdade nem mente. Sou aquela observação que você ouve no churrasco de domingo, no amigo secreto, na reunião da empresa, na festa do sindicato, no dia-a-dia rotineiro, etecétera. E você escuta, mas no momento não dá bola e depois fica pensando nisso, mas em casa começa a desenvolver a idéia e em pouco tempo não lembra mais quem foi o autor e você passa realmente a acreditar que a idéia é sua. E eu faço isso com várias pessoas. Uma dessas várias pessoas irá levar adiante a idéia transformando-a em pesquisa, depois em projeto envolvendo mais pessoas e depois colocando na prática envolvendo mais pessoas ainda. E, a prática, ao ser introduzida, embrenha-se na realidade transformando o boato em verdade. Uma mentira não se transforma em verdade, mas um boato transforma-se em realidade.
   A teoria é a semente e a prática é a árvore que dá frutos. Eu planto e cuido da teoria até ela germinar e crescer sadia e forte para erguer-se como uma árvore frondosa que dará muitos frutos. Eu sou um agricultor de idéias. Sou, ao mesmo tempo, trabalhador e produtor, eu tenho os meios de produção, planto e cuido das sementes, mas quem cuida da árvore são os servos. Depois eu colho os melhores frutos e aos outros restam os frutos podres e as vãs esperanças que se perdem em discussões idiotas onde ficam tentando definir conceitos indefiníveis porque são conceitos subjetivos e, como tais, por isso mesmo são indefiníveis. Eu invento um nome saído da minha cabeça e depois crio uma definição elegantemente escrita, mas vazia de conteúdo e espalho isso pelos meios acadêmicos com a força de alguma “autoridade intelectual” recheada de títulos (Doutor tal, PhD tal, etc.) e todo mundo acredita que essa loucura inventada da minha cabeça existe. E se aparecer alguém, mesmo que não seja inteligente, mas que veja a verdade da minha loucura, eu simplesmente mudo o nome da coisa e isso ocasiona outra sucessão de livros e escritos acarretando mais definições vagas e mais confusão ainda. Às vezes eu observo a realidade e tento encaixá-la nas minhas definições, sempre elegantemente escritas, e isso confunde a todos provocando expressões como: “Mas é claro que isso existe, nós podemos ver os efeitos e as consequências”... e pronto. É simples assim.
   Eu já inventei vários sistemas políticos e econômicos simplesmente observando a realidade e encaixando essas consequências naturais à minha definição vaga saída da loucura da minha cabeça... e tem gente que acredita, e pior, ficam tentando provar que isso existe.
E eu dou muitas gargalhadas gostosas.