Conteúdo de Exatas e Humanas!
Utilize os textos, contanto que fale de mim (bem ou mal)... e se for para fins comerciais: quero a minha parte!
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
A Pena para Sócrates
Problemas de chaves (/usr/share/keyrings) no Debian com Sugestão de Repositórios
Aviso: Ocorreu um erro durante a verificação da assinatura. O repositório não é atualizado e os arquivos de índice anteriores serão usados. Verificação de assinatura OpenPGP falhou: https://security.debian.org/debian-security trixie-security InRelease: Sub-process /usr/bin/sqv returned an error code (1), error message is: Missing key B0CAB9266E8C3929798B3EEEBDE6D2B9216EC7A8, which is needed to verify signature. Missing key 89C87ACEA5DD6B8E6A7068808E9F831205B4BA95, which is needed to verify signature.
Aviso: Falhou ao obter https://security.debian.org/debian-security/dists/trixie-security/InRelease Sub-process /usr/bin/sqv returned an error code (1), error message is: Missing key B0CAB9266E8C3929798B3EEEBDE6D2B9216EC7A8, which is needed to verify signature. Missing key 89C87ACEA5DD6B8E6A7068808E9F831205B4BA95, which is needed to verify signature.
Aviso: Falha no download de alguns arquivos de índice. Eles foram ignorados, ou os antigos usados em seu lugar."
deb [signed-by=/usr/share/keyrings/debian-archive-keyring.gpg] http://deb.debian.org/debian trixie main contrib non-free non-free-firmware
deb [signed-by=/usr/share/keyrings/debian-archive-keyring.gpg] http://deb.debian.org/debian trixie-updates main contrib non-free non-free-firmware
deb [signed-by=/usr/share/keyrings/debian-archive-keyring.gpg] http://security.debian.org/debian-security trixie-security main contrib non-free non-free-firmware
# deb [signed-by=/usr/share/keyrings/debian-archive-keyring.gpg] http://deb.debian.org/debian trixie-backports main contrib non-free non-free-firmware
Salve e saia.
$ sudo apt update
Atingido:2 http://deb.debian.org/debian trixie-updates InRelease
Atingido:3 https://security.debian.org/debian-security trixie-security InRelease
Atingido:4 https://dl.google.com/linux/chrome/deb stable InRelease
Todos os pacotes estão atualizados.
#1
Types: deb
URIs: http://deb.debian.org/debian
Suites: trixie trixie-updates
Components: main contrib non-free non-free-firmware
Enabled: yes
Signed-By: /usr/share/keyrings/debian-archive-keyring.gpg
#2
Types: deb
URIs: https://security.debian.org/debian-security
Suites: trixie-security
Components: main contrib non-free non-free-firmware
Enabled: yes
Signed-By: /usr/share/keyrings/debian-archive-keyring.gpg
#3
Types: deb
URIs: http://deb.debian.org/debian
Suites: trixie-backports
Components: main contrib non-free non-free-firmware
Enable: no
Signed-By: /usr/share/keyrings/debian-archive-keyring.gpg
#4
Types: deb
URIs: http://deb.debian.org/debian
Suites: trixie-proposed-updates
Components: main contrib non-free non-free-firmware
Enable: no
Signed-By: /usr/share/keyrings/debian-archive-keyring.gpg
terça-feira, 12 de agosto de 2025
Atualizar Debian Online de uma Versão para outra
Leia todo o artigo antes de sair executando comandos!
A atualização "online", ou seja, diretamente pelo sistema de uma versão atual para outra versão imediatamente superior do Debian está muito boa desde o Debian 10 (Bullseye).
A vantagem é que você mantém o sistema sem precisar reinstalar do zero.
Não é recomendado atualizar pulando versões, por exemplo, do Debian 10 direto para o Debian 12, deve ir-se de uma versão para outra até chegar na mais atual.
Antes de realizar qualquer atualização é altamente recomendável fazer um backup dos dados para evitar perda em caso de problemas.
Escolha um horário no qual a internet esteja com pouco uso, de preferência quanto mais de noite ou de madrugada, melhor.
Caso fizer de madrugada, antes verifique se a operadora fará alguma manutenção na internet.
Ao utilizar esse tipo de atualização é necessário sempre observar o terminal durante a execução do comando "full-upgrade", esse comando é bastante seguro, porém, como é pela internet pode acontecer uma falha na rede e faltar algum pacote, corromper outro, etc, apesar de que o APT gerencia muito bem e retoma o download em caso de falha na rede.
Venho utilizando esse modo de atualização desde o Debian 9 (Stretch), com algumas diferenças nos comandos, e somente nessa época que tive alguns problemas, sendo que foram sanados manualmente depois, nada que exigisse muito esforço.
Atualmente essa atualização online do Debian está bastante segura.
Ela é desaconselhada para quem tem uma internet instável e/ou um hardware obsoleto (mais de 10 anos e sem upgrades).
A atualização online do Debian 12 (Bookworm) para o 13 (Trixie) teve algumas mudanças em relação ao procedimento, mudanças estas que veremos depois.
O Debian seguia há anos a mesma configuração de repositórios básicos bastando mudar o nome do sistema, por exemplo, do Debian 11 para o 12:
deb http://deb.debian.org/debian bullseye main contrib non-free non-free-firmware
fica
deb http://deb.debian.org/debian bookworm main contrib non-free non-free-firmware
quarta-feira, 6 de agosto de 2025
A Grande Propaganda
A Grande Propaganda, aquilo que chamam de Grande Mídia, é a personificação do Grande Irmão de Eric Arthur Blair, vulgo George Orwell. É um instrumento do poder cínico e cruel ao infinito, bem como está no livro "1984": "Não estamos interessados no bem dos outros; só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro".
Ainda que essas palavras não sejam exatas, pois elas são duplipensar porque, muitas vezes, da riqueza vem o Poder. O "poder", neste sentido, podemos definir como sendo o número de pessoas que te obedecem e/ou seguem você e fazem aquilo que você diz. Tendo riqueza, você pode pagar as pessoas para fazerem o que você quer e, de certo modo, corrompê-las.
É preciso entender que, no contexto do livro, O'Brien almejava derrotar mental e emocionalmente a Winston, o que conseguiu, então usava e abusava das palavras, da Novilíngua (ou Novafala), do Duplipensar, etc, e isto tudo tinha de soar como se fosse idéia do próprio Winston. As duas frases finais do livro ilustram muito bem: "Ele conquistara a vitória sobre si mesmo. Winston amava o Grande Irmão".
Adianto que expressões e conceitos como "duplipensar", "paralaxe cognitiva", "dissonância cognitiva", "efeito Dunning-Kruger", etc, nada mais são do que análises de um determinado aspecto da boa e velha Estupidez (burrice enorme - popularmente conhecida como 'burrice ao quadrado'). Ao longo da história, autores observam e analisam determinados fenômenos dentro do seu campo de ação e momento histórico, até porque, muitas vezes, não se tem como abarcar o fenômeno por completo, o que é óbvio.
A Grande Propaganda, em especial aquela parte que chamam de "jornalismo", deturpou-se, porque de jornalismo tem mais nada há décadas, atualmente temos somente propagandismo feito por propagandistas. Aliás, desde que Johannes Gutenberg inventou a prensa em 1450 e depois veio a Imprensa, o verdadeiro Jornalismo sempre foi cultura de massas, pois é intrínseco o jornalismo ser das massas disformes. O Jornalismo nunca foi e nunca será coisa para intelectuais. Até pode ter um intelectual ou outro que escreva para uma coluna num determinado jornal para ter algum alcance, mas o jornalismo em si é cultura de massas.
Antonio Gramsci, no volume 2 dos Cadernos do Cárcere, nos diz que "O tipo tradicional e vulgarizado do intelectual é dado pelo literato, pelo filósofo, pelo artista. Por isso, os jornalistas - que acreditam ser literatos, filósofos, artistas - crêem também ser os "verdadeiros" intelectuais" (página 53). Mais adiante, página 197, discorre sobre um "jornalismo que não somente pretende satisfazer todas as necessidades (de uma certa categoria) de seu público, mas pretende também criar e desenvolver estas necessidades e, em certo sentido, gerar seu público e ampliar progressivamente sua área", ou seja, um propagandismo mentiroso feito por "intelectuais orgânicos" (propagandistas, aqueles que, no Brasil, são conhecidos como "jornalistas").
Além de outros, mais recentemente temos Ernesto Laclau, esse pregou que não precisamos mais observar as classes vindas da realidade, mas podemos e devemos criar e desenvolver as classes, ou seja, inventar classes e categorias com base na verossimilhança, entendeu... seu negacionista, machista, racista, fascista, homofóbico, esquerdopata, etc; o espectro político somente interessa quando é conveniente para levar vantagem. Cria-se a nova "classe" através da linguagem dando um nome para uma classe inexistente e, pela repetição das massas, a classe passa a existir somente no "consciente coletivo". No mais, o negócio é criar uma confusão mental tremenda com uma rotatividade alucinante de "novas classes" onde qualquer propagandista imbecil ("propagandista imbecil" é redundância) inventa um termo ou uma palavra nova e, por ter alcance, a massa ignara ("massa ignara" também é redundância) acha engraçado e sai repetindo a expressão feito macaco (macaco vê, macaco faz; macaco vê, macaco repete). Como o ser humano é um animal dito racional dotado de um aparato vocal que lhe permite articular fonemas, ele, pela repetição constante das massas, esvazia as palavras de significado transformando-as em meros xingamentos.
"Tem uma palavra em Novafala", disse Syme, "que não sei se você conhece. Patofala, grasnar feito um pato. É uma dessas palavras interessantes com dois sentidos contraditórios. Quando aplicada a um adversário, é ofensa; aplicada a alguém com quem você concorda, é elogio."
Lembrando que Saul D. Alinsky já tinha dado as regras de como usar a grande propaganda para promover as "lutas de classes", então podemos considerar que na história do mundo parece ter uma sequência de idéias, aquilo que chamam de "corrente ideológica", onde um autor simpatiza com as loucuras de um autor anterior e desenvolve-as, muitas vezes adicionando novas loucuras próprias e dá sequência ao que, no início, parecia uma boa idéia... até que um montão de gente morre em decorrência e, então, dão uma nova roupagem, um novo nome e um novo perfume, mas, basicamente, a loucura é a mesma e o ciclo de loucuras continua.
A linguagem jornalística é intrinsecamente genérica - e tem de ser assim -, senão a maioria da população não entenderá e o jornalismo não terá alcance. Imaginem os jornalistas adotando uma linguagem científica ou intelectual como padrão no jornal inteiro, desde o editorial, passando pela coluna social e pela página policial, até o horóscopo!
O jornalismo - lembrando que a palavra 'jornalismo' isolada por si só é o verdadeiro jornalismo; digo isso porque estúpidos não sabem mais nem o significado e o(s) sentido(s) das palavras, então tem de se acrescentar o adjetivo "verdadeiro": o verdadeiro jornalismo, a verdadeira política, a verdadeira verdade, etc, gerando um duplipensar -, o jornalismo baseia-se no alcance do jornal.
O jornalismo baseia-se no alcance do jornal. Imaginem uma mentira onde eu invento que fulano de tal é um ladrão corrupto e, segundo dizem, é até "meio puto", e arremato: "se eu minto é por boca de outro, é o que dizem, mas eu não acredito nisso!"
Num grupo pequeno de umas três ou quatro pessoas a tendência de tal mentira é durar uns 4 ou 5 dias, depois esvanece-se naturalmente, pois cada um tem a sua vida para cuidar.
Imaginem agora se eu fosse um propagandista e contasse essa mesma mentira na minha coluna ou "reportagem" de um jornal de alcance nacional. A mentira ganhará força, crescerá exponencialmente. Claro que, para não dar na vista não usaria calão, apenas suscitaria dúvidas sobre a sexualidade do sujeito. O restante, o povão, a massa, a multidão faria por mim, pois, afinal, sou um influenciador, um formador de opiniões, um propagandista.
Hitler, em seu livro "Minha Luta", dedica um capítulo inteiro para A Propaganda de Guerra. Óbvio que a propaganda começa no título, pois Hitler usava a propaganda enviesada em tempos de paz, em tempos de guerra... o tempo todo, gerando um duplipensar, mas nominava de "Propaganda de Guerra" para os idiotas pensarem que ele usava somente em tempos de guerra. Mais ou menos como o PT (Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Brasileiros) quando, em 2015, lançou seu caderno de teses "Um Partido para Tempos de Guerra". Mais ou menos quando o Diretor e ator José Wilker Almeida provou na década de 1980 que a Rede Globo de Televisão usava técnicas nazistas para propaganda.
Sobre a propaganda enviesada temos Edward Bernays, o sobrinho de Sigmund Freud. Sua propaganda era feita de forma oblíqua, enviesada – algo que hoje reconhecemos como manipulação. Sobre ele a propagandista Paula Schmitt tem um excelente texto, links ao final. O que não dizem (provavelmente não pesquisaram) é que durante um bom tempo Bernays sustentou seu tio Freud porque Freud era um perdulário, assim como Marx. Certos autores, além da sua afinidade literária, possuem uma afinidade de caráter e, por isso, um simpatiza com o outro.
Sobre provar o que estamos dizendo em um texto, às vezes somos como Winston: "Às vezes, de fato, era possível apontar uma mentira específica. Não era verdade, por exemplo, que, como afirmavam os livros de história do Partido, o Partido tivesse inventado o avião. Winston se lembrava de que na sua mais tenra infância já existiam aviões. Só que era impossível provar o que quer que fosse. Nunca havia a menor prova de nada".
Temos um exemplo real disso a respeito do Nelson Mandela onde nos mecanismos de busca, nos chats de IA e nos livros já não consta ele como terrorista e/ou criminoso quando fez parte da ANC e nem as barbaridades praticadas por ele e sua esposa. Quando tocam nesse assunto é de forma velada através de eufemismos justificando as atrocidades cometidas por ele como resposta à repressão violenta do Apartheid. Mesmo tendo alguém que lembra de Nelson Mandela na televisão nas décadas de 70 e 80 como praticante do "forno de pneus" onde queimavam as pessoas vivas, inclusive negros, mesmo assim essa pessoa será voto vencido. E que Mandela foi tirado da cadeia pelos Rockefeller para eleger-se presidente da África do Sul e assim permitir a exploração desumana das minas de diamantes. Aliás, o Filme "Diamantes de Sangue" retrata bem essa exploração, sendo que a carreira do ator Leonardo Di Caprio quase foi para o brejo por causa desse filme, ele levou anos para se reconciliar com a grande propaganda de Hollywood.
Com personagens como Stalin, Mao, etc, as informações são desencontradas de propósito e amenizadas. Tal fato está acontecendo com Hitler também no tocante ao número de mortos nos campos de concentração: falam somente nos 6 milhões de judeus, sendo que antigamente a informação era de que morreram em torno de 11 milhões de pessoas entre judeus, negros e ciganos.
Talvez por isso que Orwell estava indeciso entre os títulos The Last Man in Europe e Nineteen Eighty-Four. "O Último Homem..." ilustra muito bem quando se é o único que procura falar a verdade em meio a um mundo de mentiras e, ao mesmo tempo, sugere a iminente extinção dessa espécie.
O tal "conflito de gerações" serve aos interesses da grande propaganda porque os jovens, há décadas, não acreditam em nada do que os mais velhos falam, a não ser que tenham provas, porém, as provas estão escasseando-se. E, na maioria das vezes, nem é questão de prova, é questão de lógica pura e simples.
E isto não é de hoje. A revolta judaica de 70 a.C, por exemplo, conhecida como Primeira Revolta Judaico-Romana, que culminou com a destruição do Segundo Templo pelo imperador Romano Nero e marcou o fim do judaísmo de Templo e o início do judaísmo Rabínico, foi o que motivou os Fariseus a escreverem o Talmude. O Talmude pertence à seita dos Fariseus, a única corrente antiga do Judaísmo pré-rabínico que sobreviveu à destruição do Segundo Templo. Os Fariseus foram o único grupo organizado no Judaísmo a sobreviver e, para preservar os ensinamentos com medo de se perderem ao longo dos anos, resolveram escrever as interpretações orais da Torá. O Talmude depois teve duas correntes: o Talmude Palestino e o Talmude Babilônico que, dos dois, é o mais influente e conhecido.
Aliás, em 3.200 a.C, a humanidade já percebeu a importância da palavra escrita. Os primeiros textos escritos vem da escrita cuneiforme desenvolvida pelos Sumérios na Mesopotâmia. Platão e Aristóteles, em contra-ponto a Sócrates que era avesso à escrita, deixaram seus ensinamentos tanto na palavra falada quanto na palavra escrita. Não se pode estabelecer uma diferença hierárquica entre a palavra falada e a palavra escrita, as duas tem a mesma importância, cada qual no seu contexto.
Por exemplo, Sócrates, que era assumidamente contra o conhecimento escrito e confiava somente no conhecimento por presença, caso Arístocles (conhecido como Platão), Aristófanes e Xenofonte não tivessem deixados escritos sobre os ensinamentos de Sócrates, principalmente Platão, hoje ninguém sequer saberia da existência de Sócrates como um dos grandes Filósofos da história da humanidade; quando muito, Sócrates seria uma nota de rodapé na filosofia Grega.
A importância da palavra escrita reside no fato de que o conhecimento perdura ao longo dos anos e a importância da palavra falada está no convencimento imediato, porém, repito, não se pode estabelecer uma escala hierárquica entre as duas, pois as duas tem a mesma importância.
O problema está quando falseiam e/ou mentem na palavra escrita adulterando a história, invertendo fatos transformando heróis em vilões e vice-versa. Isso causa um emburrecimento brutal na humanidade estupidificando-a de modo praticamente irreversível.
Talvez seja este o admirável mundo novo que querem, talvez seja esta a formidável nova ordem mundial!
Um mundo de estúpidos, pois estúpidos são facilmente controlados e manipulados. A mentira brutal, constante e avassaladora com o nome bonitinho de "revolução" ou "progressismo" altera os livros de história transformando heróis em vilões e vice-versa e depois reverte tudo num movimento constante onde a inteligência das pessoas vai lasseando até perder a elasticidade, tal como Winston ao chegar na conclusão de que amava o grande irmão.
"E se o futuro não for progresso, mas repressão disfarçada de ordem?"
Yuri Bezmenov, ex-espião da KGB, já nos alertava sobre isso na década de 1980. Ele dizia que uma população manipulada, mesmo tendo provas, não adianta nada apresentar provas como livros, fontes primárias, fotos, documentários, etc, eles não acreditarão e atacarão o mensageiro, somente acreditarão quando estiverem com a bota na cara. Contudo, já passamos de fase, atualmente mesmo com a bota na cara tem pessoas que ainda assim não acreditam. Vide o 08 de janeiro no Brasil. Pessoas condenadas a anos de prisão e ainda continuam defendendo seus algozes e acreditando que eles são pessoas enviadas por um ser supremo para combater o mal do comunismo.
A grande propaganda, aquilo que chamam de grande mídia, de um modo geral inclui o jornalismo, o entretenimento, futebol, filmes, peças de teatro, etc, tudo que movimenta massas, tudo que leva as pessoas a se prostituírem num comício ou, por exemplo, num show esperando horas para entrar, muitas vezes colocando barracas, ficando a noite inteira para idolatrar uma pessoa (ou pessoas) que sequer sabe(m) da sua existência e, depois de conseguirem entrar ficam pisando no barro, às vezes em fezes e urina, quando não levam um saco de urina pela Cabeça. E ainda pagam por isso e chamam de Diversão.
O problema de ser burro ou estúpido é que burros e estúpidos são malignos em si mesmos. Pessoas assim não pensam, elas somente agem. E suas ações sempre prejudicam os outros. Há no mundo e, principalmente no Brasil, a idéia de que pessoas burras ou estúpidas são coitadinhas. Nada mais errado! Todo burro ou estúpido é uma pessoa perigosíssima e não pode chegar a posições de poder.
Não confunda inteligência com astúcia maligna. Inteligência está fortemente ligada ao bem, ao belo e ao verdadeiro. Decai a Inteligência decai a Moral e vice-versa, não importando qual decai primeiro, uma vem de arrasto da outra.
Astúcia maligna vem da estupidez. Todo burro é astucioso maligno, pois só agirá em proveito próprio porque só consegue vislumbrar coisas simples. Seu campo de visão é limitadíssimo, então só consegue agir em proveito próprio para levar vantagem em tudo, mesmo se prejudicando sempre e sempre prejudicando os outros.
Que inteligência precisa para mentir? Nenhuma! Até uma criança sabe mentir, o ser humano nasce sabendo mentir. A astúcia maligna mistura-se com a estupidez e vice-versa. As pessoas confundem sucesso com poder e dinheiro.
A Espiral do Silêncio da Grande Propaganda
Analisarei a Espiral do Silêncio tomando como base a “reportagem” do Fantástico do dia 20-06-2021 (um domingo) sobre o laboratório de Wuhan. Deixo bem claro que a “espiral do silêncio” não é somente isso que colocarei aqui, não pretendo encerrar o assunto, mas é a base.
Segundo a “reportagem”, a culpa de ninguém ter investigado o assunto é do ex-Presidente Trump porque ele começou a falar do assunto espalhando “teorias conspiratórias”. E, “diante disso muitos cientistas que acreditavam em um escape acidental de laboratório pararam de tocar no assunto com medo de serem confundidos com espalhadores de fake news como o ex-presidente”. E a “reportagem” oferece 3 hipóteses para confundir a cabeça. E termina: “E assim um debate que até pouco tempo atrás parecia coisa de maluco, vai ganhando espaço entre os cientistas com argumentos respeitáveis dos dois lados. Afinal, de onde veio o novo coronavírus?”
Isso é errado em tantos níveis que até é difícil explicar. Mas vamos lá.
O Trump começou a falar um ano antes que o coronavírus veio do laboratório de Wuhan na China e foi rotulado de “teórico da conspiração”, de "maluco". Então confirmou-se que houve um provável escape do laboratório de Wuhan, sendo que os e-mails do Tony Fauci também confirmaram algo parecido. Porém, a culpa é do Trump por ter tocado no assunto. Então ele deveria ter ficado quieto. Espiral do Silêncio.
Talvez alguém que assistiu a “reportagem” do Fantástico pensou: “É, realmente a culpa é do Trump”. Talvez esse alguém quando pesquisar e descobrir uma coisa nova que “ainda” não tem a confirmação da grande propaganda, esse alguém ficará quieto para não ser taxado de “teórico da conspiração”. Espiral do Silêncio.
O que não sabem é que Trump, um tempo depois, investiu em vacinas contra o coronavírus e não destituiu Anthony Fauci do seu cargo.
A espiral do silêncio age na emoção das pessoas bem como a propaganda. Utilizo a expressão “a Grande Propaganda” porque não dá mais para chamar de grande mídia; de jornalismo tem mais nada, é somente propaganda visando causar emoção nas pessoas e geralmente essa emoção é o medo. O medo embota o raciocínio, emburrece as pessoas. Esse medo constante que chamam de “insegurança”, stress, depressão, essa incerteza acerca de tudo, até da própria vida.
A grande propaganda causa esse medo através do bombardeio constante e diário que emburrece as pessoas e emburrece primeiro os próprios “jornalistas”. Depois, pelo alcance que essas pessoas têm nos meios de comunicação, isso alastra-se como um incêndio pela sociedade. A partir daí as pessoas comentam somente o que sai na grande propaganda; o que não sai na grande propaganda, na cabeça dessas pessoas, não existe na realidade. E o que sai na grande propaganda é somente o medo, então, o medo torna-se a realidade para essas pessoas. E a “cura“ para esse medo está na própria “solução” que a grande propaganda oferece junto com esse medo. E esta “solução” geralmente é “compre isso, “compre aquilo”, “faça o que nós dizemos”, “viva sua vida da maneira que nós determinarmos”, etc. E junto com a “solução” vem mais medo ainda e o ciclo perpetua-se, pois as pessoas já emburrecidas não conseguem sair desse ciclo. Torna-se confortável obedecer ordens bovinamente. Caso desobedecer, o medo vem mais forte ainda. Caso você obedecer, o ciclo continua.
Então não se trata de obedecer ou desobedecer, trata-se de raciocinar, de ter gosto pelo conhecimento e pesquisar, informar-se acerca dos assuntos os quais você tem interesse, antes de sair falando bobagens.
No exemplo em questão, por que os tais médicos que ficaram calados não foram informar-se acerca do assunto que o Trump estava falando? Espiral do silêncio. Ficaram com medo de serem rotulados e tiveram aversão ao conhecimento, sequer foram pesquisar, informar-se; ou, se foram pesquisar, ficaram com medo de falar, mesmo sabendo da verdade. Talvez o próprio Trump quisesse isso. Espiral do silêncio.
Joseph Goebbels, Hermann Göring, Adolf Hitler e outros escreveram: “A propaganda é feita para causar uma emoção nas pessoas”. A propaganda não é feita para evocar raciocínios, para fazer pensar, é feita para causar um desejo, e na própria propaganda é oferecida a “solução” desse desejo causado. E esse desejo, na maioria das vezes, a pessoa não tinha e nem precisa ter, a propaganda causa e/ou desperta o “desejo” e oferece a “solução”.
Um exemplo bem simples: “Liquidação, compre agora e economize dinheiro”. Economize gastando dinheiro?!? E as pessoas nem se perguntam se precisam daquilo que a propaganda está oferecendo. Assim é com outras coisas que não envolvem aspectos financeiros. “Temos uma pandemia, um vírus mortal” cuja taxa de letalidade é menos de 3% e cuja taxa de contágio é quatro vezes menor do que o sarampo. Na própria página oficial da "poderosa" OMS saiu que 80% dos infectados não precisarão de tratamento e 20% são os grupos de risco, indicando que o "vírus mortal" não é tão mortal, mas isso a Grande Propaganda "esquecia" de dizer.
Porém, daí vem a argumentação do número de mortos. “Chegamos a 500 mil mortos, fale da taxa de letalidade e de contágio para um familiar que perdeu um ente querido”. Daí tem de explicar que esse número está supernotificado, que os médicos colocavam no óbito como segunda, terceira, quarta causa, etc, "suspeita de Covid" fazendo entrar nas "estatísticas" como causa oficial da morte, mas as pessoas já não querem mais saber, pois não saiu nada a esse respeito na grande propaganda. Reagem pela emoção, pelo medo... e o medo embota o raciocínio. Você é rotulado de “negacionista”, de “teórico da conspiração”, de "genocida", etc. Até que se comprove a coisa quando sai na própria grande propaganda e o ciclo se renova. E, ainda assim, você continua sendo chamado de “negacionista”, de “teórico da conspiração”.
As "notícias" da época diziam que "houve 2.200 registros de mortes por Covid somente hoje" dando a entender que morreram realmente duas mil e duzentas pessoas em um só dia quando, na verdade, os registros aconteceram em 15, 20 dias e a maioria por "suspeita de Covid", isso a Grande Propaganda "esquecia" de repetir ou citava no rodapé em letras miúdas. Os funcionários responsáveis pelo registro deixavam acumular os óbitos para registrar de uma vez só, geralmente na sexta-feira. A(O) cidadão(ã) brasileira(o), que lê somente o título e, quando muito, o subtítulo da notícia, há décadas sai repetindo como um papagaio o que está na notícia como se fosse uma verdade suprema. E, caso seja confrontado com a verdade que contraria a notícia, o brasileiro joga a culpa na notícia, no jornal, no repórter, etc, que, por suas vezes, jogam a culpa no cidadão brasileiro por propagar "fake news" e o ciclo de estupidez perpetua-se.
A falta de raciocínio causa perda de memória. As pessoas não lembram sequer do que fizeram no dia anterior; e como lembrarão de uma coisa mais complexa que exige um pouco mais de raciocínio? Mas a grande propaganda está aí para lembrá-las, para lembrá-las somente do que saiu na grande propaganda. Aquilo que não sai na grande propaganda não existe.
E a grande propaganda é rápida, “dinâmica", não permite raciocínio, não permite que você pense, é aquele bombardeio explosivo que destrói o raciocínio, que emburrece as pessoas.
E os “jornalistas” da grande propaganda, já malignamente emburrecidos, propagam esse emburrecimento pela sociedade. As pessoas escutam e repetem como papagaios o que sai na grande propaganda. E decai a inteligência decai a moral e vice-versa. Uma vem de arrasto da outra. Não importa qual decai primeiro. E as pessoas entram na espiral do silêncio com medo de serem rotuladas de alguma coisa qualquer e já não sabem mais reconhecer o certo e o errado. Decai a inteligência decai a moral e vice-versa.
Poderia falar agora sobre “inteligência” e “astúcia maligna”, mas, para não me estender, serei breve, pois o “dinamismo” da grande propaganda não permite textos minimamente mais complexos.
A inteligência é fortemente ligada ao bem, ao belo e à verdade. A astúcia maligna é a caricatura satânica da inteligência. A astúcia maligna, na realidade, é o jeitinho brasileiro, levar vantagem em tudo, subir na vida pisando em cima dos outros, é mentir para seus amigos e familiares, roubar, corrupção, etc, é a cultura da mentira e do fingimento. Eu minto e finjo que não estou mentindo, eu finjo e minto que não estou fingindo. E o cidadão, já emburrecido, confunde Inteligência com Astúcia Maligna. Julga que uma pessoa que tem uma posição de poder e/ou dinheiro é inteligente. Não raciocina mais sobre como essa pessoa chegou lá, sobre o que ela fez na vida para ter dinheiro e/ou uma posição de poder. Acredita bovinamente na “ôtoridade” porque é uma “ôtoridade” seja ela um político, uma celebridade, etc.
Toda autoridade só é válida quando é baseada na moral e na inteligência. Decai a inteligência decai a moral e vice-versa e a partir daí as pessoas entram na espiral do silêncio.
Em construção...
https://julioseibei.blogspot.com/2025/01/estupidez-o-mal-da-modernidade.html